segunda-feira, junho 04, 2007

Capítulo 47

Oi, florzinhas!
Bem, desculpa mais uma vez pela demora!Mas tive vários probleminhas que me impediram de atualizar a fic antes. Mas ó, quero que vocês saibam que morro de dor na consciência quando fico sem atualizar.O que mais quero é que vocês se divirtam lendo a minha humilde história.
Bem, hj não vou me alongar aqui no pedido de desculpas para que vocês possam ir direto ao que interessa: o capítulo.Espero que gostem!
Ahhh!Obrigada pelos desejos de melhoras.Estou melhorando da faringite!\o/
Tenho que aproveitar a última semana de férias sem estar dodói senão nem vou poder dizer que tive férias =/
Mil beijos para vocês!
Obrigada por tdooooo!
Vou esperar ansiosa pelos comments, hein!
Ahhh e não deixem de daruma passada na comu da fic, flores.;)Tem uma perguntinha lá para vocês.

Ahhh quem quiser que eu avise das atualizações da fic por e-mail, é só deixar um recadinho aqui com o endereço do e-mail, viu?

Quem quiser me add no msn: larah00@hotmail.com Vou adorar conversar!

Ahhh e só para lembrar: quem tiver orkut e quiser entrar na comu de FIL é só entrar aqui:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm



Agora vamos ao que interessa!Vou deixar vocês lerem o capítulo.
Espero que gostem.
Mil beijossss
Lara





Cap. 47



TRIM TRIM!TRIM TRIM!- o telefone do quarto de Pietra começa a tocar.

Pietra, que dormia um sono intranquilo, acaba acordando assustada.
Ela tateia sua mesinha de cabeceira a fim de alcançar o telefone. Pensou em desligá-lo e voltar a dormir, mas reconsidera ao pensar que poderia ser alguma coisa importante.

Pietra-Alô?-com a voz mole e rouca; ainda de olhos fechados.
Matt-BOM DIA, PRIMINHA!-grita sorrindo.

Pietra-Ah, não!Matt!-reconhecendo a voz do primo-Me deixa em paz.-desligando o telefone, pondo ao seu lado na cama. Ela volta a se encolher; puxando o edredon para se cobrir melhor.

 Matt adentra seu quarto.

Matt-Acorda, dorminhoca!-discando no telefone que segurava o número da prima outra vez, fazendo o aparelho dela tocar novamente-Hora de acordar!-sorrindo.
Pietra-...mmm...Sai, Matt!-resmungando; pegando um travesseiro e colocando sobre a cabeça, pois o telefone ao seu lado tocava insistentemente.
Matt-O dia lá fora está lindo, Pi!-caminhando até a janela do quarto dela; afastando as cortinas e abrindo a janela para que os raios de sol pudessem penetrar no local. Ele volta a se aproximar dela e tira o travesseiro de cima de sua cabeça-Acorda!
Pietra-Se o dia está tão lindo assim, vai aproveitar e me deixa dormir! Eu estou com sono, Matt!-choramingando; segurando seu edredon para que o primo não conseguisse tirar dela como tentava fazer.
Matt-Eu até faria isso, se o almoço já não estivesse pronto e a minha querida mãe não tivesse dito que o filhinho deveria esperar mais um pouco para almoçar para que a priminha dorminhoca dele não almoçasse sozinha.-conseguindo puxar o edredon dela.
Pietra-Pode dizer para a tia Meg que eu não me importo de almoçar sozinha se puder dormir mais um pouco; que ela pode deixar o meu primo guloso comer a vontade.-deitando de bruços para esconder seu rosto da luz solar.
Matt-Fiu! Fiu!-sorrindo ao ver o short curtinho do baby doll da prima.
Pietra-Para, Matt!-pondo as mãos sobre seu bumbum-Olha que eu vou dizer para a Ellie, viu?
Matt-Ela não vai nem ligar.-dando de ombros; rindo.
Pietra-Eu já disse que você pode ir almoçar. O que você está esperando para devorar até os talheres da casa?-levantando um pouco o rosto para olhá-lo.
Matt-Estou esperando que você almoce primeiro para que eu não devore os talheres e você tenha que comer com as mãos. Viu como eu sou um ótimo primo?-sarcástico.
Pietra-E para provar que sou uma ótima prima também, digo que não me incomodo de comer com as mãos desde que você me deixe dormir em paz. Combinado?
Matt-Não.-sorrindo.
Pietra-Por que não? Matt, eu fui dormir muito tarde. Estou morta. Você não tem pena de mim?
Matt-Não. Você sabe que a minha vida não teria sentido se eu não pudesse perturbar você, Pi.-jogando nela o travesseiro que tirara de suas mãos.
Pietra-Ahh seu filho da...-pegando o travesseiro e ficando em pé sobre a cama.
Matt-Ó! Olha que a minha mãe é a sua tia querida!-rindo. Ele põe os braços na frente do rosto para que o travesseiro que Pietra jogara não o atingisse.
Pietra-Você vai ver, Matt! Ainda vou fazer batucada no seu quarto quando você estiver dormindo!-pegando seu outro travesseiro para jogar nele também. Mas Matt a agarra pelas pernas e a faz deitar sobre um de seus ombros-Ahhhhh!!-grita pelo susto-Me solta, seu louco!-apertando com força os braços dele, temendo cair.
Matt-O que você andou fazendo ontem, hein, mocinha? Aliás, o que você e o Tay andaram fazendo?-rindo; divertindo-se com a apreensão dela.
Pietra-Não é da sua conta!-rindo-Me solta!
Matt-Malcriada! Vou dizer para a tia Melanie que você não me deixa cuidar de você.-sorrindo.
Pietra-A minha mãe sabe perfeitamente que quem precisa de cuidados é você, honey!
Matt-Não foi isso o que ela deu a entender quando ligou agora a pouco.-implicando; pondo-a em pé de volta na cama.
Pietra-Minha mãe ligou?-ajeitando os cabelos.
Matt-Há três horas atrás.-falando sério-Eu falei que você estava dormindo, daí ela disse que ligaria mais tarde.
Pietra-Ah!-fazendo beicinho-Ela não deixou recado?
Matt-Não. Só disse que eu tomasse conta de você; e que dissesse para você me obedecer. Ahh! Ela também disse que você deveria me contar onde esconde os seus chocolates!-tentando continuar mantendo ar de seriedade, mas sem conseguir segurar o riso.
Pietra-Até parece que eu caio nessa!-rindo; bagunçando os cabelos dele-Fala sério! Ela não ligou, né?-passando a desconfiar do que ele dissera.
Matt-Ligou sim. Pode perguntar para a mamãe. As duas ficaram tricotando ao telefone por um bom tempo.-sério.
Pietra-...Hum...sei!-sem acreditar.
Matt-É sério, Pi. Ela ligou mesmo.-falando a verdade.
Pietra-Por que você não me acordou, Matt?! Eu queria falar com ela! Estou morrendo de saudade!
Matt-A tia Mel pediu que eu não te acordasse.
Pietra-Como você é obediente!-irônica; ele ri.
Matt-Sou mesmo. Esperei três horas para vir aqui te encher o saco. Foi um sacrifício!
Pietra-Imagino que sim.-rindo também-Vou ligar lá para o Brasil agora...-descendo da cama para procurar seu telefone no meio da bagunça que estava sua cama.
Matt-Nem vai adiantar. Tia Mel disse que ela e o tio Paulo estavam indo para o Rio de Janeiro; e ligariam para você de lá.
Pietra-Eles foram para o Rio? Será que aconteceu alguma coisa com os meus avós paternos?-deduz; já que, apesar de morar em São Paulo, seu pai nascera no Rio de Janeiro e seus avós paternos ainda moravam lá.
Matt-Não, Pi. Está tudo bem com os seus avós.
Pietra-Como você sabe?
Matt-Foi a primeira coisa que a tia Melanie disse para eu dizer pra você antes de falar da viagem deles. Ela sabia que você ficaria preocupada.
Pietra-Acho que você não sabe que nos números ordinais, ‘primeiro’ vem antes de tudo; não é, Matt?-dando beliscõeszinhos na barriga dele, que ri.
Matt-A ordem dos fatores não altera o produto, cara prima.
Pietra-Mas dá sustos, seu bobo!-tendo as mãos seguradas por ele.
Matt-Agora que a senhorita já acordou...-ela o interrompe:
Pietra-Por livre e espontânea pressão...-acrescentando. Ele sorri.
Matt-Vou descer e falar para mamãe que podemos almoçar. Ela está numa euforia para ir visitar a tia Diana. Hoje será o último dia que ela ficará na cidade. As duas querem passar o dia juntas.
Pietra-Ah! É mesmo! O Tay até me chamou para ver dvd na casa dele hoje.
Matt-Então se arruma aí e desce para almoçar porque depois do almoço nós estamos indo para lá. Se você quiser carona...-soltando-a.
Pietra-Claro!-sorrindo.
Matt-Mas tem que se arrumar rápido, hein! Senão eu te deixo aqui.
Pietra-Até parece!-rindo. Ele também ri.
Matt-Você abusa porque sabe que eu nunca cumpro com as minhas ameaças, não é, fedelha?-tencionando fazer cócegas nela, que se esquiva escapa dele.
Pietra-Eu sei que você me ama.-sorrindo marota.
Matt-Amo nada.-fazendo pouco caso.
Pietra-Você confirma ainda mais quando tenta negar.
Matt-Você faz isso melhor que eu.-sorrindo. Pietra arregala os olhos.
Pietra-Como assim?-sentindo um frio na barriga ao ouvir aquele comentário.
Matt-Como assim o quê?-confuso.
Pietra-Por que você disse que eu faço isso melhor do que você?-intrigada com o que ele falara.
Matt-Ué! Eu sempre revido as suas implicâncias devolvendo com as mesmas palavras. Eu estava me referindo ao fato de você também dizer sempre que não me ama mesmo quando eu sei que você demonstra justamente o contrário.-sem entender a interrogação da prima quanto ao seu inocente comentário-Por quê? Eu deveria aplicar isso a algo específico?-a encarando; percebendo que ela ficara inquieta com aquilo.
Pietra-...Não!-forçando um sorriso-Eu só queria te encher o saco!
Matt-Tem certeza? Achei que você tivesse pensando que eu me referia a algo em especial...
Pietra-Fiz de propósito pra te pegar, bobo!-puxando as bochechas dele; rindo forçosamente-É claro que eu sabia que você estava falando de nós dois!-empurrando-o até a porta-Agora vai descendo para almoçar que eu vou tomar banho rapidinho e desço logo em seguida. Prometo que não demoro.-fazendo o primo sair do quarto; já pronta para fechar a porta.
Matt-Você nunca cumpre esse tipo de promessa.-não percebendo que ela queria fugir do assunto anterior.
Pietra-Que calúnia!-fingindo indignação.
Matt-Se você não descer logo vou ficar telefonando, hein!-sorrindo.
Pietra-Ai meu Deus! Tenho que conversar seriamente com a tia Meg sobre o perigo que é deixar você com um telefone a disposição.-rindo.
Matt-Perigo é ficar esperando por você e criar raízes no chão por isso.
Pietra-Se eu demoro é porque você fica o tempo todo me atrapalhando.
Matt-Ah! Eu te atrapalho?-sorrindo ironicamente. Ela prevê que o primo argumentaria mais a respeito.
Pietra-Tchau, Matt! Tchau!-fechando a porta; rindo.
Matt-Cinco minutos.-abre a porta e enfia a cabeça dentro do quarto.
Pietra-Get lost, Matthew!-empurrando a porta e trancando; balançando a cabeça rindo.
Matt também ri; finalmente dando as costas para descer as escadas em direção a sala de jantar.

