Capítulo 55

Oiee, florzinhas!!
Primeira postagem de 2008!!\o/Nem demorei muito, né? haha
Gente, entrei o ano já muito feliz pelos comments de vocês a respeito da fic e fiquei mais feliz ainda quando soube que Falling in Love ganhou um award no concurso do site Who?Is(melhor cena de beijo/Cap. 26 com um beijo entre Isaac e Pietra) e ficou bem colocado em várias categorias nas quais concorria!Queria muito agradecer a todas vocês, as que votaram e as que não votaram, porque, ganhar um award é muitoo bom, mas saber que tem gente que lê a ff mesmo sem prêmio é melhor ainda e muitooo mais gratificante!
Como eu não tinha atualizado na época do concurso, eu não pude falar do concurso aqui e tal, mas mesmo assim FIL conseguiu um espaçozinho legal na premiação!Fiquei tão emocionada e feliz!!!Obrigadaa mesmo!Graças a vocês!!
Queria agradecer às donas do site pelo ótimo trabalho de divulgação das fan fictions, pela dedicação e o respeito que têm com cada fic, autora e leitora.Obrigada mesmo, meninas! ;)
(Não deixem de dar uma conferida no site, gente!O endereço está na parte de links aqui do blog)

Bem, é isso...Espero que gostem do novo capítulo!

Ahhh e só para lembrar: quem tiver orkut e quiser entrar na comu de FIL é só entrar aqui:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm


Pleaseeee, comentem!!Amooo os comments de vocês!
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Boa leitura!

Lara

Cap. 55

           Taylor olhava para Isaac ainda tomando coragem para começar a falar.

Tay-...É que...Eu...Eu estou...

Ike-Você está...?-tentando fazê-lo continuar.

Tay-...-desviando o olhar-Nada não, Ike! Esquece. É bobeira minha.-perdendo a coragem-Eu estou com sono. Vou dormir.-se apressando para se despedir do irmão.

Ike-...-enrugando a testa-Tem certeza? Você parecia querer falar sobre algo importante...

Tay-Não era nada.-forçando um sorriso-Boa noite, Ike.-dando as costas e deixando o quarto. Isaac observa a movimentação do irmão um tanto confuso.

       Com a aparição de Taylor, Isaac esquecera por um breve momento dos pensamentos que lhe povoavam a cabeça e o inquietavam. Todos eles tinham a ver com Pietra, Mariana e seus sentimentos em relação a elas...Mas logo esses pensamentos ressurgem com a velocidade da luz...

         E inevitavelmente, Isaac lembra da tarde agradável que tivera com Pietra àquele dia...

“Pietra-Wow! Olha pra essa cama, Isaac!!-boquiaberta-Dá pra fazer uma festa em cima dela!-Isaac a olha. Ela ri percebendo que ele interpretara de modo errado o seu inocente comentário-Não, pervertido!!! Eu não quis dizer o que você pensou!-dando um tapinha no braço dele.

Ike-Com você nunca dá para saber quando o comentário é realmente inocente.-brinca; sorrindo.

Pietra-Não é você quem sempre diz que eu sou uma criança?-o encarando com um sorrisinho vitorioso.

Ike-E não é você quem sempre diz que não é uma?-sorrindo maroto, fazendo-a perder seu ar de superioridade.

Pietra-Você é insuportável!

Ike-Tanto que você está aqui comigo agora.-sorrindo safado.

Pietra-...-apertando os olhos, olhando com ar de reprovação-Se eu não me engano...e eu dificilmente me engano quando se trata das suas ridículas insinuações de que eu adoro estar com você...-ficando um pouco irritada com o sorrisinho nos lábios dele-...tenho certeza que você sabe que mais uma piadinha dessas e você não terá o trabalho de me levar em casa, apesar de eu saber que você, sim, ama a minha companhia e deseja me levar do fundo do seu coração!

Ike-Tentando me provocar para que eu conteste o que você acabou de dizer, mocinha?

Pietra-Essa não foi a intenção...mas fique à vontade para fazer as suas correções...-sorrindo cínica-...A menos que eu tenha dito algo com o qual você concorde.-irônica.

Ike-Na verdade, a única observação que tenho a fazer é que, desta vez, a senhorita está enganada quanto ao objetivo das minhas “ ridículas insinuações”...-sorrindo-Eu só queria ver a ruguinha que surge no meio da sua testa quando você fica bravinha.-tocando a testa dela no local onde surgia a tal ruga.-maroto.

Pietra-Sai, Isaac!-empurrando a mão dele; disfarçando um sorriso-Grosso! Você sabia que não se diz a uma mulher que ela tem rugas?!-fingindo estar brava. Ele ri.

Ike-Mas você é uma criança.-provocando.

Pietra-Tchau.-tencionando deixá-lo ali sozinho. Ele ri, segurando-a pelo braço.

Ike-Ei, para onde você pensa que vai?

Pietra-Vou embora e deixar você em paz antes que eu me comporte como uma garotinha mal educada e mande você para o inferno.-sorrindo cínica.

Ike-Você nunca faria isso.-irônico; sorrindo.

Pietra-Me chama de criança de novo e você vai ver que eu faria sim.

Ike-Você é uma criança, Pietra.-ela o olha incrédula por mais aquela provocação. Ela tenta se soltar, mas ele não a deixa ir-...uma criança linda.-encostando sua testa a dela; olhando-a nos olhos com um sorriso terno.

Pietra-...-hipnotizada pelo sorriso dele-...Você não vai me comprar com um simples elogio...-quase num sussurro. Pietra tentava não olhar para a boca dele.

Ike-Que tal um sorvete?

Pietra-Uma cama dessas e não se fala mais nisso.-brincando; se afastando dele e se aproximando da cama. Ele ri; virando o rosto para olhá-la-Eu juro que quando a vi meu primeiro pensamento foi bem inocente, mas agora tenho que confessar que apesar dela ser bem grande, a minha inocência não teria lugar em cima dela não.-com um sorriso malicioso; sentando sobre a cama, pressionando o colchão com o peso do corpo para senti-lo melhor-A festa seria maravilhosa!-rindo. 

Isaac balança a cabeça, sorrindo.

Ike-Levanta, Pietra. Se algum vendedor passar por aqui pode não gostar de te ver sentada aí...-estendendo a mão para ajudá-la a levantar.

Pietra-Bobagem, Isaac! Como vamos comprar se não tivermos certeza de que é realmente boa?-sorrindo; puxando a mão dele para fazê-lo sentar também. Mas Isaac acaba caindo deitado sobre o corpo dela, fazendo-a deitar as costas sobre a cama-...-ambos se olham surpresos.”

Ike-Como é que uma garota pode mexer tanto assim comigo?!-murmura-Minha vida está de cabeça para baixo e eu não sei por onde começar a colocar tudo em ordem!-perdendo o sorriso.

...'Cause I cannot stand still

I can't be this unsturdy

This cannot be happening

This is over my head but underneath my feet

'Cause by tomorrow morning I'll have this thing beat

And everything will be back to the way that it was

I wish that it was just that easy

'Cause I'm waiting for tonight

Then waiting for tomorrow

And I'm somewhere in between

What is real and just a dream...

What is real and just a dream...

What is real and just a dream...

         Isaac aumenta um pouco o volume do som. Talvez a música alta pudesse invadir sua cabeça e tomar o lugar daquilo que o atormentava.

Ele deita sobre a cama e começa a olhar para o encarte do cd na tentativa de se distrair. Mas como se não bastasse seus questionamentos internos, agora a preocupação com Pietra faziam dessa tentativa algo impossível.

