segunda-feira, outubro 08, 2007

Capítulo 52

Oi, florzinhas!!!!!
Demorei de novo, não é? Culpa da faculdade novamente. Agora com os boatos de greve, os professores enlouqueceram querendo adiantar todas as provas e trabalhos!Uma loucura!Graças a Deus que vou ficar de férias finalmente!!!!
Bem, não vou enrolar vocês. Vamos ao que interessa: o capítulo.
Ahh neste cap. não tem música, então resolvi pôr uma música que já entrou na fic e que tem um pouco a ver com esse capítulo. ;)

Espero que gostem!
Ahhh quero ver os comentários, hein???!!

Beijãooooo!
Obrigada por toda a força; os e-mails; scraps; a participação na comu da fic...Por TUDO! Vocês são demais!

Ahhh quem quiser que eu avise das atualizações da fic por e-mail, é só deixar um recadinho aqui com o endereço do e-mail, viu?

Quem quiser me add no msn: larah00@hotmail.com Vou adorar conversar!

Ahhh e só para lembrar: quem tiver orkut e quiser entrar na comu de FIL é só entrar aqui:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm


Pleaseeee, comentem!!Amooo os comments de vocês!
=*********
Boa leitura!
Lara



Cap. 52



-O quê você está fazendo aqui, Taylor?-Mariana repete; o encarando à espera de uma resposta.

Tay-Oi, Mariana! Tudo bem, sim. Obrigado por perguntar. E você?-sorrindo cínico.
Mari-Muito engraçado!-balançando a cabeça com ar de reprovação. Taylor percebe que ela ainda estava com raiva dele-Nós não precisamos disso, Taylor. Podemos dispensar todo e qualquer tipo de formalidade; você não acha?
Tay-Eu não chamaria de formalidade, mas...Concordo com você. Somos amigos. Nada de “formalidade”.-arriscando tocar no assunto ‘amizade’-Eu até prefiro abraços...-abrindo os braços, sorrindo maroto. Mari aperta os olhos com incredulidade.
Mari-Você só pode estar brincando! Claro! -sorrindo ironicamente-Amigos? Nós dois? Esqueceu que eu não quero mais ser sua amiga, Taylor? Achei que eu tivesse dito isso com todas as letras!
Tay-E disse.
Mari-Então?
Tay-Mas apesar de eu não ter dito com todas as letras que não aceitaria o fim da nossa amizade-relâmpago, é isso o que eu quero que você saiba: eu não pretendo desistir de você.-deixando Mariana mexida com aquela inesperada declaração.
Mari-...Eu nem deveria estar falando com você; sabia?-tentando cortar o assunto.
Tay-Bom sinal: você está.-sorrindo.
Mari-Ótima observação. Agora coloca no passado.-dando as costas para ele, tencionando deixá-lo ali sozinho. Mas ela logo se volta para ele novamente-O quê mesmo você está fazendo aqui, hein?-não segurando a curiosidade. Ele sorri ao vê-la voltar.
Tay-Achei que você não falasse comigo.-alfinetando.
Mari-E não falo. Mas abri uma exceção porque a minha curiosidade insiste.-sorrindo sarcástica.
Tay-Você não imagina por que eu estou aqui?-abaixando para pegar os papeizinhos que ambos haviam deixado cair no chão.
Mari-Você está me seguindo, Taylor? Olha, se você veio me procurar achando que pode consertar tudo abrindo esse sorrisinho irritante e fingindo que nada aconteceu, fique o senhor sabendo que eu não resolvo as coisas dessa maneira. Aliás, eu nem sei se esse caso tem algum tipo de conserto já que, embora eu tenha tentado analisar a questão pelo seu ponto de vista, tem alguma coisa em mim que não quer que eu continue tentando analisar isso de forma favorável a você...uma parte de mim quer que eu fique longe de você.-falando rapidamente-Então, se você está me seguindo, eu acho melhor você desistir. Eu não posso conversar com você agora...Não que eu queira conversar em outro momento...-apressando-se em acrescentar-...mas mesmo que eu quisesse, eu não poderia porque tenho aula agora...-parando de falar ao vê-lo balançar a cabeça.
Tay-Tsc, tsc, tsc.-sorrindo-Depois eu sou o convencido da história.-provocando.
Mari-Não entendi a piadinha, Taylor.-o encarando.
Tay-Eu não estou te seguindo, Mariana.
Mari-Ah não?-irônica-Então por que você não me diz o que está fazendo aqui?
Tay-Eu tenho aula aqui.-naturalmente.
Mari-...Ahn?-enrugando a testa-Aula? Para de brincadeira, Taylor!-incrédula.
Tay-Eu não estou brincando, Mariana.
Mari-E desde quando você estuda aqui?-percebendo que ele tinha uma expressão séria.
Tay-Desde hoje. As minhas aulas aqui começam hoje.
Mari-...Mas as novas turmas de todos os cursos desta escola de arte já tiveram início há duas semanas. O único curso que tem início hoje é...-emudecendo ao entender o que estava acontecendo. E o sorriso maroto de Taylor confirma sua suspeita-Ah não! Não. Não. Por favor, não me diz que você se matriculou no curso de...-ele a interrompe:
Tay-...fotografia?-sorrindo.
Mari-Diz que eu entendi errado, Taylor. Você não pode estar no curso de fotografia!
Tay-Por que não?
Mari-Porque eu estou nele.
Tay-Nós não podemos mais permanecer no mesmo local por algumas horas?
Mari-É desagradável ao extremo por 5 minutos, imagina durante quase uma hora e meia!
Tay-Acho melhor você começar a se acostumar com isso, Mariana, porque pelo visto nós vamos ser colegas de classe.-sorrindo. Ela entreabre a boca, levando alguns segundos para expressar seu descontentamento.
Mari-Por quê? Por que, Taylor? Por que fotografia? Por que com tantos outros cursos aqui você tinha que escolher justo o que eu vou fazer?!!-inconformada.
Tay-Eu não tenho culpa se nós dois temos os mesmos interesses.-sorrindo cínico.
Mari-Eu não sabia que você se interessava por fotografia.-num tom sarcástico.
Tay-Nem eu. Descobri há pouco tempo.-sorrindo.
Mari-E quando exatamente você fez essa feliz descoberta?-irônica.
Tay-...-sorrindo misterioso-Você lembra quando um dia eu estava saindo da faculdade e encontrei você na rua...-ela o interrompe:
Mari-Infelizmente isso não tem sido raro, Taylor. Nova Iorque parece uma caixinha de fósforos se levarmos em consideração os nossos “agradáveis” encontros.-sorrindo sarcástica. Ele ri.
Tay-Mas eu me referia ao dia em que eu te segui até um supermercado porque você havia deixado cair das suas coisas um papel, que por acaso era bem parecido com este que você deixou cair agora.-o mostrando para ela-Lembra?-sorrindo.
Mari-...-ela olha para o seu comprovante de matrícula, procurando lembrar do episódio que Taylor mencionara.