    Pietra caminha por seu quarto arrumando a bagunça que Matt fizera com seu edredon e os travesseiros. Ela pensa no deslize que cometera ao quase deixar o primo intrigado por seu súbito nervosismo com relação ao ingênuo comentário que ele fizera.

Pietra-Você ainda vai acabar falando demais, Pietra. Controla a sua língua antes que você se arrependa depois que o estrago já estiver feito.-fala para si mesma; aliviada por ter escapado de mais aquela situação-Outro fora desses e o seu segredo já era.-passando as mãos pelos cabelos-Ai! Não quero nem pensar se um dia o Isaac descobrir o que eu sinto...Eu não conseguiria mais olhar para ele!-bate na madeira de sua penteadeira, querendo afugentar aquele pensamento.

         Pobre Pietra! Mal sabia que o que ela mais temia já havia acontecido. Ela estava prestes a ter que encarar Isaac sem a consciência de que seus sentimentos não poderiam estar mais transparentes para ele.




* * *



         O dia que passara havia sido agitado para todos os moradores da casa Hanson. Nem mesmo o enfermo Isaac tivera o descanso de que precisava. O resultado disso foi o lento despertar dos membros daquela família...quer dizer, daqueles que dormiram na residência.

        Diana foi a primeira a acordar. Não conseguia acordar tarde mesmo se não tivesse ido dormir cedo. Ela prepara o almoço; e logo acorda os dois filhos para que se alimentassem. Preocupação de mãe.
        Taylor demora um pouco até mesmo para abrir os olhos para olhá-la, principalmente depois que ela começa a acariciar seus cabelos. Diana sorri ao perceber que assim só o faria ter ainda mais vontade de dormir. Ela para. Taylor abre os olhos para iniciar sua reclamação com jeito manhoso. Com um pouquinho de esforço, ela consegue fazê-lo levantar.
Ao sair do quarto de Taylor, Diana segue para o quarto de Isaac. Com menos dificuldade, o filho mais velho abre os olhos. Ela fica contente ao constatar que, apesar dos espirros, ele não tinha mais febre. Após ouvir a promessa do filho de que logo levantaria, Diana deixa o local para pôr a mesa do almoço.
       Assim que a mãe sai do quarto, Isaac senta e esfrega os olhos. Acordara confuso, pois tinha em sua cabeça várias imagens da noite anterior: Pietra cantando enquanto pensava que ele dormia, o bilhete...Teria sido apenas um sonho?
Ele enruga a testa; olhando para sua mesinha de cabeceira. Rapidamente, ele se aproxima da mesinha e abre a gaveta como se quisesse verificar se o bilhete do qual lembrava era ou não real.
O bilhete estava lá. Não havia como fugir da realidade. E dali a pouco tempo, Isaac também não poderia fugir do encontro com Pietra. Não sabia mais como agir diante dela...Para falar a verdade, não sabia mais como agir consigo mesmo depois daquela descoberta.




* * *




-Zac.Zac.-Lara batia de leve no peito do namorado enquanto o chamava baixinho-Zac.-beijando vários pontos da face dele.

      Zac se mexe um pouco, sorrindo ao sentir o toque dos lábios de Lara e ouvi-la chamar seu nome. Ele abre os olhos. Lara sorri; apoiando os braços sobre o tórax de Zac, que estava deitado sobre o chão.

Lara-Bom dia.-ele abre um largo sorriso.
Zac-Não poderia começar melhor depois de ser acordado por você.-piscando os olhos algumas vezes para finalmente mantê-los abertos.
Lara-Não está com dor nas costas, não? Nós acabamos dormindo aqui mesmo na sala, Zac...no chão.-acariciando o rosto dele-Você acordou no meio da noite? Se sentiu desconfortável?
Zac-Dormindo juntinho de você como eu poderia me sentir desconfortável?-sorrindo-Dormi feito pedra.
Lara-Você não acordou no meio da noite?-enrugando a testa.
Zac-Não. Por quê?
Lara-Porque a janela da varanda está fechada e...Eu lembro que enquanto nós namorávamos aqui ontem à noite, ela estava aberta....Achei que você tivesse fechado.
Zac-Talvez a senhora Collins tenha fechado.-arriscando um palpite.
Lara-É. Pode ser.-dando um selinho nele-Por falar nela, acho que ela já foi para casa. Quando eu acordei, levantei e circulei pelo apartamento, mas nem sinal dela.-estranhando-Será que ela dormiu mal? Me chamou e eu não acordei?-saindo de cima do namorado; preocupada-Você acha que eu devo ir até o apartamento dela para perguntar como ela está?
Zac-Ahn? Acho que não ouvi isso.-sentando; olhando pra ela com incredulidade.
Lara-Por quê?-sem entender. Ele sorri maliciosamente ao perceber que ela não havia entendido o que ele quisera dizer.
Zac-Para que incomodar a senhora Collins?-levantando; ficando de frente para ela-Talvez ela queira que nós dois fiquemos mais à vontade...-a abraçando com um sorriso maroto.
Lara-Ahhh! Entendi até onde você quer chegar com essa sua teoria...-sorrindo.
Zac-E qual a sua opinião sobre esse assunto?-beijando o pescoço dela.
Lara-...Acho que...É melhor deixar a senhora Collins em paz; não é?-sorrindo-Se ela foi embora assim tão rápido é porque devia ter alguma coisa importante para fazer...
Zac-Exatamente.-sorrindo cínico-E como nós já estudamos bastante durante ontem à noite; e eu provei ser um namorado exemplar ajudando você a manter a concentração nos estudos, mereço um prêmio.
Lara-Ah claro!-rindo-Até parece que eu sequer olhei para algum dos livros que eu trouxe aqui para a sala. Eu bem que tentei quando ouvi barulhos vindos do corredor e achei que a senhora Collins fosse aparecer a qualquer momento, mas você, como namorado exemplar que é, não deixou.-dando provocantes beijinhos no lóbulo da orelha dele enquanto falava baixinho em seu ouvido.
Zac-Eu não estava te segurando...Você estava livre para olhar e até folhear os livros.-sorrindo safado; acariciando as costas dela por baixo da blusa do pijama, seguindo lentamente em direção aos seios da namorada. Lara se arrepia; sentindo as pernas ficarem bambas.
Lara-...Você sabe que as suas mãos conseguem me prender sem precisar de esforço...-ofegante, pois ele já tocava seus seios.
Zac-Eu quase fiquei louco ontem, sabia?
Lara-E quer me enlouquecer hoje, não é?-envolvendo o pescoço dele, acariciando-lhe a nuca com firmeza. Ora puxando de leve os cabelos dele fazendo a cabeça pender para trás.

         É então que eles começam a se beijar nos lábios. Zac beijava a namorada com tanta gula que sua intensa movimentação fazia com que ela desse passos para trás pelo peso do corpo dele inclinando-se ao dela. Lara acaba esbarrando no sofá, o que a faz desequilibrar e os dois acabam caindo sobre o móvel. Eles se olham e riem.

Zac-Desculpa, amor.-ajeitando-se sobre ela-Te machuquei?
Lara-Não.-sorrindo-Está tudo bem...Vem.-o puxando pela camisa para que eles voltassem a se beijar.

       De repente, a porta da sala é aberta. Senhora Collins adentra o local com duas sacolas de compras em mãos, o que a impede de segurar a porta antes que esta fechasse sozinha de forma abrupta e ruidosa.
Zac e Lara se assustam; olhando para a direção de onde viera o barulho. Eles acabam caindo do sofá, só então fazendo a senhora Collins perceber o que havia interrompido.

Zac-Ouch!- ao bater as costas no chão; pois havia sido o que mais sofrera pela queda, já que Lara caíra sobre ele tendo sua queda amortecida.
Lara-...Senhora Collins!-sem conseguir evitar a surpresa ao ver a senhora ali parada olhando para eles. Lara enrubesce subitamente .Até Zac estava visivelmente constrangido.

-...er...Desculpa pelo susto. Não foi intencional...-sem graça.

Lara-...Não...Não tem problema...-com um sorriso amarelo; sem saber o que dizer.
Zac-Esse susto foi até bem providencial. A Lara estava com soluço e eu estava fazendo cócegas nela como último recurso para tentar fazê-la parar de soluçar.-inventa; até surpreendendo a si mesmo por sua rápida imaginação. Lara olha para ele comprovando que ele não era o único que se surpreendera com a história improvisada-Agora já passou o soluço; não foi?-desviando seu olhar para a namorada.
Lara-...Já.Passou sim, amor.-forçando um sorriso; respondendo com um rápido movimento de cabeça. Ela e Zac sentam.
Zac-Obrigado, senhora Collins.-também forçando um sorriso, mas querendo fazer careta pela dor que sentira nas costas quando se movera.
Lara-...É...Muito obrigada. Eu já estava quase ficando sem ar de tanto que soluçava. Achei que fosse ter uma síncope ou algo parecido porque, além de soluçar, me deu uma crise de riso e...-ela tentava explicar de forma que a situação soasse lógica, mas seu embaraço a fazia falar rapidamente acompanhando a ordem com a qual as ideias surgiam em sua cabeça. Ela cruzava os dedos atrás das costas, o que acabou sendo de grande ajuda pois deixava transparecer menos o nervosismo dela já que assim ela não podia gesticular como fazia quando estava nervosa. Zac olha para a namorada como se pedisse para ela ir devagar com as explicações pois na procura por certa coerência no que dizia ela podia acabar exagerando e comprometendo a “veracidade” dos fatos-...er...-entendendo o olhar que ele lançara para ela-...Mas graças a Deus...e à senhora...o soluço passou!

