segunda-feira, abril 23, 2007

Capítulo 45

Oi, florzinhas!Quanto tempo, hein!!
Mil desculpas pela demora deste capítulo, flres, mas a vida na facul. estava difícil.Mas como prometido, está aqui ocapítulo 45!\o/
Ahhh, gostaria de fazer três agradecimentos aqui:

1º Mtooo obrigada a todas que votaram em Falling in love no concurso do flog hitzfanfictions!Eu não ganhei nenhum prêmio real, mas o meu maior prêmio foi ver minha modesta ff bem colocada em algumas categorias. O casal Zac e Lara quase levam um prêmio!Ficaram em segundo lugar!\o/Fiquei muito feliz porque o único lugar em que fiz propaganda do concurso foi aqui, ou seja, se Fil ficou bem colocada em algumas categorias, foi por causa de vocês.Muito obrigada mesmo! De coração!

2º Obrigadão para as meninas que ficaram torcendo por mim nas minhas provas de História da Literatura Inglesa. Graças a Deus, consegui boas notas logo nas três primeiras provas e a teacher me liberou de ter que fazer a quarta e última. Ela já me aprovou!!!Yupiiii!!

3º E o último agradecimento vai para todas as pessoas que deixam recadinhos aqui, no meu orkut, e-mail ou vêm falar comigo no msn!Adoro todas vocês!

Espero que curtam esse capítulo.Prometo que vou tentar atualizar logo o próximo, já que eu sei que vão querer me matar quando lerem este. hahah
mil bjsssssssss
E não esqueçam de comentar, hein, flores!

Ahhh e só para lembrar: quem tiver orkut e quiser entrar na comu de FIL é só entrar aqui:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm


Mil beijos
Lara










Cap. 45




            Aproveitando que Isaac havia ido dormir, e que queriam esperar Zac e Diana voltarem para casa para que ele não ficasse sozinho no apartamento, Taylor e Pietra concordam que deveriam usar aquele momento para conversar, já que ambos precisavam bastante disso.
Pietra e Taylor entram no quarto dele. Ele logo fecha a porta, enquanto ela tirava o tênis e se jogava sobre a cama do amigo, deitando de barriga para cima.

Pietra-Conte-me os seus problemas. Madame Pietra vai resolvê-los.-brinca, sorrindo. Ele ri.
Tay-Vai mesmo resolver?-aproximando-se da cama; sorrindo.
Pietra-Infelizmente eu não resolvo nem os meus, Tay.-rindo; fazendo-o rir também.
Tay-Propaganda enganosa.-deitando-se ao lado dela, sorrindo.
Pietra-Mas bem intencionada.-virando o rosto para o lado para olhá-lo.
Tay-Eu sei que sim, madame Pietra.-acariciando o rosto dela, que sorri.
Pietra-Quer me contar os seus problemas mesmo assim?
Tay-Singular.-murchando um pouco o sorriso.
Pietra-Ahn?-sem entender.
Tay-Tenho um só problema.-mexendo-se sobre a cama e deitando a cabeça sobre a barriga de Pietra.
Pietra-Mas se for um problema grande, vale por mil.-fazendo cafuné nele.
Tay-Então eu tenho dez mil problemas.
Pietra-É tão grave assim, Tay?-preocupada.
Tay-...-sentando-se novamente, de frente para ela. Taylor tinha uma expressão séria-Você estava certa, Pi.
Pietra-Eu estou sempre certa, Tay; por isso preciso que você seja mais específico no que disse.-brincando. Ele sorri.
Tay-É sério, Pi.
Pietra-Eu sei que é. Quem disse que eu estava brincando?-sorrindo sonsa.
Tay-Você não existe, Pietra!-fazendo cócegas nela.
Pietra-Para, Tay!-rindo; empurrando as mãos dele, conseguindo sentar-se também-Existo sim, seu bobo.-segurando as mãos dele, sorrindo-E graças a você, a minha existência não está sendo tão difícil.-perdendo o tom de brincadeira e olhando-o ternamente-Dividir com você o que eu estava me afligindo me ajudou muito. Embora eu ainda tenha que carregar um fardo bastante pesado, você sempre surge no meu caminho quando eu acho que não posso mais suportar o peso, e me ajuda a carregá-lo. Agora é a minha vez. Se você quiser dividir o seu fardo comigo, vou ficar feliz em poder te ajudar.-Taylor beija cada uma das mãos dela, que sorri.
Tay-Obrigado, Pi. Antes mesmo de você falar isso pra mim, eu já sabia que podia contar com você.
Pietra-Sempre.-olhando-o nos olhos.
Tay-Eu sei.-sorrindo.
Pietra-Agora me fala; a que você se referia quando disse que eu estava certa?
Tay-...-respira fundo-Lembra quando eu contei para você sobre a Mary Anne?
Pietra-Claro que lembro!-sorrindo-Não é a garota com quem você brigava na adolescência, mas por quem você acabou se apaixonando? Lembro até que eu brinquei com isso em relação às suas briguinhas com a Mariana quando você me contou essa história. Às vezes eu não sei se isso é bom...mas eu tenho boa memória, Tay.
Tay-Então você também deve lembrar do dia em que nós estávamos na cozinha aqui do apartamento, e eu queria te convencer a contar para o Ike tudo o que você sente por ele. Você disse que só falaria com ele se eu falasse para a Mariana que gostava dela...-ela o interrompe.
Pietra-E você negou que estivesse apaixonado.
Tay-Mas você perguntou para mim se eu te contaria se por acaso viesse a sentir alguma coisa por ela...-emudecendo. Pietra o olha imediatamente após entender o que Taylor queria dizer com aquilo.
Pietra-...É o que eu estou pensando, Tay?-boquiaberta.
Tay-Madame Pietra pode até não resolver problemas, mas os prevê com exatidão.-sorrindo ironicamente; confirmando para Pietra que seu raciocínio estava certo.
Pietra-...
Tay-Esse silêncio quer dizer alguma coisa?
Pietra-...Eu estou passada, dobrada e guardada na gaveta!
Tay-Um jeito engraçado de dizer que eu estou encrencado.-com um sorriso melancólico.
Pietra-...Eu não sei o que dizer, Tay...Eu brinquei que a Mari poderia virar a segunda Mari Anne da sua vida, mas eu só estava zoando! Quer dizer...Eu cheguei mesmo a achar que você tinha uma quedinha por ela...mas depois pensei que fosse coisa da minha cabeça porque você sempre negava quando eu sugeria isso...-ainda surpresa.