Mariana entra em um supermercado próximo a rua em que encontrara com Taylor. Ela pega um carrinho e percorre as seções que continham o que ela precisava comprar.
Quando ela pega uma caixa de cereais, acaba desestabilizando algumas caixas ao lado da que ela pegara e uma delas cai da prateleira. Mas antes que ela pudesse se mover para tentar impedir a queda, Taylor, que a seguira até o supermercado e andava bem atrás dela sem silêncio aproveitando que ela não o havia visto; segura a caixa de cereal antes que esta chegasse ao chão.

Mari-Obriga...-fazendo contato visual com a pessoa que lhe fizera a gentileza-...Você outra vez, Taylor?
Tay-Que coincidência, Mariana!-sorrindo cínico. Ele põe a caixa de cereal de volta ao lugar dela.
Mari-O que foi dessa vez?
Tay-Você deixou cair isto aqui.-entregando o papel que ele achara.
Mari-Eu?-pegando o tal papel-Ah! É a minha ficha de inscrição para o curso de fotografia. Tenho que entregar amanhã.-olhando para Taylor-...Obrigada.
Tay-De nada.-sorrindo-Você gosta de fotografia?-puxando assunto.
Mari-Além de gostar muito, é importante para quem faz jornalismo. Eu estou muito empolgada!As aulas começam semana que vem.
Tay-Que bom!-sorrindo.
Mari-...É...Que bom.-sorrindo de volta para ele.

    Mariana guarda o papel dentro de um de seus livros que ela pusera dentro do carrinho e volta a empurrá-lo pelo corredor da seção. Taylor vai andando ao lado dela.(...)”Mariana lembra.



Tay-Eu perguntei se você gostava de fotografia e você contou empolgada que havia se inscrito no curso e que este começaria hoje.-tentando ajudá-la a lembrar.
Mari-...-olhando para ele-...É. Eu lembro desse dia. Principalmente porque você fez alguma piadinha sem graça depois; me deixou irritada, pra variar, e me “presenteou” com um “buquê” de alface.-reavivando aquele momento em sua cabeça. Ela tinha um aspecto vidrado nos olhos, como se pudesse ver toda a cena novamente; sorrindo. Taylor sorri ao perceber que ela sorria ao ter tais lembranças.



“...Ela começa a escolher as maçãs. Taylor pega o saco que ela segurava com uma das mãos, para que ela pudesse escolher melhor usando as duas. Ela sorri como agradecimento.

Tay-Foi exatamente aqui que eu pude perceber boa dose da sua irritabilidade.-sorrindo maroto.
Mari-Ahn?-sem lembrar do que ele falava.
Tay-Foi aqui, quando eu escolhia maçãs, que nos encontramos pela segunda vez. Eu deixei meu celular cair e você quase me engoliu porque ele caiu na sua cabeça.-rindo.
Mari-Eu também achei o episódio muito engraçado, Taylor.-irônica; pegando o saco das mãos dele e amarrando; pondo no carrinho e saindo.
Tay-Espera, Mariana.-vendo que ela se chateara. Ele segurava o riso-Desculpa. Eu não quis rir.-seguindo-a.
Mari-Se o motivo pra você ter vindo até aqui era me entregar o papel que eu deixei cair, você já o fez. Muito obrigada.-sem nem olhá-lo.
Tay-Desculpa, Mariana. Eu juro que eu não quis rir.-pegando um “buquê” de alface e oferecendo para ela, com um sorriso maroto-Perdoa?-ela olha para ele, disfarçando o sorriso.
Mari-Põe isso no lugar, Taylor.-sem conseguir conter o sorriso por muito tempo.
Tay-Ah! Adoro sorrisos!-pondo a alface no lugar; também sorrindo.
Mari-...-meio sem jeito-Por incrível que pareça, algumas vezes é impossível esconder um sorriso de você.
Tay-Isso foi um elogio disfarçado?-sorrindo safado.
Mari-Mas com a facilidade com que os sorrisos surgem, você faz com que eles sumam ainda mais rapidamente...-pegando uma caixa de leite e se dirigindo para o caixa. Taylor, sorrindo, continua a acompanhá-la.




Tay-Eu também te fiz sorrir como agora?-a olhando com ternura.

        Mariana então “desperta” de seu estado absorto, desfazendo o sorriso assim que ouve as palavras de Taylor.