-Ainda bem mesmo que eu cheguei. Porque acho que as cócegas, Zachary, estavam deixando a Lara ainda mais sem ar, por isso ela não ria. Pelo contrário, vocês dois estavam bem calados.-num tom sarcástico; demonstrando não ter dado crédito a história contada. Lara e Zac não conseguiam disfarçar o embaraço diante daquele flagra-Mas que bom que você não terá uma síncope, Lara, e que o Zachary não terá que inventar métodos para acabar com soluço...huh?-aproximando-se do sofá perto de onde eles estavam caídos.


“Acho que vou ter uma síncope agora!”-Lara pensa; morrendo de vergonha.


Zac-Eu já havia esgotado todos os meus métodos.-Lara levanta; ajudando Zac a fazer o mesmo.

-Deu para perceber. Você recorreu a um dos mais perigosos na sua última tentativa.-com um olhar de “vocês-sabem-sobre-a-que-me-refiro”.

Lara-...er...A senhora dormiu bem?-tentando mudar de assunto, ajeitando discretamente a blusa do pijama, que estava torta e amarrotada.

-Dormi sim, querida. Obrigada por se preocupar.-sorrindo-Acho que vocês é que não devem ter dormido muito bem...Acabaram adormecendo no chão. Pobrezinhos! Estudaram muito?-Zac e Lara se olham.O tom que a vizinha usara era indecifrável para eles, que não conseguiram deduzir se aquilo era uma pergunta inocente ou se havia certa ironia em todo o comentário.

Lara-...Acho que dormimos antes de estudar o necessário...-morde de leve o lábio inferior.

-Você já ligou para casa avisando que acabou ficando por aqui, Zachary? Sua família pode ter ficado preocupada já que você saiu apenas para trazer alguns livros e não voltou para casa.

Zac-Muito bem lembrado, senhora Collins. A minha mãe deve estar mesmo preocupada...-mente-Acho melhor eu ir embora...

-Ah! Justo agora que eu trouxe umas coisinhas para preparar um almoço para nós!-desapontada; mostrando as sacolas que segurava-Eu não quis mexer nos seus armários, Lara, então resolvi pegar algumas coisas em casa mesmo. É uma forma de agradecer pela sua hospitalidade comigo, querida.-afagando os cabelos dela, sorrindo ternamente.

Lara-Não precisa se incomodar, senhora Collins...

-Não é incômodo, meu anjo. É o mínimo que posso fazer por um casalzinho tão gentil. Eu sei que acabei atrapalhando vocês com a minha presença aqui ontem à noite...-Lara tenciona falar algo, mas senhora Collins apressa-se em concluir o que dizia-...Não se preocupe em tentar justificar nada para mim, Lara. Eu peço desculpas porque só agora percebi que estraguei a noite de vocês; e juro que essa não foi a minha intenção...Longe de mim tecer qualquer crítica, até mesmo porque não tenho esse direito; então vocês não precisam explicar nada para mim. Mas mesmo assim, tentaram fazer com que eu não me sentisse constrangida ou intrusa...Mesmo se tivessem outros planos para ontem, foram gentis o bastante para acolher esta velhota intrometida.-sorrindo-Agradeço a vocês pelo respeito que tiveram comigo, crianças.-passando as mãos de modo carinhoso pelos rostos do casal-Ah se eu tivesse a imaginação de vocês no meu tempo de juventude! Eu teria usado essa história do soluço quando meu pai apareceu em casa e me pegou num amasso...É assim que vocês falam?-Zac e Lara se olham rindo-...com um namoradinho.

Lara-Eu não tenho tanta imaginação, senhora Collins. O Zac é quem tem!-sorrindo. Ela estava começando a se sentir à vontade depois das palavras da vizinha.
Zac-Eu?-olhando para ela, rindo-Cada dia você me surpreende com o que sai da sua cabecinha.-segurando carinhosamente uma das mãos dela. Senhora Collins sorri.

-Agora que ninguém vai mais estudar ou ter crises de soluço, não é? Que tal almoçarmos?  Prometo fazer algo bem gostoso.

Lara-Estou mesmo com fome.-sorrindo; consentindo então com a ideia da senhora. As duas olham para Zac.

-Você não vai me fazer uma desfeita, Zachary!

Zac-Jamais, senhora Collins.-sorrindo; as fazendo sorrirem também. Lara dá um selinho no namorado.

         Zac se oferece para ajudar a senhora Collins com as sacolas. Os três seguem para a cozinha onde, com o clima mais ameno depois da conversa que tiveram, eles ajudavam a boa senhora a preparar o almoço. Eles se divertiam com as histórias que ela contava a respeito de sua mocidade e seus namorados.




* * *




        Eram duas horas da tarde quando Mariana abre os olhos, despertando de seu sono e para as conseqüências de seus atos na noite anterior...

Mari-Ai!...mmm...-mexendo-se sobre a cama; levando as mãos à cabeça-Ai minha cabeça!-murmura; apertando os olhos ao se sentir tonta por tencionar levantar de uma vez. Ela apenas senta, tentando se recuperar da tontura.

        Mariana olha para si mesma e percebe que ainda vestia o vestido com o qual fora para a exposição. Ela enruga a testa. Por que ainda estava com aquela roupa? Por que sua cabeça parecia querer explodir? Estas eram perguntas que lhe vinham à cabeça ao se ver daquele jeito.
Embora ela se esforçasse para lembrar de alguma coisa que explicasse o motivo pelo qual estava trajada daquela forma e a insuportável dor de cabeça que sentia, seu árduo esforço era em vão.

Mari-...Peter.-pensa alto; acreditando que o irmão era o único que poderia esclarecer suas dúvidas. E a primeira delas tinha a ver com Taylor.

        Lentamente, sentindo o corpo pesado, Mariana põe-se de pé. Estava sentindo náuseas, o que a faz ir direto para o banheiro de seu quarto ao invés de procurar o irmão como pretendia antes.
Como se adivinhasse que Mariana havia finalmente acordado, Peter surge à porta do quarto da irmã e estranha o fato dela não ter acordado até aquele momento. Ele bate à porta para ver se ela já havia despertado, mas por não ouvir nenhum sinal de movimento ou voz vindos de dentro do quarto, decide entrar. Eçe não tencionava acordá-la, apenas queria verificar se ela estava bem. 
Ao entrar, vê que Mariana não estava deitada na cama.

Peter-Mari? Mari, onde você está?-percorrendo o espaço do quarto. É então que ele vê que a porta do banheiro dela estava fechada-Mari! Abre essa porta!-batendo à porta preocupado-Você está bem? Fala comigo, Mari!-começando a se desesperar com a falta de respostas por parte da irmã.

       Só então ele ouve o barulho do trinco da porta sendo destravado. Rapidamente, ele abre a porta. Mariana estava sentada no chão encostada ao vaso sanitário. Ela pusera para fora tudo o que havia bebido na exposição.
Peter fica aliviado ao ver que, apesar de ter vomitado, Mariana estava bem. Ele nem sabia ao certo o que pensou quando não a encontrou na cama, mas havia ficado bastante preocupado.

Peter-Estava demorando para acontecer isso, hein!-referindo-se a reação do organismo dela.
Mari-O que eu andei aprontando ontem, Peter?-levantando e caminhando até a pia para lavar o rosto. Estava começando a se sentir um pouco melhor.
Peter-Você não lembra?-ela olha para ele.
Mari-Quase nada.-com o rosto molhado-Mas pelo visto bebi bastante.
Peter-Acho que seu estômago e fígado quiseram te lembrar desse detalhe.
Mari-E depois desse lembrete vou lembrar também de uma promessa que vou fazer agora: nunca mais vou beber.
Peter-Vou pegar um gravador. Você pode repetir?-sarcástico.
Mari-É sério, Peter.-pegando uma toalha para enxugar o rosto.
Peter-O Taylor também vai gostar de saber disso.
Mari-O Taylor? Por quê?
Peter-Você não lembra mesmo de nada?-com um sorriso misterioso.
Mari-Eu lembro que estava na galeria com ele e nós dançávamos no meio do hall...Daí lembro que eu estava deitada na minha cama e você apareceu...Só isso. Tenho apenas lembranças confusas dessas duas ocasiões...
Peter-Você não lembra que foi trazida nos braços pelo Taylor?
Mari-Não!-surpresa-Ele me trouxe nos braços?
Peter-Você estava tão bêbada que nem podia caminhar sozinha.
Mari-...-boquiaberta-Ai meu Deus!-cobrindo o rosto com a toalha-Eu não acredito nisso!
Peter-Pode acreditar, maninha. É a mais pura verdade.
Mari-O que mais eu fiz? Eu dei vexame na galeria?-descobrindo o rosto.
Peter-Isso eu não sei dizer...Só sei o que vi acontecer aqui.-a olhando seriamente.
Mari-...Que cara é essa, Peter?...Ai-meu-Deus! O que foi que eu fiz?-preocupada.
Peter-Chorou muito.-não mentindo, apenas omitindo o mais grave.
Mari-Só chorei?
Peter-Não sei.-mentindo; lembrando que Taylor pedira para que ele não contasse para ela do beijo caso ela não lembrasse de nada.
Mari-Como assim não sabe?
Peter-Não sei. Quando o Taylor te trouxe, veio deitar você na sua cama enquanto eu prendia o Snoopy no meu quarto. Você sabe que o Snoopy tem uma certa implicância com ele; não sabe?-com um sorriso amarelo; querendo mudar o foco do assunto. Mas Mariana percebe o truque do irmão.
Mari-E você não veio até o meu quarto para me ver?-retomando o assunto; desconfiada-O Taylor não te falou o que eu fiz na galeria?
Peter-Quando eu vim para o seu quarto você já estava dormindo.-mente novamente.
Mari-Tudo bem. Mas e quanto a minha segunda pergunta?-o encarando.

Confusa, Mari achava que Peter escondia alguma coisa dela mas algo ligado ao que ela fizera na galeria, não em casa. Ela nem sonhava que estava enganada quanto a isso.