Tay-Porque eu não queria sentir, Pi! Eu não queria sentir o que eu estou sentindo pela Mariana. Ela é namorada do meu irmão!-passando as mãos pelos cabelos, angustiado-É errado! Eu me sinto péssimo por isso!-Pietra apenas ouvia atentamente às palavras do amigo, já que, por experiência própria, ela conseguia entender um pouco do que ele sentia, e sabia que não teria palavras convincentes para consolá-lo, quando sua vontade era de chorar por não conseguir parar de sentir...de amar. O melhor era calar e ouvir-Mesmo querendo que isso nunca tivesse acontecido, tentando fingir que eu só estou um pouco confuso, parte de mim não pode continuar negando o que sente...e nem esconder isso de você, que é mais que uma amiga, que é sempre tão sincera e honesta comigo...-olhando-a docemente. Pietra baixa os olhos. Ela lembra dos beijos que Isaac e ela haviam dado, e que, mesmo querendo muito, não tivera coragem de contar para Taylor.
Pietra-...Tay, eu...-ele interrompe:
Tay-Ela me beijou hoje, Pi.-a surpreendendo com aquela súbita revelação.
Pietra-Ahn?-levantando rapidamente os olhos para olhá-lo.
Tay-Quando eu fui levá-la para o quarto e a ajeitá-la sobre a cama, ela me beijou.
Pietra-...E...E você?
Tay-...Eu a beijei de volta.-pondo as mãos sobre o rosto, balançando a cabeça com ar de reprovação.-Eu sou um cretino, Pi!-levantando da cama e caminhando até a janela do quarto, ficando de costas para Pietra.-Eu beijei a namorada do meu próprio irmão! Eu...Eu sou patético! Um traidor!-a voz dele estava um pouco embargada.
Pietra-...Não fica assim, Tay!-levantando e dirigindo-se até ele; triste por vê-lo sofrendo-Você não é nada disso. Não fala assim.-abraçando-o.
Tay-Eu não podia ter correspondido àquele beijo, Pi! Não podia!-abraçando-a apertado, como se os braços de Pietra pudessem ser o seu refúgio. Por outro lado, Pietra sentia-se mal pelo desabafo do amigo, já que ela tinha segredos que escondia dele. As palavras “sincera” e “honesta” que Taylor havia atribuido a ela, ecoavam em sua cabeça a fazendo sentir ainda pior.
Pietra-Por favor, Tay, não fica assim...-saindo do abraço, sentindo-se indigna de tocá-lo.
Tay-Eu não posso evitar, Pi. Quando eu cheguei, tive que fingir um sorriso que eu não queria esboçar; tentei disfarçar que eu não conseguia olhar para o Ike...Mas eu tive vontade de contar tudo para ele. Só não o fiz porque a Mariana não merece pagar por um erro meu. Ela estava bêbada; não tinha consciência do que fazia...Eu deveria ter impedido aquele beijo.
Pietra-Mas você não tentou?
Tay-Tentei. Assim que percebi o que estava fazendo, que lembrei do Ike, parei de beijá-la.
Pietra-Então, Tay? Você foi muito honesto e digno ao ter interrompido tudo. Outro no seu lugar poderia ter se aproveitado da situação e ainda colocaria a culpa toda nela, que foi quem te beijou primeiro. Eu tenho orgulho de ser amiga de uma pessoa tão correta como você, Tay...
Tay-Como você pode transformar o que eu fiz em algo digno e honesto, Pi?
Pietra-Eu não conheço ninguém tão honesto e admirável quanto você, Tay.
Tay-Eu conheço: você.
Pietra-Não, Tay. Eu não sou assim.-sentindo-se envergonhada.
Tay-Claro que é, Pietra.
Pietra-Não. Não sou.-com os olhos marejados; baixando os olhos para não mais olhá-lo.
Tay-...-levantando carinhosamente o rosto dela para encará-la.-O que houve, Pi?
Pietra-...Ultimamente eu não tenho sido tão honesta com você, Tay...
Tay-Como assim?-enrugando a testa.
Pietra-Eu venho escondendo coisas de você há algum tempo...
Tay-Escondendo coisas? Do que você está falando?
Pietra-Eu juro que queria te contar antes...contar para você e para Larita, com quem eu também venho tendo segredos...-falando rapidamente, demonstrando seu nervosismo.
Tay-Eu estou ficando preocupado, Pi. O que você está escondendo de mim?
Pietra-...Ai meu Deus! Nem sei por onde começar...
Tay-Pode ser pelo começo.-brincando.
Pietra-Bobo!-dando um beliscãozinho na barriga dele, que sorri.
Tay-Fala, Pi.
Pietra-Primeiro de tudo...Eu queria que você soubesse que eu não contei antes não por falta de confiança ou qualquer coisa do tipo, mas porque...porque não era algo que envolvia só a mim e...-voltando a falar rapidamente, como se não quisesse pensar antes de falar para não perder a coragem-...e eu não estava me sentindo à vontade para falar...-ele a interrompe:
Tay-Se você decidiu assim, deve ter tido motivos muito fortes; e eu respeito isso, Pi. Eu sei que você confia em mim...Você já me deu provas disso...huh?-lançando um olhar cúmplice; segurando delicadamente o queixo dela.
Pietra-Então você não está chateado comigo?
Tay-Lógico que não.-a abraçando; fazendo-a encostar o rosto em seu peito e acariciando-lhe os cabelos-Você não precisa se sentir obrigada a contar tudo pra mim, Pietra; você só precisa saber que, independente de qualquer coisa, eu vou estar sempre disposto a te ajudar. Eu vou sempre estar aqui te esperando de braços abertos para ouvir quando você quiser desabafar, assim como você também terá o meu abraço quando o seu desabafo vier em forma de silêncio.-fofo. Pietra o aperta, encolhendo-se no abraço dele.
Pietra-Você é o melhor amigo do mundo, Tay!-deixando uma lágrima correr por seu rosto. Taylor sorri; afastando-se um pouco dela para poder olhá-la.
Tay-Olha que eu vou ficar convencido, Pi.-brinca, tentando descontrair a conversa. Ele enxuga a lágrima do rosto dela com as costas de sua mão.
Pietra-Você já é, Tay.-entrando na brincadeira; deixando escapar o sorriso que Taylor queria ver.
Tay-Eu?-rindo.
Pietra-É. Você mesmo.-sorrindo.