* * *

         Emily e seus pais, Arthur e Belinda, estavam à mesa da sala de jantar para fazerem a refeição quando Victor chega em casa.

Assim que este adentra o local, vê Joana, a senhora que trabalhava na casa dos Sanderson 3 vezes por semana. Ela estava com a família desde quando Victor e Emily era bem pequenos. Victor a considerava quase como uma mãe para ele.

Victor-Joana!-sorri largamente ao vê-la-Eu já disse hoje pra você que te adoro?-a abraçando forte; suspendendo-a do chão.

Joana-O que houve, Victor? Me solta! Você vai me derrubar!-com medo de cair.

Victor-Eu estou feliz, Joaninha! Muito feliz!-lembrando do beijo com Linda e da certeza que tivera de que ela ainda o amava como antes. Victor põe Joana no chão.

Joana-Eu estou vendo!-sorrindo-Eu estou vendo! O que aconteceu?-contagiada pela alegria dele.

Victor-Ela me ama, Joaninha! Ela me AMA!-voltando a abraçar Joana e levantá-la mais uma vez.

Joana-Para, Victor! Me põe no chão!-puxando a orelha dele, fingindo estar brava. Ele ri.

Victor-Onde estão todos?-pondo-a no chão como ela pedira.

Joana-Estão jantando. Esperaram por você até alguns minutos atrás, mas você demorou! Eu já estava preocupada! A dona Belinda não parava de perguntar por você.-Victor sorri.

Victor-Deixa eu ir lá para dar “oi” para eles.-se dirigindo para a sala de jantar. Joana o segue-Boa noite.-aparecendo à porta do local. Todos o olham.

Belinda-Graças a Deus você chegou, Victor!-aliviada ao vê-lo.

Arthur-Demorou, filho! Sua mãe já estava ficando aflita.

Emily-Saiu mais cedo do trabalho, chegou tarde em casa...O que você andou fazendo, hein?

Victor-Segredo, maninha!-sorrindo.

Emily-Segredo?-desconfiada do largo sorriso dele-Por que tem que ser segredo?

Victor-Porque segredo é segredo.-sorrindo misterioso; deixando a irmã indignada.

Joana-Quer que eu ponha um prato à mesa para você?

Victor-Não. Não precisa, Joaninha.-agradecendo com um sorriso.

Belinda-Não vai jantar, filho?

Victor-Estou sem fome, mãe. Vou tomar banho, dormir...e sonhar, mãezinha.-beijando-lhe o rosto-Boa noite para vocês...E bom apetite!-dando também um beijo no rosto de Joana e deixando a sala de jantar cantarolando.

      Emily segue os passos do irmão com o olhar, acompanhando-o dessa maneira até quanto podia. Estava boquiaberta com a euforia dele.

Emily-Victor! Espera!-levantando rápido da mesa e indo atrás dele.

Arthur-Aonde você vai, Emily?

Belinda-Emily! E o jantar, minha filha?-mas ela nem responde, desaparecendo depressa do local.

            Victor já cruzava o corredor em direção a seu quarto quando Emily o alcança.

Emily-Espera, Victor!

Victor-O que foi, Emily?-parando de frente para seu quarto; sorriso ainda no rosto.

Emily-Posso saber qual o motivo de tanta felicidade?

Victor-Ah! É isso que você quer saber?-bem humorado.

Emily-O que aconteceu, hein?-cruzando os braços-Faz tempo que não te vejo assim!

Victor-Eu estou muito cansado, maninha.-beijando-lhe a testa-Amanhã a gente conversa; tudo bem?Eu te amo.-abrindo a porta do quarto e entrando.

Emily-Ô Victor, fala comigo! Eu quero saber!!

Victor-Curiosa!-implicando-Depois você fica sabendo. Boa noite.-fechando a porta do quarto e trancando-a para que a irmã não o incomodasse mais.

Emily-Victor, abre a porta!-batendo-Victor!-forçando a fechadura.

Victor-Boa noite, Emily!-deixando claro que aquele seria o fim da conversa.

Emily-Victor!-impaciente-Abre logo isso, Victor! Eu quero falar com você! Eu quero saber que segredo é esse!-ele nada responde-Victor!!-bufando de raiva ao perceber que ele não abriria-Droga! Droga!-batendo o pé; emburrada-Você vai ver, Victor! Você me paga!-olhando para a porta do quarto dele-Aconteceu alguma coisa! Ahh se aconteceu! E eu sinto que é algo de que preciso muito ficar sabendo!-desconfiada-...Alegria tão grande assim, sorriso fácil...Tem dedo da garçonetezinha nisso! Mas eu vou descobrir...Ah se vou!-fala baixinho para si mesma.

* * *

         Zac volta para o apartamento de Lara com sua mochila em mãos e vai tomar banho. Enquanto isso, Lara esquentava o jantar.

Assim que entra no banheiro do quarto da namorada, Zac nota que ao lado da escova de dentes rosa dela dentro do porta-escova, havia uma escova de dentes azul ainda dentro da embalagem lacrada. Ele abre um lindo sorriso.

É então que ele olha para o móvel da pia de forma mais geral, sorrindo ternamente ao observar cada detalhezinho da organização da namorada. Nisso, Zac vê uma das gavetas do móvel entreaberta. Quando ele tencionava fechar a tal gaveta, acaba vendo a embalagem de preservativos que Lara havia comprado.

* * *

        Lara desliga o fogão e sai da cozinha para a sala. Ela procurava pelo livro que havia alugado, mas não o encontra lá. Ela, então, pega sua Hello Kitty sobre o sofá e vai para seu quarto em busca do livro para passar o tempo enquanto Zac tomava banho.
Ela ouve o barulho do chuveiro.

Lara-Zac?-se aproximando da porta do banheiro-Você precisa de toalha? Se não tiver trazido, me fala que eu tenho toalhas limpas aqui.-falando alto para que ele a ouvisse.

Zac-Eu queria que o seu chuveiro não implicasse comigo e parasse de me molhar com água fria quando o que eu preciso é de água quente.-Lara ri.

Lara-É só girar a chavezinha. Não tem erro, amor.

Zac-Eu já tentei, mas não funcionou.

Lara-Não?-estranhando.

Zac-Não.-surgindo à porta do banheiro apenas com uma toalha em volta dos quadris.

Lara-...-ficando sem graça. Ele sorri ao vê-la tentar disfarçar que não estava olhando para seu peito nu-Deixa eu ajeitar para você.-tencionando entra no banheiro, mas Zac põe-se no meio.

Zac-De quem é aquela escova de dente azul ao lado da sua?-sorrindo maroto. Lara sorri.

Lara-Ah! Nem sei! Comprei só para deixar guardada mesmo. Vai que um dia alguém vem dormir aqui de repente e não traz...-cínica.

Zac-Alguém em específico?

Lara-Alguém que goste de azul!-zoando.

Zac-Minha cor preferida é azul.

Lara-A sua e de um monte de gente.-implicando; sorrindo.

Zac-Amei a escova de dente, amor.-a olhando com ternura.

Lara-Que bom!-sorrindo-Eu fiquei meio em dúvida se comprava ou não...sei lá...Fiquei com medo de que você achasse que eu vou tirar a sua liberdade, que você se sentisse na obrigação de sempre dormir aqui ou que eu já estou pensando em casamento...-Zac começa a rir-O que foi?-mordendo o lábio inferior, um pouco sem graça.

Zac-É muito linda a sua preocupação comigo, com o que eu vou achar; sua preocupação em se explicar...E é engraçado ver a quantidade de coisas que você pensa que eu vou pensar de você ou do que você faz.-sorrindo.