Peter-Não. Ele não contou.
Mari-Nadinha?
Peter-Se contou, não lembro.-desviando o olhar para evitar olhá-la.
Mari-Não lembra ou não quer falar? Eu não acredito que você está mentindo para mim, Peter! Você sabe, sim, de alguma coisa e não quer me contar. Eu te conheço. Olha para mim.
Peter-Eu já disse que não lembro, Mari. Se você tem o direito de não lembrar de nada por que eu também não posso ter esquecido algo?-fingindo ter ficado chateado pela desconfiança dela para disfarçar o fato de não saber mentir para a irmã.
Mari-...Desculpa.-arrependida-Você tem razão. Desculpa. Se eu quisesse lembrar não teria bebido; não é?-sarcástica.
Peter-Não se preocupa, Mari. Se você tiver dado vexame na frente de pessoas desconhecidas, se te serve de consolo: elas talvez nunca mais te vejam na vida. E se virem, provavelmente não lembrarão de você, muito menos de algo errado que você tenha feito.-tentando confortá-la.
Mari-...É. Pode ser.-consentindo, mas ainda incomodada com aquela possibilidade.
Peter-Você está com fome?-numa nova tentativa de mudar de assunto.
Mari-Não...Estou enjoada.-fazendo cara feia-A minha cabeça melhorou um pouco, mas ainda parece que vai explodir.
Peter-Mesmo assim, acho que você deveria comer alguma coisa. Já passa das duas horas e...-ela o interrompe:
Mari-Já passa das duas horas? Nossa! Dormi demais!!
Peter-Não faz mal, Mari. Hoje é sábado; lembra? Você não tem aula e nem precisa ir para a biblioteca.-sem entender o motivo de tanta agitação.
Mari-Mas hoje é o último dia da senhora Hanson aqui em Nova Iorque. O Ike havia me falado que ele e os irmãos fariam uma reuniãozinha de despedida para ela. Seria muito indelicado se eu não fosse, Peter.-dirigindo-se até o box do banheiro-E você sabe como eu demoro a escolher o que vestir...Não quero chegar atrasada.-abrindo o chuveiro-Agora, se você me der licença, vou tomar banho. Preciso de um banho urgente. Estou me sentindo um trapo.
Peter-...Tudo bem, Mari. Vou deixar você tomar seu banho em paz. Mas ó, vai ter que comer algo antes de sair, hein!S enão, nada feito.-deixando o banheiro.
Mari-O que é isso, pirralho? Essa fala é minha!-rindo; mas logo levando as mãos à cabeça por sentir algumas pontadas-Ai! Que droga! Tenho que tomar uma aspirina, isso sim.-murmura.

        Ela se despe e vai para debaixo do chuveiro, relaxando com a água quentinha. Embora o banho estivesse realmente muito bom, ela não demora mais que o necessário ali. Estava bastante ansiosa para ir até a casa dos Hanson. Mariana não gostava de chegar atrasada em seus compromissos, mas ela tinha plena consciência de que aquele não era o único motivo que a fazia ter pressa para sair.




* * *



Lara-Quem diria! A senhora Collins sempre tão séria e com ar conservador...Apesar de ser um amor de pessoa...-acrescentando-...era a maior namoradeira quando tinha a minha idade! E eu que sempre achei que ela tivesse sido bem calma e comportada a vida toda!-rindo-Você ouviu as histórias que ela contou? O meu pai taparia os meus ouvidos se a visse contando as peripécias da juventude dela na minha frente! Ele diria que eu seria influenciada!-Zac ri.
Zac-Imagino o seu pai fazendo isso.
Lara-Acho que ele taparia principalmente os seus.-eles riem.
Zac-Por quê? Eu sou um santo!-sorrindo cínico; parando o carro em frente a cafeteria que eles costumavam frequentar, próxima a casa da namorada. 

      Após almoçar com a senhora Collins, eles decidem passar na cafeteria para que Lara pudesse tomar o seu tão sagrado café, já que por terem acordado tarde a primeira refeição deles havia sido o almoço, não o café-da-manhã.

Lara-Aham. Santo!Sei.-sorrindo; irônica-Se nem a minha vizinha de sessenta anos é tão puritana como eu pensei que fosse, você, quarenta anos mais novo e com dois braços que parecem se multiplicar e se transformar em tentáculos quando querem; é um santo? Essa sua carinha de anjo engana, Zac, mas não tanto.-dando um selinho nele.
Zac-Eu e a senhora Collins não temos culpa por você ser puritana.-sorrindo maroto.
Lara-Eu não sou puritana.
Zac-Ah não? E quem é que sempre acha que as pessoas vão pensar mal da gente se descobrissem que somos um casal jovem, mas normal como outro qualquer, que mantém um relacionamento mais íntimo?
Lara-Isso é uma crítica, senhor Zachary Walker Hanson?-o encarando.
Zac-Não. É apenas uma justificativa para contestar o fato de você negar ser puritana.-sorrindo.
Lara-Deixa eu ir comprar o meu café.-tirando o cinto de segurança.
Zac-Ficou chateada?-incrédulo, mas preocupado.
Lara-Não. Só quero logo matar o meu desejo e suprir a minha necessidade de cafeína.-tencionando abrir a porta.
Zac-Ah é! O seu vício preferido.-fingindo ressentimento.
Lara-É. O meu vício preferido. Principalmente porque ele não vai olhar para mim e dizer que eu sou puritana.
Zac-E mesmo se ele pudesse falar, não teria tempo já que você nem deixa o café esfriar um pouco antes de bebê-lo.-brincando.
Lara-Mais um ponto a favor.-saindo do carro. Zac sorri; saindo rapidamente atrás dela.

Antes que ela adentrasse a cafeteria ele a detém, pondo-se no meio do caminho.

Zac-Você me esqueceu no carro.-fazendo biquinho; manhoso.
Lara-Não esqueci. Deixei você lá.-tentando disfarçar um sorriso; achando fofa a carinha que ele fazia.
Zac-Mas depois da cafeína, eu sou o seu segundo vício.-enlaçando a cintura dela, sorrindo.
Lara-Quem disse?-sonsa.
Zac-Você mesma disse.
Lara-Não lembro disso.
Zac-Mas eu lembro muito bem.
Lara-Então eu devo ter mentido.
Zac-Não. Você cruzou os dedos atrás das costas quando disse isso.-ela deixa escapar um sorriso. Zac também sorri.
Lara-Sai, Zac! Não quero falar com você, seu bobo!-querendo fugir dos braços dele.
Zac-Por quê?-sorrindo cínico.
Lara-Porque você é insuportável. Vai. Me solta.-dando um tapinha em um dos braços dele, que ri.
Zac-Não.
Lara-A gente...quer dizer, você, está atrapalhando o fluxo das pessoas na calçada.-eles estavam exatamente bem no meio da calçada da cafeteria.
Zac-Você é a puritana mais linda que existe no mundo; sabia?-ignorando o que ela dissera.
Lara-Ainda não estou certa se gosta desse adjetivo, Zac. Então é melhor você não abusar enquanto a sua namorada aqui não sair do estado de abstinência de cafeína.-ele ri.
Zac-Você pode não estar certa se gosta do adjetivo, mas a cada dia que passa eu tenho mais certeza de que amo você do jeitinho que você é, e não mudaria você nem se pudesse.
Lara-Zac...- escondendo o rosto contra o peito dele. Zac sorri, beijando-lhe a cabeça com ternura.
Zac-Não mudaria principalmente o fato de você nunca conseguir fingir que está bravinha comigo.-sorrindo safado. Lara levanta a cabeça para olhá-lo.
Lara-Eu te detesto.-rindo.
Zac-Até parece.-a beijando.Lara enlaça seus braços em volta do pescoço do namorado; acariciando sua nuca do jeito que ele gostava.

Eles se beijavam calmamente; pareciam não lembrar mais que agora estavam parados no meio da porta da cafeteria bloqueando a passagem.
É então que uma moça que pretendia entrar no local cutuca Lara.

-Com licença, por favor.-educadamente. Lara olha imediatamente para ela, interrompendo o beijo.

Lara-...er...Claro! Desculpa.-sem graça; afastando-se de Zac para permitir que a moça pudesse passar. Zac olha para ela, sorrindo.
Zac-Você está vermelha.
Lara-E você está sujo de batom.-passando carinhosamente um de seus polegares sobre os lábios dele-Vem.-puxando-o pela mão-Quero tomar logo o meu café e também falar com a Linda. Ainda não consegui falar com ela depois do que aconteceu aqui ontem.
Zac-Por falar nisso, também não conversei com o Victor.
Lara-Chata essa situação, né?
Zac-E complicada também.-Lara consente com um movimento de cabeça. Os dois entram na cafeteria.

       Pelo horário, a movimentação no local estava calma. Logo de cara, Lara avista Dayse ao balcão. Os dois caminham até ela.

Lara-Oi, Dayse!-sorrindo.
Dayse-Oi, Larinha!-simpática-Oi, Zac!
Zac-Oi, Dayse!-sorrindo ao ver que ela até já sabia seu nome.
Dayse-Já até sei o que você veio fazer aqui, Larinha: tomar cappuccino. Acertei?-arriscando um palpite.
Lara-Errou, florzinha. Hoje eu quero café puro. Tamanho grande.
Dayse-Não tomou café hoje, não foi?-rindo.
Lara-Nenhuma gota.
Zac-Viciada.-olhando para a namorada com um sorriso implicante.
Lara-Chato.-mostrando a língua para ele. Dayse ri.
Dayse-Vai beber aqui ou é para “viagem”?
Lara-Para “viagem”, Dayse.
Dayse-Ok.-sorrindo-E você, Zac? Vai querer café também?
Zac-Ao contrário da sua amiga, Dayse, eu só tenho um vício: ela.-Lara olha para ele, sorrindo.
Lara-Owww!-dando um estalado beijo na bochecha dele.
Dayse-Vou pedir pra você conversar com o meu namorado, Zac. Quem sabe assim ele aprende com você como falar coisas assim.-brincando. Ela dá as costas para preparar o pedido da amiga.
Lara-Você está vendo a Linda, amor?-passando os olhos pelo local-Eu não a vi ainda.
Zac-Também não a vi.
Lara-Dayse, a Linda está na cozinha?
Dayse-A Lili não veio trabalhar hoje, Larinha.-voltando ao balcão com o copo embalado para viagem.
Lara-Não?
Dayse-Não. Ela ligou pra cá hoje cedo falando que estava um pouco indisposta...Acho que ainda é consequência do que aconteceu ontem. Ela estava com uma vozinha triste...
Lara-Eu tenho certeza que sim.
Dayse-Eu pensei em perguntar algo sobre isso, mas achei melhor não tocar no assunto. Ela ficou mal depois do encontro inesperado com o Victor. Fazia 4 meses que ela não o via...
Lara-Queria poder animá-la....-triste.
Zac-O que você acha de passarmos na casa dela para ver dvd lá em casa? Assim ela se distrai um pouco...não sei...
Lara-Ótima ideia, amor!-o abraçando-Vou fazê-la sair de casa nem que seja a força.-brinca.
Dayse-Faz isso, Larinha. A Lili tem que sair dessa. E ela vai precisar da nossa ajuda para isso.
Lara-Pode deixar, Dayse.-piscando o olho para a amiga.