         Os dois ficam se olhando em silêncio, até que Pietra entreabre a boca tencionando quebrar o gelo. Taylor lia no olhar dela que sua preocupação com relação ao que conversaram não havia desaparecido. É então que eles falam ao mesmo tempo:

-Não precisa falar se não quiser, Pi.

-Ele me beijou.-num fôlego só, como se não pudesse suportar continuar guardando aquilo só para si.

Tay-Ele? Ele quem? Quem te beijou?-confuso.
Pietra-...O seu irmão.-baixando os olhos.
Tay-O Zac?-surpreso-Beijou na boca?-incrédulo. Pietra p olha imediatamente.
Pietra-Não! Claro que não, Tay!-rindo baixinho pela maneira com a qual Taylor a olhava-Desculpa. Eu deveria ter sido mais específica na minha resposta, afinal de contas você não tem apenas um irmão...-com um sorriso melancólico.
Tay-...O Ike...?-ela nem espera que ele termine de falar, balançando a cabeça positivamente com ar grave. Taylor abre bem os olhos, demonstrando estar mais surpreso do que quando achava ter sido Zac o autor do beijo do qual ela falava-...-ele ri ironicamente-Agora sou eu que não sei o que dizer...
Pietra-E...se eu te disser que foram três?-timidamente.
Tay-Três o quê? Beijos?
Pietra-Aham.-balançando a cabeça.
Tay-Mas...Hoje?
Pietra-...-respirando fundo; olhando para ele-Não.
Tay-Não?
Pietra-Não. E é por isso que eu estava me sentindo mal enquanto você estava contando sobre o seu beijo com a Mariana, Tay. O seu irmão e eu nos beijamos três vezes...mas não no mesmo dia.
Tay-...-atônito-Ele está apaixonado por você? E a Mariana? Ele não pode fazer isso com ela!
Pietra-Não, Tay. O Isaac não está apaixonado por mim. Ele gosta da Mariana.-triste.
Tay-E beija você?-sarcástico.
Píetra-Mas os dois primeiros beijos aconteceram quando ele ainda estava solteiro...apesar de já estar ficando com ela.
Tay-E o terceiro não?
Pietra-...Não.-baixando os olhos.
Tay-Eu não acredito que o Ike fez isso!-indignado.
Pietra-A culpa foi minha, Tay.
Tay-Ah, claro! Você o agarrou a força?-irônico.
Pietra-Nós estávamos na porta da Paradise...Eu não queria entrar no carro do Isaac, mas ele estava mais chato do que nunca, falando que não sairíamos dali se eu não fosse no carro dele. Então eu vi que os seguranças da boate estavam perto de nós e comecei a gritar. Foi então que ele me beijou. Mas foi só para que eu parasse de gritar. Ele não queria me beijar...-sorrindo sarcástica-...só queria calar a minha boca. Assim que a tonta aqui se derreteu toda com o beijo e parou de gritar, ele se afastou de mim.-chateada.
Tay-A Mariana não sabe disso, não é?
Pietra-Ainda não, mas o seu irmão pretende contar. Ele está muito arrependido por ter feito isso...foi ‘um impulso’, como ele mesmo disse.
Tay-Meu Deus, que loucura! Eu não fazia ideia que isso estivesse acontecendo, Pi.
Pietra-E o pior não é isso, Tay...Eu estou me sentindo a pior das criaturas porque eu correspondi àquele beijo mesmo sabendo que o Isaac tem namorada; porque eu queria que ele desejasse aquele momento tanto quanto eu...Não consigo nem olhar direito para a Mariana depois disso!
Tay-Você não tem culpa pelo que sente, Pi...
Pietra-Mas tenho culpa pelo que faço. Eu poderia ter evitado tudo isso, Tay!
Tay-Você não sabia que ele te beijaria.
Pietra-Só que eu mentiria se dissesse que queria voltar no tempo para mudar tudo. É isso que faz com que eu me sinta mal! Mesmo se pudesse, eu não apagaria aquele beijo da minha vida, e sim, daria tudo para que o seu irmão também sentisse vontade de me beijar. Eu sou uma pessoa horrível!-cobrindo o rosto com as mãos.
Tay-Não. Você não é, Pi.-a abraçando-Não fica assim...
Pietra-O que eu faço para tirar o Isaac da minha cabeça, Tay? Fala pra mim.
Tay-...Se eu soubesse, já teria conseguido tirar a Mariana da minha, Pi.-acariciando os cabelos dela-Ironia do destino ou não, mas eu e você somos amigos até nos problemas.-falando em tom de brincadeira, forçando um sorriso. Embora ele também estivesse angustiado com seus problemas, tentava alegrar Pietra, pois vê-la triste deixava-o pior ainda.
Pietra-Não seria tão ruim assim se os nossos problemas não fossem tão complicados. A Mariana beijou você. Você correspondeu. O Isaac me beijou. Eu correspondi. Eu e você estamos apaixonados, mas qual de nós é correspondido? Nenhum dos dois.-sorrindo sarcástica-Vou precisar de muito twix pra afogar as minhas mágoas enquanto eu não conseguir tirar esse sentimento de dentro de mim.
Tay-Acho que vou ter que roubar seus chocolates para afogar as minhas mágoas também.-sorrindo.
Pietra-Eu gosto tanto de você que não vou te bater por causa disso.-abrindo um discreto sorriso.
Tay-Bom saber.-sorrindo maroto, brincando. Ele a abraça.
Pietra-Ai que abraço gostoso!-repousando a cabeça sobre o ombro dele, fechando os olhos-Você não faz ideia de como eu estou aliviada por ter desabafado com você sobre essa história dos beijos, Tay! Tirei um peso enorme dos meus ombros. Eu não aguentava mais esconder isso de você!
Tay-Eu também estou aliviado com esta nossa conversa, Pi. Depois que tudo aconteceu, eu só pensava em encontrar você para dividir o que eu estava sentindo. Apesar de ter sido beijado pela Mariana, eu me sinto culpado por ter beijado de volta. Eu sei que ela estava bêbada e por isso confusa, então cabia a mim pôr um fim àquilo. Além disso, ela tem namorado, que para piorar a situação, é meu irmão.
Pietra-...É. Esse é o agravante.-consentindo; afastando-se dele para olhá-lo nos olhos-...Parece até roteiro de novela mexicana, não é?-sorrindo sarcástica.
Tay-Será que vai ter final feliz?
Pietra-Eu espero que sim...Embora o meu otimismo rotineiro esteja saindo de férias, e o meu sexto sentido me diga que a pessoa que escreve a novela das nossas vidas não gosta muito da gente.-Tay sorri.
Tay-Gosta sim.-roçando seu nariz no dela, fazendo-a sorrir também-Se não gostasse, não teria posto você no meu caminho e eu no seu.
Pietra-É verdade.-encostando sua testa na dele-Apesar de estar sofrendo por causa de um amor platônico, ter a sua amizade compensa tudo.-ele sorri-Você nem sabe como eu estou feliz por você não ter ficado chateado comigo por não ter contado antes sobre os beijos. Só espero que a Larinha também entenda...-preocupada.
Tay-Você não contou pra ela?
Pietra-Você é o único que sabe sobre o que eu sinto pelo Isaac...e, agora, sobre os beijos. A Lara é amiga da Mariana...Eu não sei como contar, se devo contar...Talvez fique chato pra ela guardar o meu segredo e esconder da Mariana algo tão importante assim; entende?
Tay-Entendo.
Pietra-E o que você vai fazer com relação ao beijo da Mariana?
Tay-Nada. Eu espero que ela não lembre de nada do que aconteceu quando acordar amanhã. Tenho certeza de que ela vai se odiar por ter me beijado...E não só porque tem namorado e eu sou o irmão dele, mas porque aquela garota me detesta. Até o cachorro dela me detesta!
Pietra-Ow!!Ela tem um cachorrinho!? Que fofo! Como é o nome dele?
Tay-Nem lembro e nem quero lembrar daquele monte de pêlos!-rindo-O cachorro é o capeta!-Pietra ri-Ele é tão instável quanto a dona.
Pietra-Eu nem sabia que ela tinha um cachorrinho! Lá no Brasil, eu tive duas cadelinhas quando eu era criança: Melody e Pandora.-sorrindo com ar saudosista-Amooo cachorros!
Tay-Mas voltando ao assunto ‘beijos’...Você não contou sobre todos eles, Pi.
Pietra-Eu contei, Tay. Os dois primeiros foram quando o Isaac ficava com a Mariana e o último foi há pouco tempo atrás, à porta da Paradise.
Tay-Mas, tirando o beijo em frente a Paradise, que foi só para te fazer parar de gritar, os outros dois foram espontâneos? Ele te explicou por que te beijou?
Pietra-...Senta aí porque a história é longa.-indo sentar-se sobre a cama dele novamente. Taylor também o faz, ficando de frente para ela-...O primeiro beijo foi aqui mesmo no apartamento de vocês, no dia da festa...Ainda hoje eu não entendi muito bem como tudo aconteceu. Começou a tocar ‘Hips don’t lie’ da Shakira e eu estava dançando na pista de dança. Daí um carinha se aproximou para dançar comigo, mas o seu irmão apareceu do nada, agarrou o meu braço, e me levou até o quarto dele, onde começou a me dar uma série de sermões.
Tay-Por que você estava dançando com o cara?
Pietra-É. Ele disse que eu estava me esfregando nele e blábláblá.-revirando os olhos-Então eu quis sair do quarto, mas ele ficou no meio da porta. Um garoto abriu a porta por fora e acabou fazendo com que o Isaac desse passos para frente, e nós ficássemos colados um no outro...-com um sorrisinho disfarçado no canto da boca-...Ficou um clima estranho...Meus lábios podiam roçar nos dele quando eu falava...Eu pedi para ele me soltar, mas ele não soltava...Foi então que ele me beijou.
Tay-Assim do nada?
Pietra-Foi. Mas depois me pediu mil desculpas...
Tay-O que te deixou com raiva; acertei?-sorrindo safado.
Pietra-Na mosca!
Tay-Eu lembro que você estava chateada quando eu fui te deixar em casa...Até falou que um cara havia te beijado e que, mesmo não tendo sido a força, aquilo te deixara com raiva.
Pietra-Viu? Você até já sabia desse beijo.-rindo.
Tay-Mas não sabia que o tal cara era o meu irmão.
Pietra-O fato mais relevante.
Tay-...Ele não falou por que te beijou?
Pietra-Eu conheço esse olhar, Tay! Nem vem insinuar que o seu irmão sente alguma coisa por mim porque não é verdade. Eu tenho plena consciência disso. Não acredito mais em Papai Noel nem na Fadinha do dente.
Tay-Eu não disse nada.
Pietra-Nem precisou.
Tay-Não precisou mesmo. O que você me contou agora fala por si só.
Pietra-Ele me considera uma irmãzinha !Hoje mesmo ele falou isso pra mim.-triste.
Tay-E por isso te beijou mais duas vezes; não é?-irônico.
Pietra-Se você soubesse como foi o segundo beijo, não diria isso. Foi totalmente inusitado!
Tay-Então me conta.
Pietra-Então para de tentar ler nas entrelinhas para encontrar coisas que não existem; e me escuta, seu chato.-bagunçando os cabelos dele, sorrindo-Eu estava brincando com a Sabrina, sobrinha de uma amiga que trabalha na cafeteria perto da casa da Larita, e o Isaac aparece. Nós começamos a discutir...pra variar um pouco...e eu nem vi quando a Sabrina se afastou da gente...-ela começa a contar com detalhes toda a história da mentira que Sabrina contara para uma senhora, fingindo ser filha dela e de Isaac, o que culminara em um beijo entre os dois. Taylor ouvia atentamente. Ele acaba rindo bastante das peripécias da pequena Sabrina, das situações engraçadas e constrangedoras que ela criara para Isaac e Pietra.