Mari-...er...Mas...O que isso tem a ver com o fato de você estar aqui hoje? Ainda não entendi no que isso te ajudou a descobrir um súbito interesse por fotografia.-retomando o assunto que ela considerava relevante, tentando evitar que seu sorriso inconsciente pudesse mudar o foco da conversa.
Tay-Você não percebeu?
Mari-Percebi o quê?
Tay-Eu me matriculei aqui no dia seguinte àquele nosso encontro. Isso não te diz nada?
Mari-...Você se matriculou depois daquele dia?-surpresa-...Eu achei que você fosse dizer que a ida à exposição tivesse feito você se interessar pelo curso...-confusa-Então era por isso que você sempre tocava nesse assunto quando nos víamos!-entendendo por que Taylor parecia sempre tão interessado em falar sobre o curso ou fazer perguntas sobre quando os dois estavam juntos-...E eu pensando que você...Como eu sou boba!-balançando a cabeça com ar de reprovação, sorrindo sarcástica ao pensar alto.
Tay-Você pensava que eu...?-intrigado.
Mari-Nada, Taylor! Esquece!-percebendo que falara demais.
Tay-Eu não vou esquecer, Mariana. Fala.-a encarando.
Mari-...-respirando fundo-Ah não sei...Não que isso vá fazer qualquer diferença pra mim, mas...Eu pensei que você prestasse atenção no que eu dizia...-reticente-...que quando você perguntava sobre o início das aulas, e até sabia exatamente o dia em que o curso começaria...eu achei que era porque você se importava com a minha vida...comigo...-mordendo o lábio inferior; não entendendo o porquê de estar tão desapontada e nem conseguir esconder isso.
Tay-Mas eu me importo, Mariana.
Mari-Esquece isso, Taylor. Foi bobagem minha! Eu nem sei por que eu disse isso...Não faz nenhum sentido! Aliás, esta conversa não faz nenhum sentido.-levando uma das mãos a testa, balançando a cabeça enquanto baixava o rosto.
Tay-...-se aproximando ainda mais dela; tocando carinhosamente o queixo dela com uma das mãos, fazendo-a erguer a cabeça e olhá-lo novamente-Quem disse que eu não me importo? Quem disse que eu não presto atenção no que você diz?-doce.
Mari-...
Tay-Eu posso recitar cada palavra que você dirigiu a mim, Mariana...até mesmo quando estas não foram tão gentis; embora eu tente guardar somente as coisas boas, porque dessas, sim, eu gosto de lembrar.-olhando-a nos olhos.
Mari-Taylor...-sem saber o que dizer diante das palavras dele. Seus olhos começavam a marejar, o que a deixara assustada, pois naquele instante as palavras dele faziam-na sentir confusas sensações...Mariana não sabia até que ponto estava comovida por estar frágil devido a todos os acontecimentos dos últimos dias, ou porque Taylor dizia o que ela queria ouvir.
Tay-É uma pena que pra você não faça diferença, mas eu me importo muito com você. Eu me matriculei nesse curso porque eu queria poder passar mais tempo com você pra te conhecer melhor, conseguir ser seu amigo...Afinal, nós não podíamos continuar com o clima hostil de quando nos vimos pela primeira vez. Eu não te segui até aqui, Mariana, mas ainda assim você é o motivo de eu ter vindo. Mesmo que você não queira mais falar comigo, eu queria que você soubesse que eu sinto muito por tudo o que aconteceu...Desculpa se eu fiz algo que te chateou, mas eu tenho que ser sincero e dizer que não faria diferente mesmo sabendo que você reagiria assim. Eu não poderia ter agido de outra forma, Mariana.



“...-Mas e você? O que você pretende fazer com relação ao seu namoro com o Isaac?-tentando mudar o foco da conversa.
Mari-Eu nem sei se esse namoro chegou um dia a ser verdadeiro, Linda.
Linda-Como assim?
Mari-Tudo começou muito rápido...Nós nem tínhamos certeza do que sentíamos um pelo outro. Talvez fosse só carência...
Linda-Você diz isso por ele ou por você?
Mari-...Pelos dois.
Linda-Você não está apaixonada por ele?
Mari-Eu não sei se estou mexida com tudo o que aconteceu nesses últimos dias, mas...Comecei a repensar a minha vida, esse namoro...Agora não sei mais o que sinto. Só sei que não quero ter que olhar para o Isaac por enquanto...Ainda estou com raiva por me sentir enganada e não costumo agir racionalmente quando discuto nesse estado. O Taylor que o diga!
Linda-O Taylor?
Mari-É. Eu discuti com ele porque descobri que ele sabia dos beijos entre o Isaac e a Pietra.-Mariana conta com detalhes a sua discussão com Taylor-...E agora eu não consigo evitar ficar com raiva dele.
Linda-Mas pensa bem, Mari...Pelo que você me contou, a Pi falou sobre os beijos para ele em segredo. Ele trairia a confiança dela se revelasse tudo a você. Quando se promete manter guardado o segredo de alguém, principalmente se for o segredo de alguém que você gosta muito, fazer o que o Taylor fez é louvável.
Mari-Nem tanto se levarmos em consideração que ele nunca gostou de mim.
Linda-Eu tenho certeza que você não acredita no que acabou de dizer, Mari.
Mari-...
Linda-Você sabe que o fato de não ter te contado sobre os beijos não tem a ver com não gostar de você, e sim de ser leal e digno da confiança que foi depositada nele. Se ele não gostasse de você, não teria ido atrás de você para te consolar depois que você saiu do apartamento deles, e muito menos teria tentado se explicar para você como você mesma disse que ele tentou fazer. Eu sei que você está chateada, amiga, mas o Taylor só tentou ajudar.Mari lembra das palavras de Linda quando as duas conversaram na cafeteria àquela manhã.



         O silêncio de Mariana o deixava desapontado, pois Taylor interpretava aquilo como um sinal de que ela estava irredutivelmente decidida a não desculpá-lo.