Lara-...-baixando os olhos-Eu sou muito boba, né?-sorrindo timidamente.

Zac-É muito linda.-baixando o rosto para que ela olhasse para ele. Lara sorri-Principalmente quando fica assim vermelhinha.

Lara-Você adora, não é, chato!-dando um tapinha no peito dele, que ri.

Zac-Diferentemente de você, que não assume nada, eu não nego que adoro. À propósito, também adorei confirmar mais uma vez que minha namorada é uma garota prevenida.-sorrindo safado.

Lara-...Você viu; não foi?-compreendendo que ele havia visto a embalagem de preservativos.

Zac-Sem querer.-sorrindo-A gaveta estava entreaberta.

Lara-Ai meu Santo Amaro! Eu ainda estava pensando com que cara eu ia te mostrar isso!-pondo uma das mãos sobre o rosto; rindo.

Zac-Foi a Pietra que te deu?

Lara-A Pê? Não. Eu comprei hoje no supermercado.

Zac-...-olhando par ela com incredulidade.

Lara-Não me olha assim porque nem eu mesma sei como tive coragem para fazer isso! Quer dizer...na verdade, eu tive uma ajudinha.

Zac-Ajudinha?-sorrindo.

Lara-É. Mas não pense que eu vou ficar aqui contando essa história pra depois você ficar rindo do meu mico não, viu?

Zac-Você deve ter ficado roxa com a embalagem nas mãos.-rindo.

Lara-Eu fingi o quanto pude que não era minha até mesmo quando ela estava dentro da minha cesta de compras.-rindo também.

Zac-Não acredito!-rindo.

Lara-Não ri, Zac! Eu estava morrendo de vergonha!

Zac-Eu nem imagino você comprando camisinha, Lara!-zoando.

Lara-Para de rir!-dando vários tapinhas no peito e no ombro dele, que tenta desviar o corpo para não ser atingido; rindo-Eu tinha que comprar, Zac! É sério! A gente não pode ficar sem. Lembra da nossa primeira vez juntos? Foi inesperada! Se a Pietra não tivesse me dado uma camisinha dias antes, porque ela fala que uma garota, principalmente se estiver namorando, deve estar sempre prevenida, a gente não teria dormido junto! Você não tinha e...eu muito menos! A Pê salvou a gente àquele dia. Mas e hoje de manhã? Eu não esperava a sua visita e muito menos o que ia acontecer depois...

Zac-Você tem razão, Lara.-encarando o que ela dizia com a mesma seriedade dela.

Lara-Eu passei o dia todo hoje pensando nisso, Zac.

Zac-Eu sei. Antes de nós sairmos daqui hoje pra eu te deixar na biblioteca você parecia mesmo pensativa...

Lara-A gente não pode deixar a euforia cegar nosso senso de responsabilidade, Zac.

Zac-...-respirando fundo-A culpa é minha, Lara. Eu deveria andar sempre prevenido...-ela o interrompe:

Lara-A culpa é nossa, Zac. Nossa. Não é só você quem tem que estar sempre prevenido, eu também tenho. Percebi isso depois de hoje de manhã...Agora se a gente tiver uma vontade inesperada, você esquecer o preservativo ou coisas assim, a gente não vai precisar se preocupar até as que eu comprei acabar.

Zac-Eu também comprei hoje, Lara.-sorrindo safado-Mas o meu estoque é bem maior que o seu.

Lara-Bobo!-rindo. Zac aproxima seu rosto do dela fazendo com que os lábios se tocassem. Quando ele pretendia intensificar o beijo, Lara se afasta-Vou te ajudar com o problema do chuveiro.-furando o bloqueio dele e entrando no banheiro.

Zac-Com medo de não resistir e acabar cedendo?-seguindo-a, sorrindo.

Lara-Ajudando você a não ceder tão rápido.-provocando; também sorrindo.

      Zac se adianta para entrar no box do banheiro antes que a namorada o fizesse. Ele abre o chuveiro.

Zac-Água fria.-estendendo a mão para que a água caísse sobre.

Lara-Vira a chavezinha, Zac.-à porta do box.

Zac-Eu já virei. A água sai fria. Vem ver.-fazendo sinal para que ela entrasse.

Lara-Engraçadinho! Eu entro e você me puxa para debaixo da água.-desconfiada.

Zac-Como eu vou te puxar se eu nem posso tocar em você? É só para você ver como a água está mesmo fria. Não perder nossa aposta assim por bobeira.

Lara-...Não sei não...

Zac-Eu não posso te puxar, Lara...infelizmente.-maroto. Ela ri.

Lara-Felizmente!-entrando dentro do box apesar da desconfiança de que Zac aprontaria alguma coisa.

       Como ela previa, Zac mal a deixa esticar o braço para pôr sob o chuveiro, já cola seu corpo ao dela, fazendo-a dar alguns passos para trás e acabar ficando sob o chuveiro.

Lara-Zac!-rindo-Eu sabia que você ia fazer isso!

Zac-Sabia e veio, então queria!-sorrindo safado.

Lara-...-olhando-o com ar de indignação-Convencido!-batendo no jato de água para que espirrasse água no rosto dele. Zac desvia o rosto, rindo-Olha só! Você me molhou todinha!

Zac-Eu também estou molhado!-cínico.

Lara-Mas porque você quis!-passando as mãos do rosto até os cabelos, rindo-A água está fria mesmo! Eu pensei que você estivesse brincando para tentar me enganar.

Zac-Eu sabia que você ia tentar me ajudar, então eu tinha que deixar no jato frio.-maroto.

Lara-Por que você queria que eu entrasse aqui se você não “pode” me tocar?

Zac-Só para te molhar mesmo.-dando passos para frente fazendo-a encostar na parede.

Lara-Só?-sorrindo ao perceber que ele fitava sua boca. Mas Zac nem responde, a beijando de modo sensual.

       A água caía sobre os dois enquanto o beijo se tornava intenso. Lara enlaça o pescoço do namorado, acariciando sua nuca. Mas logo ela passa a apertar a nuca dele ao sentir que Zac descia os beijos para seu pescoço, seu colo...

        Zac tinha as mãos apoiadas na parede deixando Lara encurralada entre seus braços. Ele a beijava sem encostar as mãos nela mas se controlava para não deslizar as mãos pelas coxas da namorada. A proximidade dos corpos e o desejo que tomava conta dele faziam-no encaixar uma de suas pernas entra as de Lara. Ele queria segurar os quadris dela para ter mais apoio para continuar descendo os beijos por seu corpo, mas hesita ao lembrar da sua birrinha com namorada.

        Lara conduzia a cabeça de Zac para os locais em que ela queria ser beijada. A alça do vestido dela desce, deixando à mostra um pouco mais de um dos seios dela. Lara geme baixinho ao sentir os lábios dele umedecê-lo com beijos ardentes. Apesar disso, as carícias ficavam limitadas por conta do vestido que ela usava. Mas por não “poder” tocá-la, Zac não conseguia tirá-lo.

        Ela desenlaça o pescoço de Zac e desce suas mãos para as costas dele, deslizando-as espalmadas por toda extensão de seu dorso, apertando e trazendo-o de encontro a seu corpo querendo uni-los ainda mais. Nenhum deles queria parar aquilo.

      Embora a água fria continuasse caindo sobre eles, ambos sentiam seus corpos pegarem fogo. Lara já ofegava. As mãos de Zac tremiam: queria tocar o corpo da namorada e percorrê-lo gentilmente a fim de despertar nela ainda mais prazer. Lara sentia mesmo falta do toque preciso e carinhoso dele.