        Zac vai até o caixa para pagar o café da namorada. Ao voltar ao balcão, Lara e ele se despedem de Dayse e deixam a cafeteria.
Já de volta ao carro, Lara combina com Zac que eles não deveriam falar sobre o episódio da noite passada com Linda. Zac concorda. Eles então seguem para a casa dela.





* * *



Diana-Vai sair, meu filho?-olhando para Taylor, que adentrava a sala vestindo calça jeans, tênis, camiseta e uma jaqueta, o que denunciava que ele pretendia sair.
Tay-Vou até a locadora, mãe. Daqui a pouco o Matt chega aqui com a tia Meg e a Pietra...-Isaac olha para Taylor, sentindo um frio na barriga ao ouvir que ela também estaria presente na reuniãozinha deles. Diana percebe a súbita mudança na expressão facial do filho mais velho-...Vou locar alguns filmes para a gente passar o tempo enquanto a senhora e a tia Meg põem o assunto em dia.-beijando a testa da mãe; pronto para se dirigir até a porta.
Diana-Isso me fez lembrar do tempo em que todos nós morávamos em Tulsa...Antes da Meg e do Doug irem morar no Brasil. Você não era nascido, Tay. Só você, Ike.-acariciando a cabeça do filho, que estava repousada sobre seu ombro. Os dois estavam sentados no mesmo sofá-Eu ia para a casa da Meg ou ela ia lá para casa...Nós passávamos horas conversando enquanto você e o Matt, ainda com meses, ficavam nos carrinhos em frente a tv. A gente colocava em algum canal para crianças e vocês se distraiam com a tela colorida assim nós podíamos conversar e vocês acabavam dormindo depois de algum tempo.-lembrando com um sorriso saudosista-Pena que ela logo teve que viajar para o Brasil e nós só iríamos nos ver de novo depois da morte do Doug...-entristecendo.
Ike-Mas agora vocês reviverão os velhos tempos, dona Di.-sorrindo; tentando levantar o astral da conversa-E o melhor: vocês não precisam mais se preocupar em arrumar alguma distração para nós.
Tay-Boa, Ike!-sorrindo-Graças a Deus agora nós podemos escolher sozinhos. Acho que você e o Matt acabavam dormindo por causa do tédio.-brincando. Eles riem.
Ike-Mas eu não estou muito tranquilo deixando a escolha dos filmes de hoje nas suas mãos, Tay.-implicando; sorrindo.
Tay-Você está insinuando que eu não tenho bom gosto para filmes?
Ike-Não estou insinuando. Estou afirmando.-Taylor faz cara de indignado.
Tay-Depois desse comentário, não espere nenhum filme de ficção científica.-com um sorriso vitorioso, já que aquele era o gênero de filme do qual Isaac realmente gostava.
Ike-Está vendo, mãe? Eu tenho que ir com ele.
Diana-Eu já disse que não vou deixar você sair de casa hoje, filho. Está frio lá fora; não quero que você se exponha a isso, e piore do resfriado.-em tom bem maternal.
Tay-Isso mesmo, dona Diana. Deixa ele de castigo em casa.-rindo. Isaac mostra a língua para o irmão, que dá de ombros sorrindo-Agora deixa eu ir antes que o Matt chegue e queira ir comigo. Ele é seu puxa-saco.-rindo.
Ike-Em compensação a Pietra é sua puxa-saco.
Tay-Ela não é puxa-saco; é simplesmente inteligente o bastante para ficar do lado certo.-sorrindo maroto-Estou indo lá. Volto logo.-girando o chaveiro da chave do carro em um dos dedos indicadores-Tchau.-dando as costas; caminhando até a porta. 

Quando ele põe a chave na fechadura e abre a porta, dá de cara com Mariana, que estava prestes a tocar a campainha. Os dois não conseguem disfarçar a expressão de surpresa diante daquela coincidência. Eles ficam se olham por alguns poucos segundos antes que Mari quebrasse o gelo falando com um sorriso tímido:

-Oi.

Tay-Oi, Mariana.-procurando refazer-se da surpresa com um sorriso amarelo.
Mari-Vai sair?-supondo ao vê-lo arrumado.
Tay-É. Estou de saída.
Mari-Ah.-deixando escapar a discreta interjeição que soava como lamentação. Taylor enruga a testa com um sorrisinho maroto. Ela então percebe o que havia feito, e o que ele provavelmente interpretara com aquilo-...Não. Eu não lamentei o fato de você estar saindo...Foi um “Ah” involuntário. Foi um “Ah” de “entendi”, não um “Ah” de “Que pena”.-explicando-se apressadamente, denunciando seu embaraço. Taylor ri discretamente, balançando a cabeça positivamente.
Tay-Ah.-com um sorrisinho safado no canto da boca, cínico-Um “Ah” de “entendi”, não um “Ah” de “Que pena”.-zoando. Ela o olha feio, com ar de reprovação.
Mari-Acabei de mudar de ideia, Taylor: o meu “Ah” foi um sinônimo reduzido de “Ah, que bom!” ou “Ah! Que alivio!”-sorrindo sarcástica-Eu chegando e você saindo é sinal de sorte.
Tay-Então você precisa prestar atenção na entonação que usa com determinadas interjeições. O seu “Ah” conseguiu ser tão contraditório quanto você.-provocando.
Mari-Eu contraditória? Por quê? Você acha que eu vim aqui para ver você?
Tay-Eu não disse isso. É você quem está dizendo.-sonso-Você veio aqui para me ver? Fico lisonjeado, Mariana!
Mari-Você está distorcendo as minhas palavras, convencido. Eu vim ver o meu namorado, o que te exclui totalmente de ser o motivo da minha visita.
Tay-Não sei quem tem mais sorte: eu, por não ser o seu namorado; ou você, por ter vindo ver o Ike mas ter conseguido chegar a tempo de ter a felicidade de me encontrar ainda em casa.-implicando; sorrindo. 

       Ele adorava vê-la com carinha de brava; achava Mariana ainda mais bonita, principalmente quando ela apertava os olhos quando se indignava com algo que ele falava. Mas na verdade, enquanto a provocava com suas brincadeirinhas, pensava que Isaac era sem dúvida quem tinha mais sorte, afinal de contas, Mariana era a namorada dele.

Mari-O Ike está, Taylor?—não querendo continuar aquela conversa; séria. Taylor afasta-se da frente da porta deixando Mari ter uma melhor visão do interior do apartamento.
Tay-Ike. Visita para você.-chamando atenção do irmão e da mãe, que conversavam e nem perceberam a movimentação à porta.
Ike-Mari!-sorrindo diante daquela agradável surpresa. Diana também sorri ao vê-la.
Mari-Oi, Ike!-entrando no apartamento; passando por Taylor de modo indiferente. Ele sorri safafo-Oi, Diana!-aproximando-se do sofá, cumprimentando Diana com dois beijos no rosto, e o namorado com um tímido beijo na boca.
Diana-Você não morre mais, querida!-sorrindo.
Mari-Eu? Por quê?-também sorrindo.
Ike-Eu estava aqui falando para a mamãe que ia ligar para você lembrar da nossa sessão de dvd daqui a pouco. Você não poderia faltar.-acariciando uma das mãos dela, que sentara ao seu lado no sofá.
Mari-Eu não perderia isso por nada! Principalmente porque eu queria me despedir da sua mãe...-olhando para Diana, que lhe lança um terno olhar de agradecimento-...e também matar a saudade que eu estava de um certo garoto, sabe?-passando a olhar para Ike, que sorri.
Ike-Eu também estava com saudade de você, Mari. Não nos víamos desde antes de ontem...Queria ter podido ir a exposição de fotos com você.
Mari-Não tem problema, Ike. Eu não teria sido boa companhia para você ontem...
Tay-Eu que o diga!-alfineta.
Diana-Taylor!-o censurando.
Mari-Eu não ligo para ele, Diana. Já estou acostumada.-o fuzilando com o olhar. Ele sorri.
Ike-Você não ia para a locadora, Tay?-numa indireta para que ele fosse logo embora e parasse de implicar com Mariana.
Tay-Achei que você não quisesse que eu fosse.-sorrindo sonso.
Ike-Eu tenho outra escolha? Se ao menos o Matt chegasse logo...-é então que ele olha para Mariana e sua expressão denuncia que ele tivera uma ideia.T aylor parecia ter entendido perfeitamente o que o sorriso do irmão queria dizer. Mariana enruga a testa sem entender por que todos passaram a olhá-la.
Mari-O que foi?
Tay-Ike, eu prometo que trago para você todos os lançamentos de ficção científica que tiver na locadora. Não precisa disso...-adiantando sua reação.
Mari-Não precisa do quê?
Ike-Você vai salvar a nossa sessão de dvd, Mari.-sorrindo.
Mari-Como assim?
Tay-Ele quer que você vá até a locadora comigo. É isso.-apressando em explicar; parecendo não ter gostado da ideia.
Ike-Assim eu vou ter a certeza de que vamos ver bons filmes.
Diana-Ele confia mesmo em você, Mariana.-sorrindo-Porque quando ele deixa a escolha de filmes nas mãos de alguém é porque confia mesmo.-brinca.
Mari-Ou confia menos no gosto da pessoa escolhida.-olhando para Taylor, sorrindo.
Tay-O que seria injusto SE fosse verdade.-a encarando.
Ike-Você se incomoda em ir com ele, Mari?
Tay-Você deveria perguntar se eu me incomodo.-resmunga.
Mari-...-ela pensa em fazer uma brincadeira sarcástica para alfinetar Taylor, mas desiste por vergonha de fazê-lo na presença de Diana-Não. Tudo bem. Eu vou.-fazendo questão de responder sem ânimo e em tom de indiferença.
Tay-Quer pular de alegria e correr para me abraçar?-sorrindo irônico.
Mari-É o seu desejo mais secreto?-usando o mesmo tom que ele, que fica meio mexido e sem graça com aquela pergunta.
Tay-Estou indo nessa. Se você for também, Mariana, eu vou estar esperando lá fora...-dando as costas e caminhando até a porta; deixando o apartamento.

            Mariana olha para Isaac com cara de menininha que havia acabado de fazer alguma travessura. Ele sorri.