* * *





       Linda e Lara encontram-se com Zac e Diana em frente ao local onde ele estacionara o carro. Ninguém faz perguntas ou comentários sobre o que acontecera na cafeteria; apenas entram no veículo em silêncio. Lara senta no banco de trás com a amiga, que tinha o rosto vermelho por ter chorado bastante. Lara a abraça, fazendo-na repousar a cabeça em seu ombro. Ela passava a mão ao longo do braço dela, confortando a amiga.
Linda não se contem e volta a chorar. Um choro silencioso, mas intenso. Somente as lágrimas corriam por seu rosto. Mesmo se quisesse falar qualquer coisa, não conseguiria pois ver Victor novamente reavivara todas as más recordações e o sofrimento que ele causara a ela...Tudo o que ela tentava em vão fingir que havia esquecido. E o que era pior: Linda pudera ter a certeza de que, apesar da mágoa, ainda o amava...muito.
         Em respeito à Linda, todos se mantêm em silêncio durante todo o percurso até a casa dela.

Chegando lá...


Linda-Obrigada por me trazer até aqui, Zac.-com a voz rouca-Tchau, senhora Hanson.-abrindo a porta do carro para sair.
Zac-De nada, Linda.-virando o rosto para trás para olhá-la; sorrindo. Ele sente dó ao ver o rosto dela molhado pelas lágrimas.
Diana-Tchau, querida. Foi um prazer conhecê-la.-segurando uma das mãos dela com suas duas mãos em forma de apoio, pois não se atrevia a falar qualquer coisa.
Linda-Tchau, Larinha.-a abraçando forte-Desculpa por ter te feito presenciar aquela discussão...-fala baixinho ao ouvido dela-Obrigada por tudo.-parando de falar para não voltar a chorar.
Lara-Não precisa agradecer, florzinha.-acariciando os cabelos dela-E nem tem pelo que se desculpar.-beijando-lhe o rosto-Se você quiser, eu posso dormir na sua casa hoje. Não acho prudente te deixar sozinha, Lili...
Linda-Não precisa, amiga...Não quero dar trabalho...
Lara-Não daria trabalho algum, Linda. Amanhã é sábado...Eu não tenho aula e muito menos trabalho.
Linda-Obrigada, Larinha, mas eu...eu vou ficar bem...Preciso ficar um pouco sozinha...Você entende?
Lara-Entende sim, florzinha.-com um sorriso compreensivo-Se cuida, tá?
Linda-Pode deixar.-forçando um sorriso. Ela sai do carro e fecha a porta. Dá um último aceno e entra em casa. Só após vê-la entrar, Zac dá a partida no carro.
Diana-Pobrezinha! Ela estava tão triste...-quebrando o silêncio.
Zac-O Victor também saiu da cafeteria arrasado.
Lara-Está na cara que os dois se amam muito. Mas o Victor pisou na bola com a Linda, amor.
Zac-O que ele fez? Porque tudo o que eu sei sobre esse namoro é que o Victor nem sabe o porquê de ter chegado ao fim. Ele sempre me falou dessa ex-namorada mas eu não sabia que era a Linda!
Lara-E eu não sabia que o Victor “dela” era o Victor, seu amigo. Eu vi a Lili com o namorado dela uma vez lá na cafeteria mas eu não lembrava direito do rosto dele. E pelo que a Linda me contou, ela dá a entender que ele sabe muito bem por que ela terminou o namoro. Essa história é muito confusa...A Lili não gosta de falar sobre isso...mexe muito com ela.
Diana-Pela reação dela ao ver o Victor, deu pra perceber mesmo. Ela deve ter sofrido muito...
Lara-Ainda sofre! Faz quatro meses que eles terminaram, mas parece que foi ontem.
Zac-O que ela fala sobre o Victor, Lara? Deve ter uma explicação para toda essa mágoa.
Lara-Ela não consegue falar sobre ele, Zac. A única coisa que ela me contou é que ele tinha vergonha dela.
Zac-Vergonha?
Lara-É. Não queria apresentá-la para os pais porque tinha vergonha.
Zac-De onde ela tirou isso? Ele falou para ela?
Lara-Não. Ele negou que tivesse vergonha dela quando ela abordou o assunto uma vez.
Zac-Então?
Lara-Não sei...Não dá para tirar conclusões a partir disso porque o término do namoro tem um motivo maior mas que ela não comenta.
Diana-É melhor dar tempo ao tempo...Um dia, quando ela tiver superado o que quer que o Victor tenha feito de errado, os dois podem conversar e, quem sabe, voltar a namorar. Ou pelo menos ser amigos. O tempo é quem vai dizer.
Zac-É.-consentindo.
Lara-O tempo cura tudo.-com certa melancolia.
Diana-Então eu espero que tenha curado o resfriado do Isaac também.-brinca; tentando amenizar o clima da conversa.
Zac-Coitado do Tay! Ficou tomando conta do Ike...tsc, tsc, tsc...-sorrindo. Diana ri.
Lara-Por que coitado?-sorrindo; sentando à margem do banco para se aproximar do espaço entre os dois bancos da frente.
Diana-Porque o Ike fica manhoso quando está doente.-sorrindo.
Zac-Manhoso? Ele fica chato, isso sim!-rindo.
Diana-Você fica igualzinho a ele quando está doente, Zac.
Zac-Eu?
Lara-Manhoso ou chato, Zac?-rindo.
Zac-Nenhum dos dois, engraçadinha!-tirando uma das mãos da direção e virando o braço para trás para cutucar a barriga da namorada, sorrindo. Lara ri-Eu quase nunca fico doente. Nem mesmo quando eu era criança.
Diana-Isso é verdade...-Zac a interrompe:
Zac-Viu?-olhando rapidamente para Lara, mostrando a língua para ela. Diana ri.
Diana-Ele nunca ficava doente, só inventava doenças para não ir para a escola.-Lara começa a rir. Zac olha para a mãe.
Zac-Mãe!!-rindo também-Não fala essas coisas para a Lara!
Lara-Por que não? É lógico que eu quero saber das suas armações, senhor Zachary!-sorrindo.
Diana-Um dia eu o peguei pintando o corpo com pontinhos vermelhos para fingir que estava com sarampo.-Lara olha para Zac com a boca entreaberta. Ele segura o riso, desviando o olhar para a direção.
Lara-Zac!!!-rindo.
Zac-Eu tinha 7 anos!
Diana-Mas quando você tinha 13, pôs o termômetro dentro do chocolate quente para dizer que estava com febre.-rindo.
Lara-Eu não acredito!!!
Zac-....er...com 13 anos eu ainda era uma criança.-sonso.
Diana-Aos 15, você...-Zac a interrompe:
Zac-Mãezinha linda, acabo de lembrar que a senhora teve uma crise de amnésia há 2 segundos atrás. Esqueceu tudinho, inclusive quem eu sou,-brinca. Diana ri.
Diana-Ok. Entendi o recado.
Lara-Ah não, Zac! Deixa a sua mãe contar.
Zac-Pra que? Pra você achar que eu era um capeta quando criança?
Lara-Mas você era mesmo!-rindo.
Zac-Vai me dizer que você nunca fingiu que estava doente para não ir para a escola?
Lara-Não.
Zac-...-sem saber o que dizer-...Eu poderia dizer que você está mentindo, mas conhecendo esse seu jeitinho politicamente correto, é bem provável que você esteja mesmo dizendo a verdade. Isso é que dá namorar garota certinha!-sorrindo. Lara sorri vitoriosa. Diana ri.

         Logo eles chegam ao prédio de Lara, pois este não era muito distante da casa de Linda.
Lara os convida para subir, mas Diana explica que estava preocupada com Isaac e por isso não aceitaria o convite. As duas se despedem com um abraço carinhoso. Zac, que já havia saído do carro, abre a porta para que a namorada saísse. Lara sorri, aceitando a mão do namorado para ajudá-la a sair.