Lara-...Zac...-sussurrando; respirando com dificuldade. Ele estava tão concentrado em tentar fazer com que a outra alça do vestido dela descesse que não escuta o chamado-Zac.-Lara se esforça para ser mais audível. Zac a olha.

Zac-Algum problema?-com sua adorável preocupação de cavalheiro.

Lara-Eu...Eu vou ter problemas se você não puser suas mãos em mim...agora.-ele sorri-Sim.Sim.Sim! Eu amo as suas mãos incontroláveis...Eu confesso!-quase explodindo de tanto desejo.

Zac-Ainda bem que você confessou logo porque daqui a pouco eu é que não aguentaria mais não tocar em você.-beijando-a com gula; segurando firme as coxas dela.

* * *

TRIM TRIM!-o telefone da casa dos Smith começa a tocar.

      Coincidentemente, Matt acabara de deixar Pietra à porta de casa. Ela, ao ouvir o telefone tocando, se apressa para abrir a porta de casa para atendê-lo.

Pietra-Alô?-jogando-se toda largada sobre o sofá da sala.

-Pietra?-Isaac sorri ao reconhecer a voz dela.

Pietra-Isaac??-surpresa. Ela sente um friozinho na barriga ao ouvi-lo-...er...Você quer falar com o Matt, não é?-ficando um pouco nervosa-...Ele não está. Acabou de me deixar aqui e foi para a casa da Ellie. Os pais dela viajaram, então eu acho que ele vai dormir lá.-falando rapidamente.

               

   "Droga! Fica calma, Pietra! Não fica dando bandeira! É só um telefonema!"-pensa, tentando disfarçar o nervosismo pela surpresa inicial.

Ike-Não. Eu não quero falar com o Matt.

Pietra-Não?-enrugando a testa.

Ike-Não.-sorrindo.

Pietra-Então você quer falar com a tia Meg?

Ike-Também não.-rindo-Eu liguei para falar com você.

Pietra-Comigo???

Ike-Com você, sim. Por que o espanto?-fofo.

Pietra-...Porque...porque...Sei lá! Não lembro de você já ter ligado para mim algum dia...Esqueceu alguma coisa comigo ou esqueci algo meu no seu carro? Eu sou meio esquecida mesmo. Não liga! Sou um caso sério, Isaac!-ele ri.

Ike-Não. Nenhum de nós esqueceu nada, Pietra.

Pietra-...Então?-sem entender.

Ike-Eu...eu só queria saber se você está bem.

Pietra-...-emudecendo subitamente, mas deixando escapar um lindo sorriso-...Você me viu há poucas horas atrás, Isaac. Acho que nada de grave me aconteceu desde o momento em que você me trouxe até aqui.-brincando.

Ike-...er...Que bom então!-um tanto sem graça por ter usado uma justificativa meio boba para a ligação.

Pietra-Ah! Adorei a coroa! Obrigada.-lembrando da atitude fofa dele.

Ike-De nada.-sorrindo-Que bom que você gostou! Agora você não pode dizer que não é uma princesa.

Pietra-Toda garota é uma princesa.-brinca repetindo o que ele dissera para ela. Isaac ri.

Ike-Sábias palavras.-ela também ri. As risadas vão cessando e os dois ficam em silêncio devido à falta de assunto-...er...-pensando em algo para dizer.

Pietra-Você está ouvindo Lifehouse?-ouvindo um trechinho de “Somewhere In Between” por causa do súbito silêncio deles dois.

Ike-Estou. Estou, sim.-feliz por terem iniciado outro assunto-Acho que vou roubar o cd do Tay.-brinca.

Pietra-Ah é assim? Então vou roubar o cd do “Dishwalla” que você me emprestou!-também brincando. Eles riem.

Ike-Gostou?-sorrindo.

Pietra-Na verdade, ainda não tive tempo para ouvi-lo.
Ike-Sem pressa. Pode ficar com ele o tempo que quiser.-fofo.
Pietra-Até eu completar 100 anos então!-rindo.
Ike-Fechado!-rindo também.

        Novamente, eles pareciam prestes a mergulhar num mar de silêncio até que Pietra cantarola o refrão da música que ela ouvia ao fundo da ligação de Isaac. Ele sorri.

Pietra-Eu adoro essa música!
Ike-Você adora todas as músicas do Lifehouse, Pietra!-aproximando o telefone da caixa de som do cd player para que Pietra pudesse ouvir melhor um pouco mais da canção.

        Pietra canta mais um pouquinho acompanhando a voz do cantor.

Ike-Viciada!-rindo; voltando a pôr o telefone ao ouvido.
Pietra-Olha só quem fala! Você é que está se viciando também! Daqui a pouco vai virar fã igual a mim!
Ike-Culpa sua.
Pietra-Minha??-sorrindo.
Ike-É. Culpa sua. Eu só ouço por sua causa.-deixando escapar ao falar sem pensar.
Pietra-Minha causa?
Ike-...-emudecendo; querendo voltar no tempo e ter ficado calado.
Pietra-Isaac?
Ike-Oi! Estou aqui!-falando qualquer coisa para se mostrar ainda do outro lado da linha-Quinta-feira a gente viaja, Pietra. Pensou no presente da Sabrina?-mudando de assunto.
Pietra-...-ela abre a boca, tencionando insistir no assunto anterior para que Isaac explicasse por que ela era o motivo pelo qual ele ouvia Lifehouse, mas acaba se perdendo em seus pensamentos.

“(...)Mari-Em primeiro lugar, Pietra, o Isaac e eu não temos mais volta. Disso eu tenho certeza absoluta.-Pietra abre a boca tencionando falar algo, mas Mariana retoma a palavra já prevendo o que ela falaria-Eu sei que ele gosta de mim. Não duvido disso. Mas não é por mim que ele está apaixonado...Nunca foi.

Pietra-Ele te pediu em namoro e...-Mari a interrompe:

Mari-E o meu erro foi ter dito “sim” a esse pedido. Nós nos conhecemos pouco; eu estava carente, ele também...Nós confundimos tudo, Pietra; nos precipitamos...e deu no que deu! Antes mesmo de me pedir em namoro ele já havia beijado você! Ele estava ficando comigo quando te beijou pela primeira vez! Talvez eu tenha sido o refúgio dele.

Pietra-Refúgio?-sem entender.

Mari-Você não percebe? O Isaac só começou a me namorar porque queria se enganar e fingir que estava apaixonado por mim, quando o verdadeiro interesse dele era você!-a encarando.

Pietra-Ahn?? Eu??-surpresa-Claro que não, Mariana! Isso não tem nada a ver!-com um sorriso nervoso, de forma a denunciar sua incredulidade.

Mari-Ele está apaixonado por você, sim, Pietra.

Pietra-Eu sei que você deve estar pensando isso porque ele me beijou...mas não tem nada a ver! Ele mesmo falou isso pra você hoje no parque! Todo mundo sabe que se ele pudesse, me adotaria e me daria boas palmadas por me julgar uma garotinha irresponsável!

Mari-Mas todo mundo também já deve estar percebendo que isso de bancar o pai, o protetor, é a maneira que ele encontrou para disfarçar o fato de falar sobre você o tempo todo, estar sempre arrumando pretextos para se aproximar de você...(...)” – Pietra relembra o que Mariana dissera.

“Será??” – ela pensa.

Ike-Pietra?-repetindo o que ela fizera, sorrindo.

Pietra-...Não. Não pensei em nada ainda, Isaac. Mas ainda temos dois dias para comprar alguma coisa.-meio fria-Agora eu tenho que desligar. A tia Meg está me chamando.-mentindo.

Ike-...Ah. Tudo bem.-percebendo a repentina mudança no tom de voz dela-Fala para ela que eu agradeço pelos muffins.