Diana-Vocês se dão bem, hein!-brinca.
Mari-Como cães e gatos.-eles riem-Deixa eu ir antes que ele vá sozinho e me deixe aqui.-dando um rápido beijo no namorado, e levantando do sofá-Tchau, Diana.
Diana-Tchau, querida.-sorrindo.
Ike-Não deixa ele trazer nada trash, Mari.
Mari-Pode deixar.-piscando o olho para ele; sorrindo. Ela sai do apartamento, deixando Diana e Isaac sozinhos.
Diana-Você acha mesmo prudente deixá-los saírem juntos?-sorrindo.
Ike-Eles se implicam, mas são inofensivos.-rindo.




* * *



           Mariana caminha ao encontro de Taylor, que estava parado no corredor do andar em frente aos elevadores.

Tay-Eu já ia sem você.-adentrando o elevador que já estava de portas abertas à espera.

        Mariana percebe a mudança de humor dele para com ela. Assim que a vira à porta do apartamento, ele não resistira à vontade de provocá-la; não conseguira disfarçar o sorriso, e os seus batimentos cardíacos não o deixaram fingir que aquela não fora uma agradável surpresa. Mas ao vê-la com Isaac, sentira-se culpado pelos sentimentos que nutria pela namorada do irmão.

Mari-Foi o que eu imaginei.-o seguindo. Taylor aperta o botão para o subsolo-Nós vamos de carro?Achei que a locadora fosse aqui perto.

      Tocava baixinho uma música lentinha dentro do elevador, mas os dois pareciam nem ouvi-la. Começava os primeiros acordes de “Hero do Enrique Iglesias.

Tay-Dois quarteirões.-ele estava pouco à vontade com a companhia dela; procurando não olhá-la.
Mari-Dá para ir a pé, Taylor.
Tay-Você prefere assim?-ainda com o olhar fixo na porta do elevador; estranhando os dedos das mãos.
Mari-Se não for te incomodar...
Tay-Eu ia de carro para ser mais rápido.
Mari-Então deixa. Esquece o que eu falei. Vamos de carro.-se arrependendo da sugestão.

Taylor percebe que havia sido um pouco frio com Mariana.

Tay-Eu não me importo de ir andando, Mariana.-olhando-a pela primeira vez dentro do elevador. Ele aperta o botão para o andar térreo.
Mari-Não tem problema se você quer ir de carro, Taylor. Eu apenas sugeri...-ele a interrompe:
Tay-E eu aceito a sua sugestão.
Mari-Tem certeza que aguenta tão longa caminhada na minha companhia?-sarcástico.
Tay-Talvez seja você que não consiga suportar a minha companhia.
Mari-Você não queria mesmo que eu viesse com você; não é?
Tay-Eu? Você é quem não queria vir comigo.
Mari-Acho que deu para perceber nitidamente que não manifestei tanta resistência ao fato.-realmente ela não se opusera a ideia. Pelo contrário. Aquela seria uma boa oportunidade para que ela pudesse conversar a sós com ele a respeito da noite na exposição. Não lembrar de nada da noite anterior a estava deixando angustiada; principalmente por ter ficado intrigada depois da conversa que tivera com Peter.
Tay-Por causa da minha mãe.-afirmando com um certo ressentimento; desviando seu olhar. Mariana vira delicadamente o rosto dele para que ele voltasse a olhar para ela.
Mari-Não. Por causa de você.-o encarando-...e por mim também.


"Would you dance if I asked you to dance?
Would you run and never look back?
Would you cry if you saw me cryin'?
Would you save my soul tonight?...



Tay-...-silenciando; mas expressando sinal de interrogação com o olhar.
Mari-Achei que depois de ontem nossa relação poderia mudar...quer dizer...sei lá...Estou bastante agradecida por você ter aceitado ir comigo à exposição...E também não posso esquecer de quando você me ajudou quando o Snoopy ficou doente ou quando se preocupou comigo no dia em que quase fui atropelada por um ciclista maluco...Eu sei que nem sempre me mostrei agradecida, e que continuo tendo acessos de raiva quando você dá seu sorrisinho irritante seguido de alguma provocação ou frase idiota que demonstra o quanto você é convencido...-ele a interrompe:
Tay-Você poderia deixar claro se a sua intenção é mostrar que subi na sua escala de conceito, ou me denegrir até provar que eu não deveria ser tão pretensioso a ponto de achar que todo esse seu discurso é um disfarce para um pedido de desculpas?-sorrindo.
Mari-Você consegue fazer com que eu repense os meus bons atos; sabia?-também sorrindo.
Tay-Se facilita as coisas para você, vou considerar isso como um pedido de desculpas. Não precisa se humilhar se é assim que você está se sentindo. Está perdoada.-sorrindo safado.

     Ele tenciona sair do elevador, que acabara de abrir as portas ao chegar no térreo. Mariana o puxa pelo braço, fazendo-o ficar.

Mari-Eu não acho que estou me humilhando, Taylor. É sério.-olhando-o nos olhos-Acho que realmente te devo um pedido de desculpas e...Eu sou namorada do seu irmão...não tem sentido continuar brigando com você...até porque eu não antipatizo mais com você...pelo menos não tanto quanto antes.-ele sorri.
Tay-Você nunca vai fazer isso certinho, né?-ela também sorri.
Mari-Eu estou tentando. Mas quando vejo, já te alfinetei.
Tay-Acho que eu estranharia se você não fizesse isso.
Mari-Eu também me sentiria estranha...
Tay-Então o que você propõe?
Mari-Tudo o que eu queria propor com o meu discurso sobre ser grata por tudo o que você fez por mim, mesmo se às vezes não pareço reconhecer...ou  demonstro agradecimento na hora, mas pareço esquecer minutos depois; é que nós poderíamos tentar ser amigos de verdade. Não sei se você quer ser meu amigo, mas pelo menos queria que você soubesse que eu gostaria de ser sua.
Tay-Minha?-sorrindo safado; não resistindo à chance de fazer a brincadeira.
Mari-Sua amiga, Taylor!-dando um tapinha no ombro dele; rindo.


Would you tremble if I touched your lips?
Would you laugh?
Oh please tell me this.
Now would you die for the one you love?
Hold me in your arms tonight...



Tay-Vou dar uma olhadinha na minha agenda e ver se ainda tem espaço para te colocar na minha ilustre lista de amigos.-zoando.
Mari-Vai me telefonar quando essa analise for feita ou pedirá para a sua secretária fazer esse serviço?Isto é, se você tiver um tempinho na sua vida de super-herói.-ele ri.
Tay-Você é a mocinha que me dá mais trabalho, Mariana.
Mari-Você fala isso por ontem?-assumindo um tom de seriedade.
Tay-Não. Por todas as vezes que eu tentei fazer você gostar de mim.-sorrindo timidamente.
Mari-Eu poderia ter te poupado de tanto trabalho; não é?
Tay-Não vou reclamar. Acho que acabou valendo a pena todo o esforço.-fofo. Ela sorri.


I can be your hero, baby.
I can kiss away the pain.
I will stand by you forever.
You can take my breath away.



Mari-Amigos?-estendendo a mão para ele.
Tay-Não vou ter que te dar conselhos amorosos ou passear com o seu cachorro; não é?-brincando.
Mari-E eu não topo dividir meus picolés com você ou acatar as suas ideias malucas como a de dançar no meio de uma exposição atraindo todos os olhares.-ele ri.
Tay-Ideia maluca, mas bem que você gostou.
Mari-Isso não vem ao caso agora.-desconversando-Mas alguma consideração a fazer para o nosso ‘código de amizade’?
Tay-Vou poder implicar com você de vez em quando.
Mari-Então te chamar de convencido e continuar odiando o seu sorrisinho irritante também é permitido.
Tay-Fechado.-sorrindo; apertando a mão que ela estendia para ele.
Mari-Fechado.-também sorrindo.


“ Como eu vou esquecê-la se a cada dia nós ficamos mais próximos?”-ele pensa enquanto ainda segurava a mão dela e admirava seu sorriso-Pior do que tê-la somente como amiga é não tê-la de jeito algum.”

Tay-Então acho que agora nós podemos ir para a locadora; não? O Isaac deve estar pensando que eu sequestrei a namorada dele.-soltando a mão dela com um sorriso amarelo.
Mari-Espera, Taylor. Antes de irmos, eu gostaria de te perguntar uma coisa...É sobre ontem à noite...-reticente.
Tay-O que tem ontem à noite?-sentindo frio na barriga; achando que ela se referia ao beijo que eles haviam dado um no outro.
Mari-...er...O Peter disse que você me levou para casa...Eu não lembro de nada...
Tay-...-respirando aliviado, mas de forma discreta-Você bebeu demais.
Mari-É. Eu sei. Exagerei.
Tay-Mas você fica sexy quando bebe.-sorrindo.
Mari-Não zomba de mim, Taylor!-sem jeito-Eu estou angustiada...E você não deveria ter deixado que eu bebesse tanto!-escondendo o rosto entre as mãos.
Tay-Eu?-rindo-Você sabe que eu já não tenho muita credibilidade com você sóbria, imagina bêbada!
Mari-...Eu fiz muita besteira?-temendo a resposta-...Eu disse muita besteira? Por favor, Taylor, fala para mim. Eu preciso que você seja honesto comigo.
Tay-...Você não fez nada demais...Só me agarrou e me beijou.-arriscando para saber qual seria a reação dela. Mariana começa a rir-O que foi?-enrugando a testa.
Mari-Para de brincadeira, Taylor! Eu nunca faria isso! Imagina! Beijar você?-incrédula. De repente ela para de rir-Eu não fiz isso...Fiz?-o encarando; apreensiva.
Tay-Achei que você tivesse acabado de dizer que não fez.
Mari-Não faz isso comigo, Taylor! Pelo amor de Deus! Eu nunca bebi tanto...Nunca acordei no dia seguinte sem lembrar das coisas; sem ter consciência do que disse ou fiz. Eu sempre quis saber o que eu faria quando bebesse como fiz ontem, mas...Agora que estou vivenciando a situação, estou apavorada.
Tay-Por quê?
Mari-Porque dizem que quando as pessoas bebem, elas acabam sufocando o lado racional e deixam que o subconsciente prevaleça. Fazem coisas que têm vontade; são levadas pelos instintos; buscam o que desejam...
Tay-Do que você tem medo, Mariana?-a encarando.
Mari-Do que eu desejo.-responde quase num sussurro.


Would you swear that you'll always be mine?
Would you lie?
Would you rub in mind?
Am I in too deep?
Have I lost my mind?
Well,I don't care
You're here tonight.