Tay-...Eu só queria que você pudesse lembrar de quando fizemos nosso pacto de amizade...lembrasse das coisas que te fizeram aceitar ser minha amiga, não daquelas que podem abalar o que já é tão frágil. Assim como eu sempre procuro lembrar do seu sorriso e das vezes em que você sorriu pra mim, eu gostaria que você lembrasse das vezes em que eu  ajudei a surgir um sorriso nos seus lábios, não quando ele desapareceu por minha causa.-num tom melancólico. Mariana olha pra ele mas permanece em silêncio. Taylor entrega para Mari o papel que ela deixara cair; com um olhar triste.
Mari-...Obrigada.-tocada pelas palavras dele, pelo seu olhar...embora lutasse contra a vontade de dizer para ele que ainda queria, sim, tê-lo como amigo.
Tay-De nada.-responde baixo; dando as costas para deixar o local. Mariana enruga a testa ao vê-lo caminhar em direção a saída do prédio.
Mari-Pra onde você está indo, Taylor? As salas ficam para o outro lado.-ele vira para olhá-la.
Tay-Eu estou indo embora.-andando de costas para continuar olhando para ela.
Mari-Mas...Você não pode ir...E a aula?
Tay-Pode ficar feliz, Mariana...-com um sorriso triste-...acho que não venho mais.
Mari-...-inerte.

      Taylor volta a dar as costas, prosseguindo seu caminho até a saída. Mariana o segue com o olhar. Seu coração vai ficando apertado a cada passo dele. Era estranho para Mari, mas vê-lo cruzar o corredor e sumir atrás da porta de saída a faz sentir-se mal. Era como se a ideia de ficar distante dele ou não mais vê-lo de alguma forma fosse angustiante.



“Quem disse que eu não me importo? Quem disse que eu não presto atenção no que você diz?”



“Eu posso recitar cada palavra que você dirigiu a mim, Mariana...”

“Eu não te segui até aqui, Mariana, mas ainda assim você é o motivo de eu ter vindo.a voz de Taylor e as coisas que ele dissera ecoavam na cabeça de Mariana.



        Ela olha para o papel em sua mão; consulta as horas em seu relógio de pulso...

Mari-Droga! Eu estou muito atrasada!-olhando hesitante para a porta por onde Taylor saíra-...Ah! Que se dane!-se apressando em deixar o prédio para tentar encontrar Taylor ainda em frente ao local.

     Quando finalmente sai da escola de artes, Mariana para na calçada e olha para os dois lados, avistando Taylor não muito longe dali.

Mari-Taylor!-ela o chama alto, não chegando a gritar. Ele vira o rosto para ver de onde vinha o chamado. Mariana caminha rapidamente até ele, posicionando-se a sua frente.
Tay-...-olhando com surpresa e um ar de interrogação. Mas Mariana nada diz, apenas o abraça forte. Taylor fica ainda mais surpreso, mas agora de forma positiva. Ele abre um largo sorriso, a enlaçando pela cintura para corresponder ao abraço e afagando a cabeça dela encostada a seu peito-Eu perdi alguma coisa?-brincando. Mariana sorri, levantando o rosto para olhá-lo.
Mari-Não.-sorrindo-Eu só senti vontade de fazer isso.
Tay-...Então sinta-se à vontade para fazer isso sempre que quiser.-fofo.
Mari-Amigos de novo?
Tay-Hum...Não sei...-sorrindo safado-Tenho que pensar agora...
Mari-Para, bobo!-dando um tapinha no peito dele, rindo.
Tay-Você quer mesmo ser minha amiga de novo?-sério. Mariana para de rir.
Mari-...Eu deveria fazer essa pergunta a você.
Tay-Você já sabe a resposta. Acabei de falar isso pra você enquanto estávamos na escola de artes.
Mari-Eu sei. Mas eu ainda não entendi o porquê...quero dizer...Eu estava realmente zangada com você, Taylor, então não consegui ver o seu lado. Fui cabeça dura e egoísta...E mesmo depois de você ter dito todas aquelas coisas pra mim ainda agora, eu cogitei a hipótese de não te desculpar...-baixando os olhos-...Você tem mesmo certeza de que quer uma amiga assim?
Tay-Uma amiga que pode até ser cabeça dura, mas que tem um abraço bastante aconchegante? Claro que sim.-fofo. Mariana sorri.
Mari-Você é uma pessoa maravilhosa, Taylor; eu tenho que admitir isso. Desculpa por todas aquelas coisas rudes que eu...-ele põe delicadamente um de seus dedos indicadores sobre os lábios dela, interrompendo:
Tay-Shiii.-sorrindo ternamente-Esquece isso. Vamos começar do zero hoje; ok?-ela sorri.
Mari-Ok.
Tay-Se bem que se você quiser continuar me elogiando, eu não me incomodarei nenhum pouco. Você disse que eu sou o quê mesmo? Maravilhoso?-sorrindo safado. Mari ri.
Mari-Eu disse maravilhoso?-cínica-Eu quis dizer pretensioso, convencido, implicante...
Tay-Por incrível que pareça, é bom ouvir isso de você.-sorrindo.
Mari-Se quiser eu repito mais vezes.-brincando. Eles riem, até que o riso cessa e ambos ficam se olhando por alguns segundos.

Taylor então quebra o gelo.

Tay-...er...Acho que seria muita cara-de-pau ir para a aula agora; não?
Mari-Ah! Justo quando eu me vejo obrigada a fazer as pazes com você para não entrar na sala sozinha e ser a única atrasada logo no primeiro dia!-brincando. Ele ri.
Tay-Interesseira.
Mari-Eu uno o útil ao agradável.-sorrindo marota.
Tay-O “agradável” a que você se refere é a minha companhia?-sorrindo.
Mari-Claro que não.-rindo.
Tay-Não?-fingindo indignação.
Mari-Não vamos exagerar nesse negócio de amizade, Taylor.-ele ri.
Tay-E agora? O que nós vamos fazer?
Mari-Não sei. Já matei aula na faculdade hoje; agora perdi aula no curso...Acho que tenho que fazer algo produtivo antes que eu comece a me sentir uma desocupada.-sorrindo.
Tay-Quer dar uma volta no Central Park?
Mari-...É. Poder ser. Não tenho nada mais interessante pra fazer mesmo.-implicando; sorrindo.
Tay-Obrigado pelo entusiasmo.-rindo; irônico-Vem. Meu carro está logo ali.