Pietra-Muffins?

Ike-Os que ela mandou pelo Tay quando ele foi até aí agora à noite.

Pietra-...Tudo bem. Eu dou o recado.-tentada a perguntar sobre a visita de Taylor que ela desconhecia até então, mas não querendo alongar a conversa-Boa noite, Isaac. Durma bem.

Ike-Boa noite, Pietra. Você também.-conformado.

Pietra-Tchau.-desligando.

* * *

Isaac-Agora eu vou dormir bem sim.-olhando para seu celular com um sorrisinho fofo.

* * *

Pietra-Não fica se iludindo, Pietra! O que a Mari disse pode fazer sentido para ela porque é a única justificativa que ela encontrou para os beijos que o Isaac deu em você, sua boba, mas você sabe muito bem que existem outras justificativas...exceto para o primeiro beijo.-sentindo friozinho no barriga de novo por se pegar tentando acreditar no que Mariana dissera-Não! Não! Para de pensar nisso! Você quer muito acreditar que a Mari tem razão, mas é melhor pensar que não tem nada a ver. O que tiver que ser, será. Nada de fantasiar, Pietra.-levantando do sofá e indo para seu quarto.

      Apesar de se censurar por pensar na possibilidade de Isaac estar apaixonado por ela; a conversa com Mariana instaurara a dúvida em Pietra. Uma parte dela queria nutrir esperanças e se perguntava “Por que não?” e a outra parte...também.

       Mas ela estava certa ao dizer que aconteceria o que tivesse que acontecer. As coisas não acontecem como ou quando nós queremos, mas quando e como têm que acontecer. 

Dois dias. Três. Uma semana. Um mês. Podem levar anos...ou até mesmo apenas o tempo de uma viagem de fim de semana para o aniversário de alguém especial. ☺

* * *

         Lara beijava o pescoço do namorado enquanto este a abraçava para tentar desfazer o laço atrás do vestido dela.

Os dois já estavam encharcados. O vestido de Lara pesava devido a grande quantidade de água retida nele e deixava os seios dela praticamente à mostra em consequência de sua transparência.

       Zac não aguentava mais o tecido do vestido da Lara, mesmo que fino, impedindo que ele sentisse o corpo dela. Ele desliza as mãos pelas coxas dela subindo o vestido à medida que movia as mãos. Lara, então, levanta os braços para ajudá-lo a se desfazer da roupa dela, ficando apenas com a peça íntima. Ele vai descendo os beijos para o ventre de forma sensual. Lara ofegava, sentindo bastante dificuldade para manter o ritmo de sua respiração. As pernas fraquejavam e ela sentia a incrível força de atração que o corpo do namorado exercia sobre o dela.

    Em pouco tempo, Lara já estava completamente despida e ajudava Zac a tirar a toalha que o envolvia. Mas antes mesmo que eles pudessem tornar aquele momento ainda mais íntimo, Lara interrompe o beijo deles e põe suas mãos sobre as mãos dele em seus quadris:

-Zac...-com a voz fraca-...o preservativo. 

      Zac nem acredita que teria que adiar mais um pouco a hora tão esperada. Lara acaba rindo da expressão de desespero dele.

Zac-Engraçadinha!-saindo rapidamente do box para pegar o preservativo dentro da gaveta do armário do banheiro. As mãos dele tremiam, o que dificultava a retirada da camisinha de dentro do pacotinho. Lara o observava pelo vidro do box e ri do jeito apressado e desengonçado dele.

       Quando Zac finalmente põe o preservativo e volta para o box, Lara abre um sorriso maroto.

Lara-Demorou demais, Zac. Eu já estou morrendo de frio.-tencionando fechar o chuveiro.

Zac-O quê??-incrédulo-Ah não, Lara!-subindo pelas paredes. Ela ri, fazendo sinal para que ele se aproximasse.

Lara-Brincadeira, bobo!-dando um rápido beijo nos lábios dele-Você me esquenta de novo. Você é bom nisso!-enlaçando o pescoço dele com seus braços, sorrindo. Ele também sorri, voltando a beijá-la.

           Seria preciso mais do que a água gelada que caía sobre eles para apagar o fogo do desejo que os consumia.

Com muito carinho, Zac os torna um só mais uma vez. Era a terceira vez que eles vivenciavam o amor em sua plenitude, e a sintonia entre os dois não poderia ser melhor!

Após chegarem ao ápice do prazer, Zac abraça Lara com ternura. Os dois ainda estavam extasiados pelo momento que acabavam de dividir um com o outro. As pernas de Lara falhavam. Era como se seu corpo estivesse entorpecido pelas arrebatadoras sensações que tivera. Ela apoiava todo seu peso no namorado, aninhada nos braços dele.

Zac também compartilhava das mesmas sensações que Lara, mas seu corpo parecia esquecer a exaustão ao mínimo contato com o corpo dela. Ambos permanecem abraçados sob o chuveiro até recuperarem as forças. Lara tinha o rosto encostado no peito dele. Zac apóia o queixo sobre a cabeça dela, acariciando-lhe os cabelos com uma das mãos e as costas com a outra.

Zac-Eu te amo...muito.-Lara afasta um pouco seu corpo do dele para olhá-lo.

Lara-Eu também te amo...muito.-sorrindo. Ela tinha um lindo brilho nos olhos. Zac também sorri, beijando-lhe a testa.

Zac-E eu amei a sua confissão de que adora as minhas mãos incontroláveis.-a olhando com um sorriso maroto. Lara ri.

Lara-Implicante!-jogando água nele com as mãos. Zac também ri, fazendo o mesmo para molhá-la.

      Os dois começam uma rápida brincadeirinha jogando água um no outro em meio a gritinhos da Lara e risadas do Zac quando ele conseguia encurralá-la para molhá-la.

      Depois disso, eles passam a sentir frio por causa da água gelada. Lara ajeita o chuveiro para que caísse água quente e eles pudessem tomar banho de verdade.

      Pouco tempo depois, eles, já vestidos para dormir, vão para a sala de jantar para comer. Quando satisfeitos, Zac ajuda Lara com a louça e eles vão para o banheiro do quarto dela novamente. Lá, eles escovam os dentes e voltam ao quarto para finalmente dormir...abraçadinhos.

Eles estavam bastante cansados, por isso adormecem com facilidade. Mas no meio da noite, Lara começa a se mexer sobre a cama como se estivesse sendo incomodada por alguma coisa.

“(...)Vejo também que a chegada de uma pessoa mudará a sua vida, e você vai se ver diante de um desafio...-passando a olhar Lara nos olhos-...Vai ter que deixar de lado o seu senso de responsabilidade, de certo e errado, para evitar que mais lágrimas sejam derramadas. Ouça seu coração; não o deixe sofrer(...).”

“(...)Tudo o que posso lhe dizer é que...-fechando as mãos dela lentamente-...Se você fizer as escolhas certas, não terá que temer o futuro...O seu destino é você quem faz.-terminando a previsão com o mesmo sorriso enigmático com o qual se aproximara deles.”

      Ela geme e choraminga baixinho, mas alto o suficiente para que Zac despertasse aos pouquinhos. Ele abre os olhos e vê que a namorada dormia com certa inquietação. Ele acende a luz do abajur sobre a mesinha de cabeceira ao lado dele e percebe pela expressão de angústia dela que se tratava de um pesadelo.

Sem saber ao certo o que fazer, Zac decide acordá-la.

Zac-Amor.-chamando-a baixinho para não assustá-la-Amor.-acariciando o rosto dela.

         Lara abre os olhos de repente, sobressaltada como se estivesse recuperado o fôlego após ter se afogado num mar de desespero.