Lara-Boa noite, Zac.-ficando em pé de frente para ele.
Zac-Você sabe que não vai ser boa.-falando baixinho.
Lara-Por quê?-com um sorriso maroto.
Zac-Porque eu não vou poder ficar com você.-Lara enrubesce um pouco; baixando os olhos.
Lara-Vou ficar com saudade.-ele sorri.
Zac-Eu vou morrer de saudade.-aproximando seu rosto para beijá-la; mas Lara interrompe o beijo, deixando que ele fosse apenas um selinho molhado.
Lara-A sua mãe, Zac...-sussurra. Ele sorri , umedecendo os lábios.
Zac-Mãe...-chamando. Lara enruga a testa.
Lara-O que você vai fazer, Zac?-pergunta baixinho.
Diana-Oi.-pondo a cabeça para fora do carro.
Zac-A senhora se importa se a Lara me der um beijo?-sorrindo safado-Ela tem vergonha de beijar perto da senhora.-Lara põe as mãos no rosto não acreditando no que ele estava fazendo. Diana sorri.
Diana-Vergonha de mim?
Zac-É.-olhando para a namorada, sorrindo.
Diana-Não precisa ter vergonha de mim, meu anjo.
Lara-...-ficando bastante vermelha. Zac enlaça a cintura dela, sorrindo maroto.-Você me paga, Zac!-dando um tapinha no braço dele, que sorri ainda mais.
Zac-A senhora deixa ela me beijar?
Diana-Claro! Quantas vezes você quiser, Lara.-rindo.
Zac-Viu? Ela deixa.-sonso. Lara o olha feio, disfarçando um sorriso.
Diana-Não se preocupem comigo. Finjam que eu nem estou aqui.-voltando a ficar totalmente dentro do veículo.
Zac-Fecha os olhos, mãe; assim ela não pensa que a senhora pode nos ver pelo retrovisor.-zoando. Lara dá outro tapinha no braço dele.
Diana-Já fechei.-rindo; entrando na brincadeira.
Zac-Pronto. Ela só faltou me embrulhar de presente para te dar. Agora será que eu posso ganhar o meu beijo?
Lara-Não. A sua mãe falou que eu poderia dar quantos beijos eu quisesse, mas agora eu não quero te dar nenhum.-fingindo estar zangada; tentando fazê-lo soltá-la.
Zac-Tem certeza?-encostando Lara na parte traseira do carro e colando sua testa na dela, sorrindo.
Lara-Absoluta.-tentando desviar o olhar dos lábios dele.
Zac-Não senti convicção em você.-roçando carinhosamente seu rosto no dela. Lara envolve o pescoço dele com os braços, pondo as mãos em sua nuca e acariciando aquela parte.
Lara-Você é muito bobo!-sorrindo. Ela fecha os olhos, deixando-se ser beijada por ele.

       Diana não ouve mais as vozes deles e olha para trás, vendo pelo vidro traseiro que os dois se beijavam. Ela sorri, voltando a olhar para frente.

Zac-Eu te amo.-abraçando ao término do beijo.
Lara-Eu também te amo.-sorrindo.
Zac-Vou sentir falta do seu cheirinho hoje à noite.-beijando o pescoço dela. Lara sorri, se arrepiando.
Lara-Por falar nisso, você ainda está com a minha Hello Kitty, Zac. Está cuidando bem dela?-ele sorri.
Zac-Puxo as orelhas dela de vez em quando, fingindo que você está por perto para reclamar e fazer carinha de brava.-brinca.
Lara-Sem graça!-beliscando a barriga dele, rindo.-Eu a quero de volta, hein!
Zac-Só quando eu puder ter você de volta também.-acariciando o rosto dela.
Lara-Quando sua mãe voltar para Tulsa, a gente conversa sobre isso.
Zac-Ahn? Mas ela só vai embora Domingo de madrugada!
Lara-Hoje já é sexta, Zac.
Zac-Você vai acabar me fazendo sentir culpado por desejar que a minha mãe vá embora logo, sabia?Você não tem pena de mim?-fazendo carinha de coitadinho.
Lara-Não.-sorrindo.
Zac-Deu para perceber mesmo.
Lara-Não tem lógica você dormir aqui em casa com a sua mãe na cidade...Você tem que aproveitar o tempo com ela, Zac. Além disso, o que ela vai pensar de mim?
Zac-Que você me ama e nós somos maduros o suficiente para termos uma relação adulta em todos os sentidos.
Lara-...Eu vou ficar com vergonha, Zac...
Zac-Isso quer dizer que você nem chegou a comentar sobre o assunto com a sua mãe, não é?
Lara-Eu ainda não falei com ela ao telefone.
Zac-Mas não contaria nada mesmo se ela telefonasse.
Lara-...-baixando os olhos.
Zac-Você está arrependida?-a encarando.-É por isso que você está evitando...-ela o interrompe:
Lara-Não! Eu não estou arrependida! Como é que eu vou me arrepender de algo que eu refleti bastante antes de fazer?
Zac-Não se arrepende, mas tem vergonha.
Lara-Mas você sabe que eu tenho vergonha de tudo, Zac! Não é porque eu quero...eu sou assim!
Zac-...Eu sei.-afastando-se dela.-Agora deixa eu ir porque a mamãe deve estar louca para chegar em casa para saber como o Ike está.
Lara-Você ficou chateado comigo?-segurando uma das mãos dele, fazendo-o olhar para ela.
Zac-Não. Não fiquei, Lara.
Lara-Ficou sim. Eu sei.-parecendo angustiada-Desculpa por eu ser meio complicada, boba...-ele põe um de seus dedos indicadores sobre os lábios dela, interrompendo o que ela dizia.
Zac-Você não tem que me pedir desculpas por nada, amor. Eu amo você do jeitinho que você é...Mesmo se pudesse, não mudaria nada em você...huh.-dando um beijinho na ponta do nariz dela, sorrindo.-Eu não fiquei chateado com você, mas comigo mesmo. Eu não queria parecer insensível,...Eu só fiquei com medo de você estar arrependida...Morro de medo de que você venha a se arrepender...ou que você ache que eu estou forçando a barra...E eu não quero isso.
Lara-Eu juro pra você que eu nunca estive tão segura de ter tomado a decisão certa, Zac. Eu amei a nossa noite juntos e não vejo a hora de poder fazer tudo de novo...mas...Não sei...Hoje de manhã eu saí na rua e parecia que tinha escrito na minha testa que eu era a mais nova ‘ex-virgem’ da cidade.-ele ri.-Não ri!-sorrindo.-É sério! Parecia que todo mundo estava olhando pra mim...E isso me deixou com muita vergonha! Imagina você vindo dormir comigo e sua mãe sabendo que você não veio apenas porque gosta mais do meu colchão do que do seu...-Zac salta uma gargalhada.
Zac-Gostei disso!
Lara-É sério, Zac!-rindo também-Não vai ser assim sempre...Eu só preciso me acostumar com tudo isso...É novo demais para mim, entende?
Zac-Entendo, amor.-fazendo-a encostar a cabeça no peito dele e beijando-lhe a testa.-Não esquenta sua cabeça com esse seu namorado idiota.-sorrindo. Ela também sorri.
Lara-Amo. Amo. Amo você!
Zac-Amo. Amo. Amo. Amo você bem mais.-a beijando.
Lara-Agora vai. A sua mãe está esperando.-sorrindo.
Zac-Acho que depois dessa, ela vai pensar duas vezes em liberar os nossos beijos!-brincando.
Lara-Verdade.-rindo
Zac-Ah, e pode deixar que eu falo pra ela do colchão.-zoando; sorrindo safado.
Lara-Nem pense nisso!-rindo.

Os dois trocam mais um rápido beijo e Zac a solta.

Lara-Tchau, Diana!-aproximando-se da janela do carona para se despedir definitivamente dela.-Boa noite!
Diana-Tchau, linda. Boa noite para você também.-sorrindo.-Aproveitou aí o meu filho?-brincando.
Lara-...Aham.-olhando sem graça para Zac, que ri.
Zac-Vou falar do colchão.-falando sem emitir nenhum som, apenas movimentando os lábios. Lara segura o riso, balançando a cabeça com ar de reprovação.
Lara-Beijo no Tay e no Ike também. Vou rezar para ele melhorar logo, viu?
Diana-Obrigada, Lara.

           Lara dá as costas para entrar no prédio. Ao ver a namorada atravessar o portão e desaparecer do seu campo de visão, Zac entra no carro e parte em direção a sua casa.