Ambos caminham até o local onde o carro de Taylor estava estacionado; entram no veículo e seguem para o parque.





* * *





Lara-Obrigada por me trazer até aqui, amor.-tirando o cinto de segurança para sair do carro do namorado, que estava estacionado em frente ao prédio da biblioteca pública na qual ela trabalhava-Se não fosse você, eu não teria chegado a tempo hoje!
Zac-Acho que mereço uma recompensa por isso; não?-curvando um pouco o corpo para o lado, aproximando seu rosto do rosto de Lara; umedecendo os lábios com uma carinha travessa.
Lara-Hum! Você acha mesmo que merece?-fitando a boca dele.
Zac-Você também não acha?-sorrindo.
Lara-...-Lara se inclina para beijá-lo. Zac logo fecha os olhos. Ela sorri marota, esquivando o corpo e saindo do carro. Zac abre os olhos ao ouvir o barulho da porta sendo fechada-Vai ficar de castigo.-rindo-Apesar de ter me trazido até aqui, foi por sua causa que eu quase me atrasei.
Zac-Ah não, Lara!-choramingando-Isso não é justo!
Lara-Por que não?-sorrindo cínica.
Zac-Porque tudo o que eu mais queria agora era poder passar o dia inteiro com você, mas você tem que trabalhar, eu tenho que trabalhar, então só vou poder ver você de novo à noite.-com carinha de menininho perdido.
Lara-À noite? Nós marcamos alguma coisa?-enrugando a testa. Zac a encara sério.
Zac-Não...quer dizer...Eu não achei que precisássemos marcar alguma coisa, Lara. Eu vou sentir saudade de você e pensei que você também fosse sentir saudade de mim, por isso conclui que você gostaria de me ver mais tarde.-parecendo chateado-Mas se você não quer, tem um compromisso ou algo mais interessante...-Lara abre a porta do carro e entra novamente no veículo, fazendo Zac se calar com um beijo apaixonado. Ele, claro, corresponde. Mas quando Lara põe fim ao beijo afastando o rosto, Zac tinha cara de bobo, como se não tivesse entendido nada. Ela ri.
Lara-Eu estava brincando, bobo!-sorrindo-É claro que eu vou ficar esperando ansiosamente pra te ver de novo! Por mim, eu estaria abraçadinha na cama com você até agora.-comenta inocentemente.
Zac-Na cama, é?-com um sorriso safado. Lara fica vermelha.
Lara-Zac!-rindo-Não foi nesse sentido que eu quis dizer!
Zac-Não?-cínico.
Lara-Não, chato!-dando um tapinha no peito dele, que ri-Eu quis dizer que queria ficar com você...-ele a interrompe:
Zac-Na cama...-completando; maroto.
Lara-Tá. Na cama. Mas poderia ser vendo tv, conversando...
Zac-Não. Não foi isso que você quis dizer. Você está vermelha.-sorrindo.
Lara-Eu estou vermelha porque você fez com que eu ficasse assim.
Zac-Eu não tenho culpa se você pensou em mim na sua cama e enrubesceu.-implicando.
Lara-Eu não pensei nisso, Zac! Quer dizer...você na minha cama, sim, mas a interpretação maldosa foi sua.-rindo.
Zac-Mas bem que você gostou da ideia.-sussurra ao ouvido dela, que sorri.
Lara-Isso já é outra história.-encolhendo os ombros enquanto ele beijava-lhe sedutoramente o pescoço-Para, Zac!-rindo; se afastando-Eu tenho que ir. A senhora Adams deve estar ficando louca sozinha na biblioteca.
Zac-E você não pensa em mim? Eu vou ficar louco sem poder te ver durante toda a tarde!-fazendo beicinho.
Lara-Ow! Que fofo!-sorrindo; dando um selinho nele.
Zac-Aceita fugir comigo agora?-maroto. Lara ri.
Lara-A gente foge quando o meu e o seu expediente chegarem ao fim, ok?
Zac-Ah! Estraga-prazeres!-brincando.
Lara-É sério, Zac. Eu tenho que trabalhar e você não pode esquecer que hoje é o seu primeiro dia de trabalho na empresa do pai do Victor. Você ainda vai ter que passar em casa para se arrumar!
Zac-Eu não sei dar nó em gravata.-voltando a fazer bico-Você tem que ir comigo pra me ajudar.
Lara-Humm!Você vai usar terno?-sorrindo marota. Ele sorri ao perceber que ela parecia ter gostado da ideia de vê-lo de terno.
Zac-Aham. Você gosta?-sedutor. Ela ri.
Lara-Acho muito sexy.-encostando sua testa a dele.
Zac-Vai perder a chance de me ver assim?-sorrindo.
Lara-É bastante tentador, mas infelizmente vou. O dever me chama, Zac.-dando um beijinho no queixo dele, saindo do carro novamente.
Zac-Ele te chama mais alto do que eu?-manhoso.
Lara-Agora ele está gritando: “Lara, você está muito atrasada! Se continuar deixando o seu namorado te enrolar, vai ficar encrencada com a sua chefe!”-fechando a porta do carro; contornando por fora para se posicionar à janela do motorista-Tchau, amor.
Zac-Tchau.-fazendo cara de coitadinho.
Lara-Não faz essa carinha, Zac! Eu estou com meu coração apertadinho! Estou me sentindo uma mãe que tem que deixar o filho na escola no primeiro dia de aula.-brinca.
Zac-E se o filho começar a chorar você desiste da ideia de deixá-lo?-sorrindo safado.
Lara-Não. Eu falaria pra ele que logo que o ponteiro maior do relógio estivesse no número 12 e o menor no número 6, ele e a mamãe estariam juntos novamente.-sorrindo.
Zac-Eu não queria ser seu filho.-brinca. Ela ri.
Lara-Claro que não! Você vai ser o pai.-dando um último beijo nele.
Zac-Eu te amo.-ela sorri docemente.
Lara-Eu também te amo.-depois da despedida, Lara dá as costas e caminha em direção ao prédio da biblioteca. Zac a acompanha com o olhar até vê-la sumir após subir a escadaria que levava ao prédio.