Lara-Ahn?...huh...-atordoada; piscando os olhos várias vezes antes de mantê-lo aberto-Zac!-o abraçando forte ao vê-lo.

Zac-...-assustado e preocupado ao mesmo tempo-Você teve um pesadelo, amor.

Lara-Ai meu Deus! Era ela de novo, Zac! Ela falava aquelas coisas estranhas e me olhava...dava medo...-nervosa.

Zac-Ela quem? Com quem você estava tendo pesadelo?

Lara-Com a cigana.

Zac-Cigana?-enrugando a testa.

Lara-A cigana do parque!-olhando para ele, ainda assustada.

Zac-...-tentando lembrar de quem ele falava-...Ah! Aquela senhora que “leu” a sua mão?-recordando.

Lara-Ela mesma!...Ela falava aquelas coisas estranhas sobre uma pessoa na minha vida, que eu tenho decisões...Era como se eu estivesse presa em uma casa de espelhos que refletiam o rosto dela...-chorando-O mesmo sonho de ontem! E também parecia real!-tremendo.

Zac-Você teve pesadelo com ela ontem também?

Lara-O mesmo.-o abraçando mais forte ainda.

Zac-Calma, Lara. Calma.-passando as mãos pelas costas dela com carinho.

Lara-Eu parecia estar presa, amor! Eu queria sair, mas não tinha como! E a voz da cigana se aproximava cada vez mais de mim como se ela fosse sair dos espelhos para me pegar...-ele a interrompe:

Zac-Shii. Shiii, amor.-pondo um dos dedos indicadores sobre o lábio dela-Ninguém vai pegar você.-paciente e carinhoso-Eu estou aqui. Ninguém vai te fazer mal.-fazendo-a deitar a cabeça sobre o peito dele-Foi só um pesadelo.-passando um dos braços sobre o corpo dela de forma protetora-Eu estou aqui com você.-afagando os cabelos dela-Dorme.-beijando-lhe a cabeça.

Lara-Eu estou com medo de dormir e sonhar com ela de novo, Zac.

Zac-Não vai, amor. Esquece aquela mulher! Por que você foi lembrar dela? Faz tanto tempo que você a viu! E quanto às coisas que ela disse pra você...Esquece. Ela nem conhecia você, o que ela poderia saber sobre a sua vida? Nada! Muito menos fazer enigmas sobre o seu futuro!

Lara-...-já mais calma-Desculpa ter acordado você, amor.-embaraçada. Zac sorri com ternura.

Zac-Não tem motivo pra me pedir desculpa, Lara. Agora dorme, vai.-tocando paternalmente com um dos dedos indicadores sobre a pontinha do nariz dela-Dorme que eu vou ficar aqui abraçadinho com você, mocinha. E a senhorita está proibida de sonhar com outra pessoa além de mim; está ouvindo?-ela sorri um pouco mais reconfortada-E eu disse “sonhar”, não ter pesadelo.-sorrindo.

Lara-...Vou tentar.-relutando para fechar os olhos.

Zac-Vai conseguir.-ainda mexendo nos cabelos dela-Eu vou deixar a luz desse abajur acesa; ok?-fofo. Lara levanta um pouco a cabeça e dá um selinho nele, que sorri.

Lara-Obrigada, amor.-voltando a repousar a cabeça sobre o peito dele e fechando os olhos para tentar voltar a dormir.

       Desta vez, Lara demora a adormecer novamente, mas Zac se mantém acordado velando o sono dela até perceber que ela voltava a dormir. Só então ele conseguiu fazer o mesmo.

* * *

Amanhece.

      Mais um novo dia em Nova Iorque.
      Terça-feira.
   Um característico dia de outono na cidade: folhas no chão, vento friozinho, céu levemente acinzentado, chuvinha fraca no início da manhã...Clima perfeito para ficar debaixo das cobertas tomando chocolate quente em boa companhia.

Isso era tudo que Lara e Zac queriam, mas o dever os chamava. Então, bem cedo, o casal estava de pé para tomar café e ir para suas respectivas universidades.

     Do mesmo modo, Isaac, Taylor, Pietra e Mariana também não podiam ficar na cama até tarde; cada um tinha suas obrigações rotineiras, fossem elas ir para o trabalho ou para a faculdade.

    Era o primeiro encontro de Lara e Pietra depois do incidente no apartamento dos Hanson. Apesar de não terem chegado atrasadas e ter conseguido sentar uma atrás da outra, as duas não conseguem conversar, muito menos trocar bilhetes durante a aula, pois o professor de Direito Civil passa um teste surpresa para seus alunos.

       Pietra olha para trás e revira os olhos quando o professor anuncia a aplicação do teste. Lara ri discretamente.

Pietra-Eu queria falar com você.-move os lábios sem pronunciar palavra alguma.

Lara-No intervalo, Pê.-piscando o olho para a amiga.

Pietra-No intervalo eu vou chorar o zero que eu vou tirar nisso aqui!-brinca; murmurando.

Lara-Eu também!

Pietra-Até parece!-virando para frente novamente quando o professor se aproxima da carteira dela.

* * *

       Ao contrário de Lara e Pietra, Zac e Victor não vão para a aula que teriam no primeiro tempo, pois, a pedido de Victor, os dois se dirigem para uma sala desocupada do prédio da universidade no bloco de administração.

Zac-Quando você disse que queria conversar comigo eu até fiquei com medo de que fosse algo grave...sei lá...Mas vendo você sorridente desse jeito, já vi que é coisa boa e deve ter a ver com a Linda; acertei?-sentando em uma das carteiras da sala.

Victor-Em cheio.-sorrindo.

Zac-O que aconteceu? Vocês finalmente se acertaram?

Victor-Não. Ainda não. Na verdade, ela até ameaçou sumir de Nova Iorque se eu fosse vê-la na cafeteria de novo.

Zac-...-enrugando a testa-E isso é bom? Quer dizer...Não era para você estar chorando em vez de sorrir?-Victor ri.

Victor-Em partes, sim.

Zac-Eu não estou entendendo, Victor.-confuso-Você foi procurar a Linda na cafeteria ontem, ela falou que não queria mais ver você e isso te deixou feliz? Ou eu perdi alguma coisa no meio disso?

Victor-Eu saí mais cedo do trabalho ontem justamente para ir até a cafeteria conversar com a Linda. Claro que quando ela me viu ficou com raiva e não queria me ouvir, mas eu insisti e ela acabou aceitando. Eu fiz as perguntas de sempre, as quais ela me respondeu como sempre...e eu acabei a beijando.-sorrindo.

Zac-E ela te deu um tapa na cara que paralisou os seus músculos faciais e é por isso que você não consegue parar de sorrir.-zoando. Victor ri.

Victor-Muito engraçado!-dando um tapinha na cabeça do amigo, que também ri-Eu a beijei e ela correspondeu, Zac! A Linda me beijou de volta! E sabe do que mais? Ela confessou que ainda me ama! Embora ela tenha falado que quer mudar isso, ela disse que ainda me ama!-feliz.

Zac-Que bom, cara!-sorrindo-Fico contente por você!

Victor-E ela nem precisava ter dito nada...o beijo mostrou pra mim que ela me quer tanto quanto eu a quero, Zac.

Zac-Mas então por que vocês não se acertaram? Ainda não consegui entender.