* * *


       Victor saíra da cafeteria bastante atordoado depois da discussão com Linda. Ele não conseguia entender o porquê de toda a raiva que Linda tinha no olhar e em cada palavra que ela proferira para falar com ele. Por mais que tentasse lembrar de algo errado que pudesse ter feito, não lhe vinha à cabeça um motivo sequer que justificasse o fim do namoro deles e a mágoa da ex.
Ele caminhava distraído, sendo guiado apenas pela costume de fazer aquele percurso para casa com frequência, embora de carro, não a pé.
        Ao atravessar um cruzamento sem prestar atenção, Victor é quase atropelado por um carro. Sorte o motorista ter conseguido parar a tempo, não causando danos a Victor, apenas susto em ambos.

-Tá louco, cara? Quer morrer?!!-pondo a cabeça para fora do carro, gritando.

Victor-...Desculpa...-ainda assustado por causa do quase-acidente.

-Vê se olha por onde anda!!-nervoso.

Victor-...Foi mal!...Desculpa.-saindo do meio da rua para desobstruir o trânsito, concluindo a travessia.

      Victor tremia com o susto. Ele para em frente a um poste e encosta-se a ele, tentando respirar pausadamente para se acalmar.

Victor-...Talvez fosse melhor mesmo morrer!-murmurando, secando a lágrima que rolava pelo rosto. É então que ele passa as mãos pelos cabelos e tenta organizar os pensamentos-...Eu vou descobrir o que aconteceu, ou eu não me chamo Victor!-decidido.

Mal ele sabia que a chave para desvendar todo esse mistério era a sua própria irmã...



* * *



           Ao entrar em casa, Linda volta a chorar, deitando-se no sofá como se não tivesse mais forças para continuar em pé e ir até seu quarto. Ela se encolhe abraçando uma almofada.

Linda-Droga! Droga! Por que você fez isso comigo, Victor? Por que você teve que estragar tudo?


“- O Victor disse que vai me apresentar aos pais de vocês esse final de semana, Emily!-sorrimdo-Ai! Eu estou tão nervosa...Ele disse que sua mãe vai fazer um jantar pra mim.

Emily-Ele disse isso para você, Linda?-enrugando a testa-...Que estranho!-murmurando; mas o fazendo alto o bastante para que Linda pudesse ouvir.

- Estranho? Por que estranho, Emily?

Emily-...Estranho? Quem falou em ‘estranho’ aqui?-sonsa.

-Você. Você falou que era estranho o Vi ter me dito que me apresentaria aos pais de vocês. Por quê?

Emily-Ai meu Deus! Eu e minha boca grande!-passando as mãos pelo rosto.-Esquece o que eu disse, Lindinha! Deixa pra lá!

-Ah não, Emy!Agora você vai te que falar! Você é minha amiga ou não? O que você está escondendo de mim?

Emily-Claro que eu sou sua amiga, Linda !Não acredito que você está duvidando disso!-fingindo indignação.

-Não. Eu não duvido disso, Emily. Nunca! Você é como uma irmã para mim...Sou muito sortuda porque ganhei um namorado e uma amiga-irmã também!-segurando as mãos dela sorrindo.-E é por isso que eu confio em você e sei que você não vai esconder de mim uma coisa importante...não é?

Emily-...Ai, Linda...Eu estou numa situação muito difícil. O Victor é meu irmão, mas você é minha amiga e eu tenho que te alertar...

-Alertar sobre o quê?



Emily-O Vi não vai te apresentar para os nossos pais esse final de semana.

-Mas ele disse...Seus pais não vão poder, é isso?

Emily-Não. Não é isso, amiga.

-Não entendi.-confusa.

Emily-Você não irá conhecê-los nunca...E sabe por quê? Porque o meu irmão tem vergonha de você!

-O quê?!-sem acreditar no que ouvia.-Vergonha? De mim?

Emily-É. Ele falou que você é apenas uma garçonetezinha e que não iria ter coragem de te levar para conhecer nossos pais.



- Eu...Eu não posso acreditar nisso, Emily!...-chocada-Ele falou para mim que o jantar estava marcado...Que a sua mãe fazia questão de me conhecer...

Emily-Tudo mentira, Linda! Ele inventou essa história porque disse que você não parava de perguntar quando conheceria nossos pais, já que ele conhecera a sua família. Mas quando chegar o dia do tal encontro, ele vai falar que o papai e a mamãe tiveram que viajar ou qualquer coisa do tipo, como ele sempre fez.

Linda estava com os olhos marejados-...Ele não pode ter vergonha de mim, Emy! Como ele pode fazer isso comigo?...Eu não...Eu não sabia disso.

Emily-Ow, queridinha! Não fica assim!-abraçando-a; sorrindo nas costas dela.-Eu não deveria ter contado isso para você!

-Tem certeza, Emily?

Emily-Claro! Você acha que eu ia falar isso para você sem ter ouvido da própria boca do meu irmão? Eu também não acreditei...Nunca pensei que o Victor fosse tão preconceituoso! Nós não fomos criados assim! É um absurdo!-falsa-Mas, por favor, não fala para ele que eu te disse isso! Pelo amor de Deus! Pela nossa amizade!

-Não vou falar, Emy.Não se preocupa...-com o coração nas mãos.

Emily-Espera chegar sábado e vê se o Vi inventa alguma desculpa para adiar o jantar. Só então você vai poder saber se ele tem ou não vergonha de você como ele me disse. Pode ser que ele estivesse só brincando...Você sabe como o Victor gosta de fazer piadinhas!-fingindo tentar confortá-la.”


         Linda lembrava exatamente do primeiro alerta que Emily tentara lhe dar a respeito de Victor. As duas haviam ficado bastante amigas, embora Emily quisesse que a amizade delas fosse discreta na visão do irmão, pois ela justificava que assim ela poderia vigiar Victor para Linda sem que ele suspeitasse que ela contaria tudo para a amiga.
Emily ia com frequência à cafeteria, mas sempre em um horário em que tivesse certeza que o irmão não apareceria. E quando o movimento no local impedia que as duas conversassem direito, Emily visitava Linda em casa.
Ingênua, Linda gostara de Emily logo no primeiro encontro que tivera com ela. Emily conta para ela que insistia para Victor apresentá-las e que, de tanto perturbá-lo, ele a levara até a cafeteria para promover o encontro.



“- Tudo pronto para esse final de semana, Victor, ou você vai adiar outra vez o meu encontro com seus pais? Eu estou começando a achar que você não quer que eu os conheça...ou será o contrário?-bem sarcástica.

Victor-Claro que não, minha princesa Linda!-a abraçando.-Que motivo eu teria para não querer que vocês se conhecessem?-sorrindo-Eu estou louco para que os meus pais conheçam a mulher da minha vida!-beijando-a. Ela interrompe o beijo, fugindo dos braços dele.

-Tem certeza de que vai dar certo mesmo no sábado?-insistente.

Victor-Mais do que certo. Confirmado, amor. Mas...o que foi, Linda? Você parece preocupada. Está estranha comigo...Aconteceu alguma coisa?-inocente.

-...Você tem vergonha de mim, Victor?-p encarando seriamente.

Victor-Vergonha de você? Que absurdo! Lógico que não! De onde você tirou isso, Linda?-surpreso-Eu te amo! Eu só tenho motivos para me orgulhar de ter uma mulher tão maravilhosa como você ao meu lado.

-Jura, Vi? Jura que não sente vergonha de mim e que quer mesmo que os seus pais me conheçam?-com a voz embargada; angustiada.

Victor-Eu juro pra você. -a abraçando-Como você pode pensar isso?

-Você sempre teve que cancelar os encontros que a gente programava para eu ir até a sua casa...-ele a interrompe:

Victor-Mas eu nunca tive culpa pelos cancelamentos. A Emily é que sempre inventa outra coisa para ocupar os nossos pais...e, claro, a princesinha da casa tem sempre prioridade. O que eu posso fazer se sou o marmanjo da família, amor?-brincando-Não quero mais saber da senhorita enchendo a cabecinha de minhocas, hein?-acariciando os cabelos dela-Eu tenho orgulho de ser seu namorado, Linda. Muito orgulho.” – para cada lembrança da conversa que tivera com Victor ali mesmo na sala de sua casa, uma lágrima deslizava por seu rosto.