* * *





Senhora Adams-Você está atrasada, Lara.-fala imediatamente ao vê-la se aproximar do balcão da recepção.
Lara-Desculpa, senhora Adams.-envergonhada-Eu sinto muito. Não vai mais acontecer.-guardando sua bolsa e o casaco dentro de um dos guarda-volumes atrás do balcão.
Senhora Adams-Tudo bem, Lara. Não precisa ficar nervosa. Eu não estou brigando com você, apenas fiz uma observação.-percebendo que falara de modo um pouco duro com ela, abrandando o tom.
Lara-...-olhando para ela em silêncio.
Senhora Adams-Eu só estava esperando você chegar. A Mariana vai começar o expediente mais tarde; você lembra?
Lara-Sim, senhora. Lembro sim.
Senhora Adams-Eu tenho uma reunião com o diretor geral da biblioteca agora. Então você vai ter que ficar aqui sozinha até a Mariana chegar. Qualquer problema, a bibliotecária do 2º andar poderá ajudar você. O movimento agora não está tão intenso, mas se precisar, já sabe.
Lara-Sei sim, senhora Adams.-com um sorriso de confirmação.
Senhora Adams-Até logo, Lara.
Lara-Até mais.-sorrindo.

      Quando a senhora Adams deixa o local, Lara lembra que não havia posto seu celular no modo silencioso, então pega sua bolsa no guarda-volumes para procurar o telefone.
Por estar de costas, Lara não vê quando alguém se aproxima do balcão. Percebendo a distração dela, esse alguém cruza silenciosamente a portinha que dava acesso ao outro lado do balcão, caminhando cuidadosamente até ela.

-Para não perder o costume.-Lara sente alguém a envolver por trás, entregando uma flor rosa para ela.

Lara-Zac!-virando-se de frente para ele, sorrindo. Ela pega a flor-É linda!Obrigada, amor!
Zac-Procurei branca mas não encontrei. Já estamos no outono de fato: as flores estão sumindo. Você também gosta da cor rosa?-fofo. Ela sorri, passando os braços em volta do pescoço dele.
Lara-Eu gosto de qualquer coisa que venha de você.-acariciando a nuca dele, que sorri. Ele enlaça sua cintura olhando ternamente para ela.
Zac-A cada dia que passa eu te amo mais, sabia?
Lara-Ah é?-sorrindo-Acho bom mesmo, senhor Zachary Walker Hanson. Meu pai sempre me disse que os garotos não são nada bonzinhos, que eles perdem o interesse pelas garotas depois que conseguem “o que eles querem”.-brincando. Zac ri.
Zac-“O que eles querem”?-sorrindo safado-Você quer dizer...?-ela o interrompe:
Lara-É. Isso mesmo que você pensou.
Zac-Como você sabe o que eu pensei?-sonso.
Lara-Seu sorrisinho malicioso me deu a resposta.
Zac-Mas eu só entendi o que você quis dizer porque você ficou vermelhinha antes mesmo que eu pudesse terminar a frase.-sorrindo maroto, roçando seu nariz no dela.
Lara-Droga! Quando eu vou deixar de corar por qualquer coisa?
Zac-Se depender de mim, nunca.-sorrindo.
Lara-Ah claro! Você se diverte com isso, não é, seu chato?!-batendo de leve no ombro dele.
Zac-Eu acho lindo.
Lara-...-ela baixa os olhos. Zac ri, pois ela enrubescera ainda mais-Para, Zac! Para de rir!-desenlaçando o pescoço dele, tentando se afastar enquanto disfarçava um sorriso.
Zac-Você aqui, mocinha.-ainda com os braços em torno da cintura dela, trazendo-a contra si novamente-Você não pode fugir de mim, só comigo. A propósito, minha oferta de fuga ainda está de pé?-maroto.
Lara-Você é louco, Zac!-rindo-Aliás, nós dois. Olha as pessoas ali.-indicando as pessoas sentadas no espaço reservado à leitura-Temos sorte por elas estarem muito concentradas no que estão fazendo e não darem a mínima para nós.
Zac-Você ficaria vermelhinha se eles vissem o beijo que eu vou te dar agora.-com um sorriso travesso.
Lara-Beijo? Que beijo?-fitando a boca dele, também sorrindo.
Zac-Esse aqui, ó.-encaixando sedutoramente seus lábios nos dela. 

     O beijo começa lento, calmo, mas vai se intensificando. Zac inclina seu corpo sobre o da namorada, o que acaba fazendo-na dar alguns passos para trás. Nisto, Lara interrompe o beijo, lembrando novamente onde estava. Ela olha para os lados mais uma vez para confirmar que ninguém os olhava.