Victor-Aí é que está! Ela deixou escapar uma história de que eu a traí com uma loira...uma loira enrolada em uma toalha e não sei mais o quê...-perdendo o sorriso e assumindo uma expressão tão confusa quanto a de Zac-Eu não faço a mínima ideia do que ela está falando! Eu nunca traí a Linda, Zac! Eu juro! E o pior é que, quando eu perguntei a quem ela se referia e do que exatamente ela me acusava, ela me chamou de cínico e de uma série de coisas e não respondeu às minhas perguntas dando a entender que eu sabia muito bem o motivo da nossa separação.

Zac-...Ela não disse que loira era essa?

Victor-Não! Eu perguntei várias vezes e disse que ficaria na cafeteria até que ela me explicasse tudo...Foi aí que ela ameaçou ir embora da cidade se eu não a deixasse em paz.

Zac-Que barra, Victor! Sinto muito por isso, cara. De verdade.

Victor-Mas eu não vou desistir dela, Zac. Eu amo aquela garota como nunca amei ninguém antes! E agora que eu sei que ela ainda me ama e que se ela acha que eu a traí tudo não passa de um mal entendido, eu estou esperançoso de que consigo resolver isso...com a sua ajuda, claro.-encarando-o.

Zac-Minha ajuda?

Victor-Na verdade, menos sua e mais da Lara.

Zac-No que você está pensando, Victor?

Victor-Eu sei que a Lara e a Linda são muito amigas...e a Lara até falou pra mim um dia que me ajudaria a reconquistar a Linda no que pudesse...então eu pensei que ela podia tentar descobrir que ideia é essa que a Linda pôs na cabeça de que eu a traí! Eu não posso mais perguntar porque agora ela não quer que eu me aproxime...E eu tenho medo que ela cumpra a ameaça de ir embora...Além disso, ela nunca responde ao que eu pergunto! Mas quem sabe a Lara não consiga fazê-la falar...Não sei...Eu estou apelando para qualquer coisa.

Zac-...Eu vou falar com a Lara, Victor. Mas ó, não garanto nada; viu? Porque ela pode até querer te ajudar, mas se a Linda contou ou ainda vai contar algo para ela e pedir segredo, não sei o que a Lara vai fazer.

Victor-Você acha que a Lara sabe de alguma coisa?

Zac-Não. Não foi isso que eu quis dizer. Eu não acho que ela saiba, Victor. Mas eu espero que você não fique chateado caso ela venha a descobrir algo e decida não falar por ter prometido para a amiga.

Victor-...-triste-Eu não havia pensado nisso.

Zac-Essas promessas são terríveis! Que o diga os meus irmãos! Você viu o que aconteceu lá em casa; não viu? Tem sempre alguém que se sente traído.

Victor-É, eu sei.-desanimado. Zac se arrepende de ter falado aquelas coisas para o amigo.

Zac-Mas não se preocupa: eu vou falar com a Lara. Se ela disse que ajudaria você é porque ela o fará. Eu vou pegá-la na faculdade para almoçarmos juntos, daí falo com ela sobre isso.

Victor-Valeu, Zac!-batendo fraternalmente no ombro dele.

Zac-De nada, cara.-sorrindo-Amigos são para essas coisas. Eu nunca vou conseguir agradecer o bastante pelo emprego na empresa do seu pai.

Victor-Por falar nisso, como foi o seu primeiro dia lá na empresa? Eu saí mais cedo então nem pude conversar com você sobre isso.

Zac-Foi ótimo, Victor! Eu adorei o pessoal do setor, o senhor Martin...-sorrindo.

Victor-E a minha irmã, hein? Ela não ficou no teu pé; ficou?

Zac-...Você conhece a Emily, Victor...-sem jeito.

Victor-Conheço muito bem. Não precisa dizer mais nada.-com ar de reprovação-Ela sabe que você tem namorada, que está feliz com a Lara...mas insiste em dar em cima de você como se isso pudesse mudar alguma coisa! Vou ter uma séria conversa com ela sobre isso...-Zac o interrompe:

Zac-Deixa a Emily, Victor. Não vai brigar com ela por causa disso...Eu dou um jeito de deixar claro que nunca serei mais do que amigo dela...Deixar pra lá! Eu não ligo para as brincadeirinhas dela. Ontem mesmo ela tentou fazer com que eu me atrasasse para um encontro com a Lara, mas eu acabei desconfiando a tempo de evitar que eu me atrasasse tanto, embora a Lara já estivesse aflita porque eu estava demorando.

Victor-Ela fez você se atrasar?

Zac-É. A Emily pediu carona e...-Zac conta toda a história para Victor, que fica indignado com o que a irmã fizera.

Victor-Eu não acredito que a Emily escondeu o celular?! E por que ela quis carona sua se o papai nem costuma demorar tanto assim na empresa, a menos que tenha alguma reunião importante ou surja algum imprevisto...o que não era o caso!

Zac-Seu pai realmente não foi embora no horário em que eu fui. Ele ainda ficou na empresa quando saímos de lá. Eu sei porque a Emily quis passar na sala dele antes de ir embora.

Victor-Com certeza mais um pretexto para te atrasar ainda mais.-balançando a cabeça-Eu não acredito que a Emily pôde ser tão calculista e dissimulada!-bastante surpreso-Eu não imaginava que ela pudesse fazer algo assim. Eu sabia que ela se aproveitaria do fato de ter conseguido ficar na mesma sala que você, mas achei que ela usaria o chame dela para tentar te conquistar, não truques e artimanhas!

Zac-Mas agora eu vou ficar com um olho aberto e outro também quando o assunto for a sua irmã.

Victor-...Pelo visto, você deve ficar com os dois olhos bem abertos mesmo, Zac. É triste dizer isso, mas às vezes eu me surpreendo com algumas atitudes da Emily...É como se eu não a conhecesse como acho que conheço.-pensativo.

* * *

     Na hora do intervalo, Pietra e Lara esperavam a sala esvaziar para poder conversar com mais privacidade. Mas Dina, que estava na sala durante o primeiro tempo e também fizera o teste surpresa, não deixa o local justamente para falar com Pietra a respeito dos horários exatos para tirar as medidas para a confecção do figurino do musical e do primeiro ensaio que teriam naquela tarde.

Mais uma vez, a conversa das duas teria que ser um pouco mais adiada.

* * *

       Mariana saía do prédio da universidade ao final de sua última aula àquele dia. Ela teria que correr para casa para almoçar rapidinho e ir para o curso de fotografia. Ela estava bastante ansiosa para assistir ao que seria a sua primeira aula, mas havia algo que a estava incomodando: encontrar com Taylor na escola de artes.

Mari-E se ele se matriculou por impulso mas não esteja mesmo interessado em fazer? Talvez ele nem vá hoje.-pensa alto, cruzando o portão de saída do campus-Ai meu Deus! Eu o beijei! Como eu vou olhar para ele agora??-parando na calçada, ainda indecisa se deveria ou não ir para o curso de fotografia-Mas você não vai poder passar a vida toda fugindo dele, Mariana!

-Fugindo de quem?-Taylor se aproxima dela por trás, surpreendendo-a.

Mari-Taylor!-sobressaltada.

Tay-Demorou pra sair, fugitiva! É por isso que você chega atrasada nos seus compromissos.-com um sorrisinho implicante.

Mari-...Eu não chego atrasada nos meus compromissos!-ficando nervosa pela presença dele-O que você está fazendo aqui??

Tay-Por que você sempre pergunta isso antes de falar “Oi” ou “Bom dia, Taylor!”? É um novo tipo de cumprimento?-implicando.

Mari-...er...Desculpa.-sem graça-Oi, Taylor. Bom dia.-ele sorri-O que você está fazendo aqui?-ele ri.