Tay-Como assim?
Mari-Eu não sei o que eu desejo, Taylor. Talvez você pense que eu não conheço a mim mesma...E acho que é bem por aí mesmo...Mas...Se eu escolho deixar o que quer que seja no subconsciente é porque é lá onde isso tem que ficar. Eu tenho medo de ter feito algo do qual me envergonharia...
Tay-Algo em especial?
Mari-Não. Apenas medo de qualquer coisa.-baixando os olhos-Acho que estou nas suas mãos agora. Eu não lembro de nada; e estou aqui perguntando pra você o que fiz ontem à noite...se gritei, chorei, se fiz algum escândalo na exposição...
Tay-Se você corre o risco de se torturar com isso, por que quer tanto saber?
Mari-Porque eu quero saber se mereço mesmo ser torturada.-voltando a olhá-lo.
Tay-Dramática.
Mari-Fala logo, Taylor!-nervosa-Eu não fiz strip-tease; fiz?-ele ri.
Tay-Eu não tive tanta sorte.-sorrindo safado.
Mari-Bobo!-batendo de leve sobre o peito dele-Você e a sua forte atração por um rabo-de-saia, hein!
Tay-Exceto freiras, mães e avós, porque tenho respeito.-brincando. Ela ri.
Mari-Você está me enrolando, Taylor! Fala!-Mariana estava visivelmente tensa.
Tay-O quê?-cínico.
Mari-Taylor!-rindo nervosa.
Tay-...-pensativo-Não, Mariana.-a encarando de modo sério.
Mari-Não o quê?-confusa.
Tay-Você não fez nada demais. Não fez nada do que não faria sóbria. Acho até que você é a bêbada mais gentil que eu conheço: só me chamou de ogro e brigou comigo. Carinhosa como sempre.-irônico; sorrindo. Mariana respira fundo, aliviada.
Mari-Graças a Deus!-sorrindo.
Tay-Ah claro! Me tratar mal não entra na sua lista de arrependimentos; não é?-fingindo indignação.
Mari-Desculpa, Taylor!-rindo-Devo ter sido bem mais rude com você do que sou consciente.
Tay-Até que nem tanto.-sorrindo misteriosamente ao lembrar do beijo-Talvez eu até prefira você bêbada.
Mari-Sinto muito te desapontar, mas dê adeus a essa parte transviada de mim. Não vou mais fazer isso. E se eu não tiver a mesma sorte de ontem? E se você não estiver comigo com quem eu vou brigar e assim ficar ocupada demais para fazer algum escândalo?-ele ri.
Tay-Me chama que eu vou até você.-sorrindo ternamente.


I can be your hero, baby.
I can kiss away the pain.
I will stand by you forever.
You can take my breath away.



You can take my breath away.




Mari-Agradeço a gentileza, mas prefiro não arriscar. E se você estiver ocupado com algum dos seus rabos-de saia? E se você estiver sem tempo para bancar o meu herói?
Tay-Eu sempre tenho tempo para os amigos. Não é isso o que somos agora?-ela sorri.
Mari-É sim. E é por isso que eu acredito no que você está dizendo...
Tay-Não se preocupa, Mariana. Esquece esse assunto. Você consegue ser certinha até quando não tem consciência de que está sendo.-acariciando timidamente os cabelos dela. sente vontade de beijá-la, mas se afasta logo que cogita fazer alguma loucura-E para te mostrar que, como o seu mais novo amigo, eu também confio em você, vou deixar você escolher todos os dvds da nossa sessãozinha de hoje. Aceita?-querendo pôr fim àquela conversa.
Mari-Claro!-sorrindo-Até porque foi para isso que o Ike me pediu para que eu viesse com você...-ele a interrompe:
Tay-Uma brincadeirinha e eu falo para o cara da locadora que não te conheço.-brincando.
Mari-Não está mais aqui quem falou.-rindo; pondo as mãos sobre a boca.
Tay-Melhor assim.-sorrindo.

Os dois saem do elevador e se dirigem até a portaria, de onde partem a caminho da locadora.




* * *





TINDON TINDON!-a campainha do apartamento dos Hanson toca.

          Diana e Isaac eram os únicos em casa. Mas como ele tomava banho, Diana, que preparava brownie na cozinha, é quem tem que abrir a porta.

Diana-Meg!-cumprimentando a amiga com um forte abraço.
Meg-Que bom te ver de novo, Di!-Pietra, logo atrás da tia, assistia a cena com um sorriso. Diana a vê.
Diana-Oi, querida!-soltando-se de Meg para abraçar Pietra-Tudo bem?
Pietra-Oi, Diana! Tudo bem sim. E você?
Diana-Estou bem. Obrigada por perguntar.-sorrindo-Entrem. Sintam-se em casa.-fazendo sinal para que elas entrassem-Onde está o Matt? Achei que ele viesse também.-estranhando a ausência dele.
Pietra-Ele deve chegar daqui a pouco. A Ellie, namorada dele, ligou um pouco antes de sairmos de casa para avisar que ainda estava no curso de francês, então o Matt achou melhor nos deixar aqui logo para só depois ir buscá-la lá.
Diana-Entendi. Mas que bom que ele virá!-fechando a porta após elas terem entrado.

          Pietra olha em volta e estranha a ausência dos irmãos Hanson, mas nada fala.

Meg-Que cheirinho gostoso, Di! Você está cozinhando algo?-sentindo o aroma que vinha da cozinha.
Diana-Brownie.-sorrindo.
Meg-Não acredito! Faz tempo que não como brownie! Você sabe que eu nunca consegui aprender a fazer isso; não sabe?-rindo-Uma pena!
Diana-Em compensação, não faço muffins como você faz, Meg.
Meg-Até parece, Di! Os seus muffins são ótimos!
Diana-Bondade sua.-Pietra ri.
Pietra-Não sei qual das duas é a rainha da modéstia.-elas sorriem.
Diana-Pobrezinha! Tendo que aguentar nós duas falando de assuntos de cozinha.
Pietra-Não tem problema.-sorrindo.
Diana-Você deve estar nos achando duas chatas, isso sim!-pondo as mãos sobre os ombros dela-Um dos garotos está no quarto. Pode ir até lá, querida. Nós não vamos nos ofender se você preferir se juntar a um jovem como você.-conduzindo-a até o corredor que dava para os quartos.

       Pietra não tem nem tempo para argumentar, pois Diana e Meg logo voltam a seus assuntos culinários dirigindo-se até a cozinha. Pietra as segue com o olhar; elas estavam empolgadas com a conversa.

Pietra-Pelo visto, elas é que queriam se livrar de mim.-murmura baixinho, sorrindo. Ela então olha para o corredor novamente-Será que quando a Diana falou que um dos garotos estava aqui ela se referia ao Tay?-só então se questionando a esse respeito-Lógico que deve ser ele!-concluindo com um sorriso; começando a caminhar ao longo do corredor. Ao chegar em frente ao quarto de Taylor, cuja porta ficava quase paralela a porta do quarto de Isaac, ela bate à porta-Tay? Você está aí?-sem ouvir nenhuma resposta-Tay?-pondo a mão na maçaneta-Olha que eu vou abrir, hein! Se estiver pelado, não se veste.-brinca.

-Sinto desapontá-la, mas ele não está.-Isaac aparece à porta de seu quarto, logo atrás dela. Ele ouvira uma voz no corredor quando se vestia após o banho, então apressara em se vestir achando se tratar de Mariana, que poderia já ter voltado da locadora.
Mais do que pelo susto, Pietra gela ao ouvir a voz de Isaac.




“Droga! Três irmãos, três possibilidades; e eu fico sempre com a que eu não quero! Ou pelo menos não deveria querer.”-ela pensa; respirando fundo antes de virar para olhá-lo.


Pietra-Você estava descansando? Dormindo? Desculpa se fiz barulho...É que a sua mãe falou que um de vocês estava em casa, e disse para eu vir até aqui então eu...-ele a interrompe:
Ike-Então você achou que pudesse ser o Taylor.-completando o pensamento dela.
Pietra-...É.
Ike-Sinto tê-la desapontado mais uma vez.-encostado à porta com os braços cruzados. Ele estava lindo naquela posição, o que fazia Pietra ficar desconcertada por não conseguir deixar de olhar para ele.
Pietra-Você não tem culpa.
Ike-Eu sei. Mas não posso perder o costume de sempre pedir desculpas para você.
Pietra-Eu preferiria que você não fizesse disso um costume.
Ike-Você não gosta que eu peça desculpas?
Pietra-Eu só não gosto que você sempre tenha motivos concretos para se desculpar. O que não é o caso agora, então as desculpas não são necessárias.
Ike-Pena que não seja tão fácil assim pedir desculpas quando se tem motivos concretos.
Pietra-...Realmente não é.-ela percebe que Isaac a olhava de modo diferente. Não sabia o que tinha de diferente naquele olhar, mas se sentia desconfortável. Era como se ele pudesse saber que o coração dela batia acelerado desde o momento em que ouvira a sua voz, como se ele pudesse sentir o frio na barriga dela...Ou pior: saber que ela estava apaixonada...por ele. Rapidamente, ela desvia o olhar-...er...Por que nós começamos isso de desculpas mesmo?-forçando um sorriso-Acho que eu vou lá para a cozinha, Isaac. Sua mãe está fazendo brownie...Quero ver se consigo pelo menos beliscar um pouquinho. Não sei se vou aguentar esperar muito para provar. O Tay  me falou que o brownie da mãe de vocês é espetacular!
Ike-E é mesmo.-desencostando da porta e se aproximando dela.
Pietra-...Então eu vou lá.-querendo fugir dali. 

O clima entre eles estava estranho. Isaac sério; olhava-a de modo estranho...

Ike-Espera.-segurando um dos braços dela, fazendo Pietra olhar para ele.
Pietra-...-esperando que ele dissesse o que pretendia.


Eu não podia ter lido aquele papel. Eu não deveria saber o que ela sente...Eu não tenho esse direito.”-Isaac pensa; sentindo-se mal ao olhá-la nos olhos e perceber a sua inocência diante do que ele sabia, do esforço que ela fazia para disfarçar seus sentimentos por ele.
Isaac sentia como se não pudesse nunca se desculpar o bastante por ter invadido o coração dela daquela maneira.