Lara-...Zac, a gente não pode fazer isso aqui...-sussurrando.
Zac-Por que não? O que tem de errado num beijo?
Lara-Nada; se eu não tivesse no meu trabalho, no começo do expediente, quando eu supostamente deveria estar catalogando aquela pilha de livros ali...-apontando para os livros sobre o balcão-...não beijando o meu namorado. Que por acaso, deveria estar em casa se arrumando para encarar o primeiro dia de trabalho.
Zac-Ainda falta muito tempo, Lara.-pretendendo voltar a beijá-la. Lara quase se deixa envolver mais uma vez pelo charminho dele, até que vê de longe quando a senhora Adams desponta no hall da recepção da biblioteca.
Lara-Ai meu Deus!-levando um susto ao ver a chefe.
Zac-O que foi?-enrugando a testa ao ver a expressão tensa da namorada.
Lara-Abaixa, Zac.-soltando-se dele rapidamente.
Zac-Ahn?-sem entender nada.
Lara-Abaixa.-vendo que não daria para Zac sair detrás do balcão sem que ela o visse-A senhora Adams está vindo. Ela não pode te ver aqui atrás do balcão. Ninguém além dos funcionários pode ficar aqui atrás. Nova regra.
Zac-Nem o namorado de uma das funcionárias?-brincando; não levando muito a sério a apreensão dela.
Lara-Namorados muito menos, Zac.-empurrando os ombros dele para baixo, fazendo-o abaixar a tempo de não ser visto pela senhora Adams quando esta finalmente chega ao balcão-Oi, senhora Adams.-forçando um sorriso-Voltou rápido!
Senhora Adams-Na verdade, eu esqueci minha carteira na minha sala. Só voltei para pegá-la. Deixei o táxi esperando lá fora.
Lara-Ah.-compreendendo.

 Lara sente Zac acariciando uma de suas pernas, chegando a levantar um pouco do vestido dela quando subia a mão para a coxa. Lara tem um sobressalto, entreabrindo a boca.

Senhora Adams-Algum problema, Lara?-percebendo um certo desconforto na expressão facial dela.
Lara-...er...Não. Claro que não, senhora Adams.-falando entre dentes; empurrando discretamente a mão do namorado. Zac sorri maroto.
Senhora Adams-Tem certeza, Lara? Você parece nervosa...
Lara-Nervosa? Eu?!-com um sorriso amarelo-Não. Não. Só estou preocupada com o tempo. Quero terminar de catalogar os livros novos antes da Mari chegar.-inventando uma desculpa qualquer.
Senhora Adams-Mas não precisa ficar nervosa assim, querida. Não tem problema se você não conseguir fazer sozinha.-sorrindo.

    Zac, desta vez, volta a acariciar a perna dela com as duas mãos. Lara não acreditava que ele estava fazendo aquilo. Ela implorava em pensamento para que a senhora Adams fosse embora.