Tay-Ainda pode melhorar, mas já é um começo.-brinca-Eu vim pegar você para irmos para o curso de fotografia juntos. Eu sei que se você for de ônibus ou metrô vai chegar atrasada outra vez, então resolvi vir aqui para te buscar. Além disso, eu serei novato lá. Não queria chegar sozinho...Pelo menos chegando com você a gente divide a atenção.-sorrindo safado.

Mari-Você veio aqui só pra me buscar?

Tay-Foi.

Mari-...-sem saber o que dizer-Não precisava, Taylor...Eu ainda vou passar em casa para almoçar rapidinho. Não posso ficar sem comer porque vou do curso direto para a biblioteca.-querendo evitá-lo.

Tay-Eu não acredito que você vai me dispensar depois de eu ter ficado quase meia hora aqui te esperando, Mariana. Que crueldade!-fazendo cara de coitadinho.

Mari-...Eu não posso ir com você...-sem graça.

Tay-Não quer ir comigo? Sou tão má companhia assim? Pensei que fôssemos amigos!

Mari-Não é isso, Taylor. Nós somos amigos...-ele a interrompe:

Tay-Viu? Então não tem nada demais um amigo fazer uma gentileza para a amiga e esta aceitar.

Mari-...-entreabrindo a boca para falar algo, mas não sabia o que inventar para não ir com ele.

Tay-Eu vou com você até a sua casa e espero você almoçar. Você não tem motivos para recusar agora.-a encarando. Mari baixa os olhos.

Mari-...-respirando fundo-Está bem.-um pouco contrariada. Taylor abre um lindo sorriso-Mas ó, não precisa fazer isso sempre, hein?...Não quero ficar te dando trabalho!

Tay-Boa desculpa.-zoando.

Mari-Não é desculpa, Taylor.-sem graça.

Tay-Depois a gente discute isso. Agora vamos se não até de carro a gente vai conseguir se atrasar também.-sorrindo; contente por ela ter aceito seu convite.

Mari-Onde você deixou o seu carro?

Tay-Logo ali. Perto de um banco.-os dois caminham até o local.

         Mariana ia em silêncio, apenas ouvindo Taylor contar como havia ficado atento a cada garota de cabelos claros que saía da universidade a fim de não perder Mariana de vista quando ela deixasse o prédio.

Ela teve vontade de pará-lo ali mesmo e falar que sabia sobre o beijo, mas ficaria muito envergonhada se o fizesse. Tinha que se preparar antes.

Tay-...e você demorou tanto que eu cheguei a pensar que você não tivesse vindo para a aula.-parando em frente a seu carro, olhando para ela com um sorriso fofo.

Mari-Desculpa...Eu demorei porque o professor liberou a turma tarde...

Tay-Não precisa se desculpar. Você não sabia que eu viria.-abrindo a porta do carro.

Mari-Mas parece que eu sempre te dou trabalho mesmo inconscientemente.-mordendo o lábio inferior.

Tay-Isso é verdade!-maroto. Mariana fica sem graça. Ele ri-Brincadeira!-ela cobre o rosto com uma das mãos, sorrindo timidamente-Mas tem um jeito de você conseguir que eu te perdoe por isso.-com um sorrisinho travesso.

Mari-O quê?

Tay-Você faz qualquer coisa que eu pedir?-com carinha de pidão.

Mari-Claro que não!-rindo-O que você quer que eu faça?

Tay-Ah! Então esquece. Não vou contar. Você não vai fazer mesmo...

Mari-Agora eu estou curiosa, Taylor! Falaa!-puxando de forma pueril a manga da camisa dele, que ri.

Tay-Vai fazer?

Mari-Vou pensar com carinho.-sorrindo.

Tay-Dá a mão.-sorrindo misterioso.

Mari-Ahn?

Tay-Dá a mão.-fofo. Mariana hesita um pouco mas o faz-Abre.

Mari-O que você vai fazer, Taylor?-desconfiada.

Tay-Confia em mim.-rindo.

Mari-...Certo.-fazendo o que ele pedia.

Tay-Dirige.-colocando a chave de seu carro sobre a palma da mão dela.

Mari-Você não tem jeito, Taylor!-rindo-Eu não dirijo! Você sabe!

Tay-Só até a sua casa, Mariana. Eu prometo que se você fizer isso eu nunca mais te encho mais o saco por causa disso.

Mari-Eu acho adorável o seu empenho em tentar fazer com que eu supere esse trauma, mas não. Não tem jeito, Taylor. Eu tremo só de pensar nisso! Não dá. Sinto muito.

Tay-Só um pouquinho. Duas quadras então!-fazendo cara de menininho perdido.

Mari-Nem até a esquina. Eu não consigo.

Tay-Entra no carro pelo menos. Senta no banco do motorista. Talvez esse pânico passe.

Mari-Não passa.

Tay-Pode passar. Você já tentou? Quando foi a última vez que você fez isso?

Mari-Depois que os meus pais morreram...nunca mais.

Tay-Viu? Pode dar certo!-animado.

Mari-Taylor...-ele a interrompe:

Tay-Faz isso por mim, por favor. Já imaginou como eu vou me sentir útil se puder te ajudar com isso?!-sorrindo.

Mari-Você já é muito útil, Taylor.-olhando-o com ternura.

Tay-Por favor.-insistindo.

Mari-...-olhando para a chave em sua mão-Você é muito chato!-olhando para ele novamente. 

        Ela respira fundo e entra no carro, sentando no banco do motorista. Taylor sorri, dando a volta por fora e sentando no banco do carona.

Tay-Viu? Não deu choque!-zoando.

Mari-Pronto. Satisfeito?-tencionando levantar.

Tay-Não. Você tem que fechar a porta; pôr o cinto; pôr a mão sobre o volante e pelo menos fingir que dirigiu.-pondo a chave na ignição; sorrindo.

Mari-Quer demais, Taylor!

Tay-Eu disse “fingir”! Não pedi nada demais.-maroto.

Mari-Você nunca mais pode pedir nada pra mim durante toda a sua existência. Está ouvindo, né?-fazendo o que ele pedira, visivelmente tensa e a contra gosto.

Tay-Fecha os olhos.

Mari-...-olha para ele revirando os olhos. Taylor ri.

Tay-Faz.-Mariana fecha os olhos-Pensa em um lugar que você gosta muito e faz de conta que você está indo para lá...-antes que Taylor pudesse terminar sua fala, alguém abre bruscamente a porta do lado dele e o puxa para fora-Ei! Qual é?-indignado.

Mari-O que foi??-abrindo os olhos e vendo um cara encapuzado sentar ao seu lado com um revólver em mãos. Mariana se assusta.

      Outro cara abre a porta traseira, empurra Taylor para dentro e entra em seguida. Ele ameaçava Taylor com uma arma.

Tay-O que é isso, cara?? Toma cuidado com esse troço aí!-engolindo a seco ao ver a arma apontada para a sua cabeça.

-Cala a boca, mane! Bico calado ou eu estouro os seus miolos.-ríspido. Taylor emudece, pálido.

       Mariana não estava entendendo nada. Tudo havia acontecido muito rápido. Ela tenciona gritar, mas o cara ao lado dela tapa a boca dela.

-Se gritar, morre. Ouviu bem, gatinha? Arranca com esse carro daqui. Anda! Liga essa droga e pisa no acelerador.

Mari-...-em pânico.

Tay-Ela não...-ele é interrompido:

-Eu disse pra você calar a boca, cara!-impaciente.

-Arranca, garota! Não ouviu? É surda??-grosseiro.

Mari-...Eu não posso, moço.-começando a chorar, nervosa.

-Eu não vou mais repetir! Arranca com esse carro daqui ou eu mato o loirinho!-gritando; também apontando seu revólver para Taylor.

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