Linda-Mentiroso! Como eu pude me iludir tanto com você? Por que eu não dei ouvidos a Emily? Ela, sim, sempre foi honesta comigo!-remoendo seus arrependimentos.



As memórias vinham como um filme na cabeça de Linda. E por mais que quisesse evitar, a pior delas sempre lhe dominavam o pensamento...




“ –Ontem nós conversamos e ele me garantiu que o jantar não será adiado, Emily! Eu também perguntei se ele tinha vergonha de mim e ele jurou que não, amiga.



Emily-É lógico que ele ia negar, Linda! Você esperava o quê? Que ele dissesse na sua cara que a história do jantar era uma farsa e que sente mesmo vergonha por você ser garçonete e não uma riquinha como nossos pais gostariam?

- ...Ele jurou pra mim, Emily.

Emily-Eu também não quero acreditar que meu irmão seja tão dissimulado, Linda! Por isso mesmo eu vim até aqui. Vamos até lá em casa comigo. Nós faremos uma surpresa para o Victor. Nada de esperar até Sábado para ver se ele vai ou não inventar alguma desculpa para você; você vai aparecer lá de surpresa e ver qual será a reação dele.

-Mas e se ele ficar chateado?-receosa.

Emily-Sem ‘mas’, Linda. Se não tem problema algum em você conhecer os nossos pais, por que ele ficaria chateado com a surpresa?

-... É,  faz sentido.

Emily-Muito sentido!-sorrindo.

-Só que eu estou no meu horário de trabalho...

Emily-Você pede para uma das suas amiguinhas te dar uma forcinha, Linda. Você não precisa demorar lá...Na verdade, a visita vai ser bem rápida, pode ter certeza.-disfarçando um sorriso maquiavélico.

- ...-pensativa-Tudo bem. Eu vou falar com a Dayse, e nós vamos.-sorrindo-Eu preciso fazer isso para acabar de uma vez por todas com essa desconfiança. Eu amo tanto o seu irmão, Emy...Não consigo suportar a ideia de estar sendo injusta com ele...

Emily-Mais um motivo para nós irmos logo! Temos que aproveitar enquanto a Ash...er...os meus pais devem estar lá em casa. Eles iam para uma festa agora à noite...Nós precisamos chegar a tempo de vê-los.

- Ai! Estou ficando nervosa!-tirando o avental.

Emily-Relaxa, boba! Você vai ver como eles vão te adorar...E eu vou ficar super feliz por ser a responsável pelo encontro de hoje.-deliciando-se com a perspectiva de êxito de seu plano...que não era muito bem o que Linda pensava que fosse.”


“-Emily, eu estou gelada!-sorrindo; ambas já em frente a porta do apartamento da família Sanderson.

Emily-Calma, amiga! Vai dar tudo certo.-procurando a chave em sua bolsa-Droga! Esqueci a chave em cima da minha cama...Deve ter sido por ter saído com pressa de casa quando tive a ideia de te pegar na cafeteria.-Emily, então, toca a campainha do apartamento.

Qual não é a surpresa de Linda ao ver uma garota atender a porta apenas enrolada em uma toalha.



Emily-Ashley?!-com falsa surpresa.
Ashley-Oi, priminha! O que você está fazendo aqui?-sorrindo.
Emily-Como assim ‘o que eu estou fazendo aqui’? Esta é a minha casa, esqueceu? Eu que te pergunto o que você está fazendo aqui...e vestida assim? Ou melhor, não vestida...
Ashley-Desculpa, prima. Eu não sabia que você traria uma amiga para cá...O Vi falou que o apartamento estaria livre para nós dois hoje...-sorrindo maliciosa. Linda, até então calada, se manifesta:

- Como é que é?-incrédula.

Emily-Explica direito o que está acontecendo, Ashley! Onde estão os meus pais? Cadê o Victor?
Ashley-Os tios saíram...Acho que foram para uma festa...Não prestei muita atenção no que o Victor disse quando passou lá em casa para me buscar...Nós não perdemos muito tempo conversando. Há coisas melhores para se fazer...-piscando o olho; sorrindo. 



Linda estava de boca aberta com aquilo...parecia em estado de choque. É então que as três podem ouvir gritos de algum lugar dentro da casa:

-Ashley! Ashley! Cadê você?-Linda reconhece a voz de Victor, o que a faz empalidecer.

Ashley-O Vi está me chamando, garotas...Nós íamos tomar banho juntos quando a campainha tocou. Aí, Emily! Esse seu irmão é insaciável!-sorrindo-Eu vou voltar lá para o quarto dele antes que ele morra de saudade. Vocês não vão entrar?
Emily-Linda...-olhando para esta, como se quisesse contornar a situação.
Linda-Eu não preciso entrar, Emily. Já conheci quem deveria...Agora é hora de me colocar no meu lugar...-sorrindo sarcástica-...que nunca seria na sua casa e na sua família. Eu posso ser, sim, uma garçonete, de família humilde, mas...-sem conseguir continuar falando, pois a voz falhava e as lágrimas começavam a despontar nos olhos dela.

Linda dá as costas e sai correndo, entrando no elevador que já tinha a porta aberta naquele andar.

Emily-Linda, espera!-piscando o olho para Ashley e indo atrás da “amiga”.-Linda!-conseguindo entrar no elevador antes que este se fechasse.”



             Linda não suportava mais conviver com todas aquelas recordações mas não podia lutar contra...elas estavam tão vivas em sua cabeça quanto em seu coração.
Por mais que procurasse desviar seu pensamento para outra coisa, o esforço era em vão. O único jeito era aproveitar aquele momento sozinha para chorar todas as mágoas na tentativa de aliviar a dor que sentia. Depois de muito chorar, ela acaba adormecendo ali mesmo na sala, encolhida no sofá.




* * *



Tay-Essa Sabina é muito esperta, Pi!-rindo-Quer dizer que ela criou toda essa história de casamento pra você e para o Ike?
Pietra-Aham.-rindo também-E para salvar a pele dela, tivemos que entrar na mentira e confirmar tudo...e nos beijar.
Tay-Que história, hein!
Pietra-Nem me fale!-com ar tristonho.-Na hora eu fingi que estava chateada por causa da mentira e do beijo mas na realidade eu queria agradecer a Sá por tudo aquilo.
Tay-Imagino!-olhando-a com ternura.
Pietra-Por que nós temos que gostar de quem não gosta da gente, hein? Que saco isso, viu! Se pelo menos o Isaac não me tratasse como uma idiota, eu me sentiria um pouco menos assim. Se bem que hoje eu mereci o título e o troféu...Dá raiva só de lembrar!-cobrindo o rosto com o travesseiro de Taylor.
Tay-O que foi?
Pietra-Lembra a camisinha que você me deu quando estávamos deitados aqui no seu quarto um dia?
Tay-Lembro sim!-sorrindo safado-Já usou?
Pietra-Estou esperando por você!-provocando; rindo.
Tay-Por que você não disse antes?-fingindo que a agarraria. Eles riem.-Mas o que tem a camisinha?
Pietra-O Isaac viu nas minhas coisas hoje e me encheu de perguntas. Queria saber se eu havia perdido a virgindade com você...Ficou com ironias quando eu expliquei que entre nós dois havia rolado apenas beijo...E a tonta aqui perguntou se ele estava com ciúmes.
Tay-Você perguntou?
Pietra-Perguntei.-voltando a cobrir o rosto com o travesseiro.
Tay-E o que ele disse?
Pietra-O óbvio: não!-pondo o travesseiro novamente no lugar-Ai! Nem quero mais falar sobre isso, Tay.Que mico eu paguei fazendo essa pergunta pra ele! Tudo o que eu menos quero na vida é que o Isaac descubra que eu estou apaixonada por ele. À propósito, foi por isso que eu vim aqui hoje. Eu precisava falar pra você que, mesmo se o Isaac disser que eu contei algo pra ele ou que descobriu um segredo meu...sei lá! Qualquer coisa do gênero...Você desconversa. Promete pra mim de novo que você não vai dizer uma palavra pra ele sobre o fato de eu estar apaixonada?-com olhar de suplica.
Tay-Eu nunca contaria nada para ele, Pi. Embora vontade não me falte. Eu sei que isso é algo seu e você decide se ele deve ou não saber. Pode ficar tranquila porque o seu segredo está a salvo comigo.
Pietra-Obrigada, Tay.-o abraçando.