Ike-...-sem saber o que dizer já que tencionara comentar sobre sua descoberta a respeito dos sentimentos dela, mas desistindo.
Pietra-Você quer me falar alguma coisa?-enrugando a testa, pois ele ainda segurava seu braço.
Ike-...Você não acha que está bem grandinha para beliscar comida; não?-falando a primeira coisa que lhe viera à cabeça.
Pietra-Lá vem você com seu discursinho patético. Não dá pra você se decidir, não? Uma hora eu sou criança e imatura demais, outra hora eu cresço no seu conceito e sou classificada como ‘bem grandinha’...Preciso saber o que eu sou para você, Isaac.
Ike-Criança demais para fazer coisas de adultos, e ‘bem grandinha’ para fazer coisas de crianças menores de 9 anos.-dando seu primeiro sorriso durante aquela conversa.
Pietra-Vai me dizer que você nunca belisca comida mesmo depois de ter ganho o diploma de adulto careta?-sarcástica.
Ike-Não.
Pietra-Sabe por que às vezes as crianças mentem, Isaac? Porque elas veem os adultos mentirem.-o encarando.
Ike-Você é a criança e eu sou o adulto?-sorrindo safado.
Pietra-Eu sou a sábia criadora dessa teoria e você é o mentiroso que serviu de inspiração para ela.-sorrindo vitoriosa.
Ike-Eu não minto, Pietra. Apenas omito coisas...Você também faz isso.-a encarando-Todo mundo faz.-emendando; tentando consertar o que dissera para que soasse como algo geral, não específico-Vai me dizer que você não faz?
Pietra-...Faço. Mas só omito o que realmente não acho relevante expor para as outras pessoas. Se eu disser que não belisco os bolos que a tia Meg faz, ou os muffins que ela tira do forno e fala para eu não comer até esfriar, eu estaria mentindo.
Ike-E quando diz que não gosta de mim; você está mentindo ou omitindo algo?-não resistindo a tentação de fazer aquela pergunta.

        Pietra entreabre a boca como se além de não saber o que dizer, tivesse ficado sem jeito com ela.
Embora não quisesse que Pietra soubesse que ele havia descoberto que ela estava apaixonada, Isaac ansiava em seu íntimo que ela falasse sobre aquilo com ele. Não queria sentir como se tivesse invadido a privacidade dela, mas que ela desejasse que ele o fizesse.

-Alguém em casa?-eles ouvem a voz de Zac, que acabara de chegar no apartamento com Lara e Linda.

Pietra-O Zac chegou.-desviando seu olhar para o corredor, sorrindo aliviada por ter aquela frase bastante óbvia para dizer naquele momento-Será que a Larita veio com ele?-soltando-se de Isaac-Vou lá falar com ele.-atravessando tão rápido o corredor que Isaac até se surpreendera com mais aquela prova de que Pietra nunca falaria sobre seus sentimentos com ele.

   Isaac então caminha até a sala logo em seguida, juntando-se aos recém-chegados para cumprimentá-los. Diana e Meg também vão para a sala depois da chegada do filho mais novo, de Lara e Linda. Esta última, que relutara bastante para não sair de casa, fora vencida pela insistência do casal, e ali estava. Um pouco abatida e desanimada, mas já melhorando o astral pelo contato com os amigos.



* * *



Emily-Ai que ódio do Victor, Ashley!-soltando aquela frase assim que a prima atende ao telefone.
Ashley-Emily? O que foi, prima? Por que tanta raiva?-assustada.
Emily-Você acredita que o Victor acabou de sair daqui dizendo que ia para a casa do Zac e não quis me levar??! Idiota!! Disse que queria conversar com ele e que não me levaria porque eu atrapalharia a conversa deles dando em cima do Zac...E ainda teve o descaramento de falar que eu com certeza faria com que ele ficasse constrangido principalmente por ter a certeza de que eu deixaria o Zac assim! Pode?-Emily falava tão alto e com tanta raiva que Ashley tirava o fone do ouvido algumas vezes.
Ashley-Calma, Emily! Fica calma!
Emily-Calma? Calma? O Victor é o pior irmão do mundo! Ao invés de me ajudar com o Zac, querer ver a irmã feliz, fica se preocupando com a idiota da ex-namorada dele! Garanto que foi choramingar no ombro do Zac! Hoje ele acordou todo emburrado: só pode ter sonhado com a garçonetezinha e caído da cama! Ele devia me agradecer por ter livrado ele de uma cilada! Uma não, duas!
Ashley-Mas você não teve culpa do que aconteceu com a Linda depois da cena que nós armamos aí na sua casa, Emy.
Emily-E você não sabe como eu lamento não poder dizer que causei aquilo. Mas pelo menos contribuí. Isso é o que me consola um pouco.-com um sorriso maquiavélico.
Ashley-Nossa, prima! Eu posso até ter gostado de ter separado os dois, até porque, como você mesma diz, nós ajudamos o Vi a se livrar daquela golpista. Mas quanto ao que aconteceu depois...Eu não acho legal você dizer que lamenta não ter sido a total responsável.
Emily-Lá vem você com as crises de babaquice, Ashley! Me poupe! Eu quero que a Linda se dane! Agora que ela é carta fora do baralho, eu tenho mais com o que me preocupar.E que r saber de uma coisa? Não preciso do Victor para nada! Muito menos para conseguir o que eu quero. Eu vou fazer tudo sozinha. E agora.-sorrindo.
Ashley-O que você está pensando em fazer, prima?-curiosa.
Emily-Eu estou indo para a casa do Zac a-go-ra.





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21 comentários:

Anônimo disse...

Eita! O apartamento dos irmãos Hanson vai ser palco de muitas emoções no proximo capitulo, hein! E que eu espero que seja em breve (já estou fazendo uma pressão básica, rs).

Amanhã vou passar o dia com sono, mas valeu a pena ter ficado acordada até agora só pra ler a atualização.

Melhoras, Larinha!

Beijos!

Unknown disse...

uauuu
estou sem ar larita...
espera......................................................................................UFA
respirei..agora posso voltar a comentar...kkk
MENINA...esse ike eh danado...fikar colocando a pí na parede(literalmente)
zac e lara...nem preciso falar..lindosss e fofos...
tay e mari...babadooo...ainda vai rolar muita coisa entre eles...
vou esperar o proximo cap..ansiosa...
melhoras pra ti...
BjOwS*

Anônimo disse...

oiii

ja leio a sua fic desde o começo, mas so eu me deu para comentr... e tenho q dzr q ADORO cad capítulo... vc deixa gente curiosa, menina!!

deixo o meu e-mail (barbara_ferrazp@hotmail.com) que é pa voce me mandar asactualizações, s n houver problema...
se quiser tambem pode me adicionar no msn =)

ah, so mais uma coisa: nao demora tanto a actualizar, a gente morre !!! rs

beijinhos

Anônimo disse...

nossa *_*
nem sei por onde começar!
capítulo recheado de emoções, hehe.
aii tão bonitinhos o tay e a mari amiguinhos ^^
zac e lara o casal mais fofo ever e meu casal preferido, ike e pi nesse joguinho de brigar e cutucar um ao outro.
aff e a mala da emily pelo jeito vai aprontar né?! :P
aff 2 ... o ike tbm não se decide com relação ao que ele sente pela pi, mas q coisa! não sei o que falta pra ele agora se tocar de que a recíproca é verdadeira, que ele gosta dela!
nem preciso dizer que tô mais que ansiosa pelo próximo capítulo, hehe

;*****

Anônimo disse...

"ah, so mais uma coisa: nao demora tanto a actualizar, a gente morre !!! rs" - concordo com a babi ^^
lol

=*

Anônimo disse...

Mas o Ike é muito idiota mesmo!! Tou começando a ficar com raiva!! Não se decide!! Só pq ele e a Pi são meu casal preferido!!
Retiro o q eu disse no começo da ff: agora gosto da Mari, e ainda mais do relacionamento dela com o Tay! Quero beijo rolando!!!!
Zac e Lara... sem comentários. Muuuuito fofos. Quero um namorado que seja a mistura dos 3!! Será q existe?? Tomara e tomara q um dia seja meu!!
O q é q a Emilly vai aprontar agora, heim?? E o é isso q aconteceu com a Linda depois do q elas aprontaram??
Concordo com as meninas anteriormente: NÃO DEMORA PRA ATUALIZAR!!! Olha que tem um feriado chegando aí!! Aproveita e atualiza!!!
Bjaum!!!

Anônimo disse...

Passado um fim de semana sem atualização!!! Não vamos aguentar muito tempo!!!
Desejo que você passe nessa prova de legislação e atualize uns três capítulos para comemorar!!!!
Bjaum e boa sorte!

Anônimo disse...

Atualização??!!! Cadê você????
Ei, amiga, dá um prazo aí, vai, qndo vai ter atualização???
Bjaum!!
Boa sorte na prova!!!

Anônimo disse...

Tbm tô querendo ler!!!!!!!!Ela disse q no fim de semana ela atualiza...a prova dela é amanhã...pensamento e vibrações positivas p ela!!!!!!!\o/ E p mim tbm...minha última prova na odonto é dia 14...desejem-me sorte tbm!uahahau*A METIDA*
bJINHOS

Lara Castro disse...

Passei!!!!!!!!!!!!Tirei 8.80!!!EEEE!!DETRAN que me aguarde!!lol Vou começar as minhas aulas práticas!!\o/
Obrigada pela força, flores!!!!!

Anônimo disse...

ÊÊÊÊÊ!!! Agora, pra comemorar, tem q ter atualização!!!!
Parabéns!!! Bjus!

Anônimo disse...

Passeiiiiiiii em tdo...férias da Odonto!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Aêêê!!! Comemorações!!!
Atualização no domingo, né??!!! Quantos capítulos?? 5??!!!
KKKKKKK...!
Bjus!!

Anônimo disse...

Kd a atualização do domingo , heim???
Eatamos esperando!!!!
Bjus!

Anônimo disse...

Lara teve alguns probleminhas técnicos, mas atualizará em breve!
Bjinhos

Anônimo disse...

ainnn, nada ainda? =/
espero que a larinha consiga resolver esses probleminhas logo pra atualizar...tô curiosa!

Anônimo disse...

Estamos todas curiosas como você, Carol!!!
Ei, Larita, vai mesmo deixar suas fãs na curiosidade??? Atualiza logo, por favor!!!
Bjim!

Lara Castro disse...

To terminando de digitar kkkkkkkkk Eu to aqui rindo pq sei q vcs vão querer me matar qdo lerem o fim do cap.kkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Dia 22... Kd a atualização????
Não acredito q vc vai fazer isso conosco e deixar o cap terminar em uma parte interessante!!! Não faz isso!!!
Mas sai logo a atualização??
Bjus!!

Anônimo disse...

OI....
Atualização??? Kd vc????
KKKKKKK
Bjim!

Lara Castro disse...

kkkkkkkkkkkk to digitando aindaaa.Tá grande kkkkk vou tentar ser mais rápida aqui.