Eles ouvem barulhos vindos do corredor. Os dois fazem silêncio. Além de passos, eles ouviam vozes se aproximando: Diana e Zac haviam chegado.

Tay-Sua sogrinha chegou, Pi.-sorrindo safado.
Pietra-Quero saber da parte de quem ela é minha sogrinha.-rindo.

Taylor e Pietra levantam da cama e abrem a porta do quarto, saindo para o corredor.

Tay-A turista mais linda de NYC chegou.-sorrindo; abraçando a mãe. Diana sorri.
Diana-Sentiu minha falta?-beijando-lhe o rosto.
Tay-Muita.
Zac-Oi, Pi!-cumprimentando-a também com um abraço.
Pietra-Oi, Zackito!-sorrindo. Só então Diana percebe a presença dela ali.
Diana-Ah! Mentiroso! Não sentiu a minha falta coisa nenhuma!-sorrindo-Com essa garota linda aqui, você ia ficar pensando na sua mãe?-eles riem-Estavam namorando, hein?-brincando.
Tay-Eu já disse para a senhora que ela não me quer. Ela disse que eu sou feito.-fazendo cara de coitadinho.
Pietra-Eu nunca disse feio...é só feinho, vai.-rindo.Todos riem também-Tudo bem, Diana?-a cumprimentando com um beijo no rosto.
Diana-Tudo sim, linda.-sorrindo simpática-Como está a Meg?
Pietra-A tia Meg está ótima. Ah! Ela pediu para eu avisar que vem fazer uma visita aqui amanhã.
Diana-Que ótimo! Temos bastante coisa para conversar!-feliz-Adoro a companhia da Meg!
Zac-Bem, eu vou para o meu quarto dormir...preciso de um bom banho e da minha cama. Eu estou exausto! Boa noite pra vocês.
Diana-Boa noite, filho.-o abraçando.
Pietra-Durma bem, Zac.-sorrindo; sendo abraçada por ele logo em seguida.
Tay-Sonhe com a Lara.-todos riem.
Zac-Pode deixar.-sorrindo maroto.
Tay-Mas olha o tipo de sonho, hein! Olha lá!-rindo.
Zac-Boa noite, Tay.-sorrindo. Ele bate fraternalmente no ombro do irmão e vai para seu quarto.
Diana-Como está o Ike, Tay?-preocupada.
Tay-Ele foi dormir, mãe. A febre já não estava tão forte...eu acho.-murmura a frase final.
Diana-Vou dar uma olhadinha nele.-caminhando em direção ao quarto de Isaac. Taylor e Pietra seguem-na com o olhar.
Tay-Quer também ver se ele está bem, não é?-passando a olhar para Pietra.
Pietra-...-sorrindo sem jeito.
Tay-Vem.-a conduzindo pela mão até o quarto de Isaac, logo atrás de Diana.

       O quarto estava totalmente escuro. Diana pensa em acender a luz mas desiste, temendo correr o risco de acordar Isaac, que dormia tranquilamente.
Caminhando silenciosamente pelo local, Diana vai se aproximando da cama do filho. Sem perceber, pisa em um pequeno papel no chão e acaba o empurrando para debaixo da cama.
        Taylor e Pietra surgem à porta. 
Diana acende o abajur, melhorando a visibilidade no ambiente. Diana olha para o filho. 
O casalzinho à porta aproxima-se dela.

Diana-Aparentemente, está sem febre.-sussurra; após medir a temperatura dele com as mãos.
Pietra-Graças a Deus!-respirando aliviada. Taylor olha para ela, sorrindo.
Diana-Obrigada por ter cuidado dele por mim, Tay.-beijando a testa do filho.
Tay-...Agradeça a Pietra, mãe. Ela cuidou mais dele do que eu.
Pietra-...Que é isso! Eu não fiz nada...-sem graça.
Diana-Obrigada, meu anjo.-a abraçando; grata.
Pietra-...er...de nada.-com um sorriso amarelo.
Diana-Agora já estou mais tranquila sabendo que ele está bem...
Tay-Por isso a senhora vai para o quarto para descansar. Já está tarde, mãe; a senhora não parou um minuto sequer hoje.-carinhoso.
Diana-...É verdade. Estou cansada...e com sono.-com os olhos pesados.
Tay-Eu vou deixar a Pi em casa e depois volto para cá, ok?
Diana-Ok.-sorrindo-Tchau, Pietra.-despedindo-se.
Pietra-Tchau, Diana. Durma bem.
Diana-Obrigada. Você também.-passando a olhar para Taylor-Tchau, meu filho.
Tay-Tchau, mãe. Bom descanso.-beijando-lhe a testa.

Diana dá mais uma olhada em Isaac e deixa o quarto.

Pietra-Que bom que ele melhorou...-olhando ternamente para Isaac.
Tay-É sim.-com um discreto movimento de cabeça-Eu vou lá no quarto trocar de camiseta. Você quer ficar mais um pouco aqui?-eles falavam baixinho.
Pietra-...Não sei...
Tay-Fica.-sorrindo fofo-Eu sei que você quer.
Pietra-Não vou ver a sua barriguinha sarada?-fazendo biquinho. Ele sorri.
Tay-Eu mostro pra você depois.-bagunçando os cabelos dela, que sorri-Volto logo.
Pietra-Ok.

        Taylor sai do quarto, deixando Pietra a sós com Isaac, que continuava dormindo. Pietra chega um pouco mais perto da cama para melhor admirá-lo dormindo. Ela deixa escapar um sorrisinho.

Pietra-Como você consegue ser tão cego, Isaac?-fala baixinho-Como você não percebe que eu...-respirando fundo. Ela balança a cabeça com ar de reprovação-...Você tem razão quando diz que eu sou uma garotinha infantil...Essa é a verdade. Eu passo o tempo todo querendo chamar a sua atenção, esperando que você me veja de modo diferente mas...isso nunca vai acontecer; não é?-sentando-se cuidadosamente à cabeceira da cama.

Pietra ajeita carinhosamente o edredon dele, cobrindo-o um pouco melhor. Ela tenciona acariciar o rosto dela, mas hesita, não se atrevendo a tocá-lo.
        Enquanto velava o sono dele, Pietra começa a cantar baixinho a música “You Don’t See Me” do grupo The Pussycat Dolls como se aquela fosse uma canção de ninar...Não só para acalentar Isaac, mas também o amor que sentia por ele. Tudo o que ela mais queria naquele momento era que o seu amor também adormecesse...num sono sem fim.


This is the place where I sit
This is the part where I love you too much
This is as hard as it gets
Cause I'm getting tired of pretending I'm tough


I'm here if you want me
I'm yours, you can hold me
I'm empty and achin'
And tumblin' and breakin'


Cause you don't see me
And you don't need me
And you don't love me the way I wish you would
The way I know you could


I dream a world where you understand
That I dream a million sleepless nights
Well I dream a fire when you're touching my hand
But it twists into smoke when I turn on the lights



I'm speechless and faded
It's too complicated
Is this how the book ends,nothing but good friends?



Cause you don't see me
And you don't need me
And you don't love me the way I wish you would
The way I know you could


The way I wish you would


This is the place in my heart
This is the place where I'm falling apart
Isn't this just where we met
And is this the last chance that I'll ever get


I wish I was lonely instead of just only crystal and see-through
And not enough to you


Cause you don't see me
And you don't need me
And you don't love me the way I wish you would
The way I know you could


Cause you don't see me
And you don't need me
And you don't love me the way I wish you would
The way I know you could





          Pouco tempo depois, Taylor reaparece à porta do quarto. Pietra levanta lentamente da cama e enxuga discretamente uma lágrima que rolava por seu rosto.
Taylor adentra o local. Pietra abre um sorriso amarelo, voltando a olhar para Isaac. Ela beija um de seus dedos indicadores, e depois o encosta ternamente sobre os lábios de Isaac. Taylor sorri, um tanto comovido.

Tay-Vem, Pi.-segurando uma das mãos dela. Ela sorri com ternura, balançando a cabeça positivamente.

Pietra desliga o abajur e os dois saem do local.

Assim que a porta é fechada, Isaac abre os olhos. Estava bastante surpreso e confuso com tudo o que ouvira.



#################