Lara-...er...-se mexendo um tanto inquieta-...Eu sei.-beliscando uma das mãos do namorado com as unhas. Zac acaba deixando escapar um gemido baixinho, mas não baixo o bastante para não ser ouvido.
Senhora Adams-O que foi isso?
Lara-...-arregalando os olhos-...Isso o quê?-cínica.
Senhora Adams-Eu pensei ter ouvido um barulho...-tencionando aproximar ainda mais do balcão a fim de se inclinar um pouco sobre este. Lara, rapidamente, inclina-se à frente dela, impedindo-a de fazê-lo.
Lara-Fui eu, senhora Adams. Senti uma pontada na cabeça. Enxaqueca; sabe?
Senhora Adams-Você está até pálida, Lara. Quer um remédio? Por que você não toma um pouco de água? Eu fico aqui enquanto você vai...-Lara a interrompe:
Lara-Não. Não precisa .Eu já tomei uma aspirina. Vai passar.-forçando um sorriso-A senhora não pode se atrasar para a sua reunião. Pode ficar sossegada. Eu estou bem.
Senhora Adams-Tem certeza?
Lara-Absoluta. Eu estou ótima.
Senhora Adams-Se você diz...
Lara-É melhor a senhora se apressar: o seu táxi está lá fora; não?
Senhora Adams-Tem razão, Lara. Vou buscar minha carteira.-se dirigindo para a sala dela. Lara respira aliviada ao vê-la dar as costas. Ela olha para baixo, vendo Zac olhá-la com um sorriso safado.
Lara-O que deu em você, Zac?!
Zac-Você me beliscou.-fazendo cara de coitadinho; levantando.
Lara-Infelizmente não pude fazer nada pior.
Zac-Malvada.-com um sorrisinho no canto da boca. Lara olha para ele com ar de incredulidade.
Lara-Eu não sei se eu te mato agora ou espero que a senhora Adams vá embora.-sarcástica; olhando em direção a sala da chefe.
Zac-Se for de beijos, pode começar agora.-maroto.
Lara-Pode ter certeza que não, engraçadinho.-puxando-o pela camisa, fazendo ele sair de trás do balcão-Agora vai, Zac, antes que você me cause algum problema...
Zac-Eo meu beijo de despedida?
Lara-Acho que o beliscão já serviu como despedida.-sorrindo sarcástica-Vai. Ela sabe que você é meu namorado. Já te viu um milhão de vezes vindo aqui pra me buscar; eu não quero que ela pense que eu fico namorando na hora do trabalho.
Zac-E não fica?-zoando, sorrindo.
Lara-Há há há. Muito engraçado, Zac.-irônica-Acontece que eu não quero que ela me veja aqui com você pra não me encher de perguntas quando ela me vir ficando com outros três garotos que costumam frequentar a biblioteca.-Zac perde o sorriso.
Zac-Sem graça.-ela sorri.
Lara-Eu achei bem engraçado.-ele mostra a língua para ela-Agora, tchau.
Zac-Tarde demais, Lara.-indicando com o olhar que a senhora Adams estava saindo de sua sala.
Lara-Ótimo!-irônica-Quer me deitar no balcão e brincar de médico agora? Ela vai adorar.
Zac-E eu também.-malicioso. Ela o fuzila com o olhar-Dramática.-sorrindo.
Lara-Encrenqueiro.-fala entre dentes, abrindo um sorriso ao ver a chefe se aproximar.
Senhora Adams-Olha quem temos aqui!-olhando para Zac, sorrindo simpática.
Zac-Boa tarde, senhora Adams.-também sorrindo.
Senhora Adams-Boa tarde, Zachary. Veio alugar algum livro?-Lara e Zac se entreolham.
Lara-Na verdade...-Zac a interrompe, percebendo que ela não conseguiria mentir:
Zac-Eu vim deixar o celular dela.-inventando a desculpa ao ver o aparelho da namorada sobre o balcão, pois Lara mexia nele antes de Zac aparecer-Ela esqueceu no meu carro.
Lara-Eu ando um pouco esquecida.-com um sorriso amarelo.
Senhora Adams-Somos duas, então.-brincando-Você só não pode esquecer as regras da biblioteca.-ela fala em tom de brincadeira, mas Lara percebe que ela olhava para a portinha do balcão, que estava aberta. Zac também entende a indireta.
Zac-Isso a Lara nunca esquece, senhora Adams. Pode ter certeza. Ela acabou de me barrar quando eu pretendia cruzar a porta do balcão. Eu sei que eu sou suspeito para falar, já que ela é minha namorada e eu sou completamente apaixonado por ela, mas a senhora não poderia ter encontrado uma pessoa mais responsável e dedicada do que a Lara.-olhando para a namorada com ternura. Lara sorri toda boba após ouvi-lo falar aquilo.
Senhora Adams-Eu sei disso, Zachary. A Lara e a Mariana são as melhores funcionárias que já tive aqui. Tenho muito orgulho das duas.-sorrindo de forma maternal.
Lara-...Obrigada, senhora Adams.-sem graças, mas feliz pelos elogios tecidos por ela.
Senhora Adams-Não precisa agradecer, querida. É a mais pura verdade.-sorrindo-Agora eu preciso ir. Qualquer coisa, já sabe: a bibliotecária do segundo andar está a disposição, e eu estou com meu celular. Só o desligarei quando estiver na reunião. Mas até lá, pode me ligar.
Lara-Tudo bem.
Senhora Adams-Tchau, querida. Desejo melhoras quanto a enxaqueca.
Lara-...Ah, obrigada!-com um sorriso amarelo.
Senhora Adams-Tchau, Zachary. Foi um prazer vê-lo.
Zac-Eu também já estou indo, senhora Adams. Eu a acompanho até a saída. Não quero atrapalhar o trabalho da Lara.-com um sorriso maroto no canto da boca. Lara disfarça seu sorriso abaixando um pouco a cabeça.
Lara-Obrigada por ter trazido o meu celular, Zac.
Zac-Não precisa agradecer.-sorrindo.
Senhora Adams-Eu realmente preciso ir agora. O meu táxi está esperando, crianças. Tchau, queridos.-despedindo-se apressadamente.
Lara-Tchau, senhora Adams. Boa reunião.
Senhora Adams-Obrigada, Lara.
Zac-Tchau.-sorrindo.
Senhora Adams-Tchau, Zac.-finalmente dando as costas para deixar o local.
Lara-Ai! Graças a Deus, ela não te viu atrás do balcão!-aliviada-A senhora Adams é um amor de pessoa, mas exige bastante seriedade no trabalho. Eu morreria de vergonha se ela...Não quero nem pensar!
Zac-Desculpa pela brincadeira, Lara...
Lara-Nem me fale nisso! Eu quase morri quando você fez barulho! Ela quase percebeu isso!
Zac-Desculpa. É que doeu quando você me beliscou...Desculpa.-sincero. Lara acha muito fofa a carinha dele enquanto se desculpava.
Lara-...Tudo bem, Zac. Já passou. Eu não te machuquei muito; machuquei?-preocupada.
Zac-Não. Só quase me fez perder a mão.-brincando.
Lara-Bobo!-sorrindo.
Zac-Agora eu já vou, Lara. Vou deixar você trabalhar em paz, e ir para casa me arrumar para trabalhar também.
Lara-Depois eu quero saber tudinho, hein?-sorrindo.
Zac-Pode deixar. Eu conto.-não se mostrando tão animado.
Lara-O que foi, Zac? Você não parece tão empolgado como antes.-preocupado.
Zac-...Eu estou nervoso, Lara.
Lara-Ow, amor!-olhando-o ternamente-Não fica assim.-saindo de trás do balcão para abraçá-lo-Vai dar tudo certo.-acariciando sua nuca, sorrindo ao senti-lo abraçá-la apertado-Você vai ver como você se sairá bem. Eu confio em você...huh?-soltando-se dele para olhá-lo.
Zac-Agora eu estou me sentindo como um garotinho que não quer ir para a escola no primeiro dia de aula.-ela ri.
Lara-Mas você não é mais um garotinho e não vai mais para a escola.-dando um selinho nele.
Zac-Me deseja boa sorte?-fofo. Ela sorri.
Lara-Boa sorte, amor.-acariciando o rosto dele-A gente se vê à noite?
Zac-Agora você quer me ver à noite?-sorrindo.
Lara-Claro! Vou ficar curiosa para saber todas as coisas legais que o meu super namorado fez no primeiro dia de trabalho.-ele ri.
Zac-“Super namorado”; é?-sorrindo maroto.
Lara-Aham.-também sorrindo.
Zac-Dependendo da hora que eu sair da empresa, eu passo aqui pra te pegar.
Lara-Qualquer coisa, me liga. Se você não puder vir, eu vou para casa e a gente se encontra lá depois.
Zac-Combinado.-sorrindo.
Lara-Agora vai, Zac. Você não pode se atrasar no seu primeiro dia de trabalho...-ele a interrompe:
Zac-Eu te amo.
Lara-Eu também te amo.-sorrindo. Os dois se despedem com um carinhoso beijo antes que Zac partisse.

      Alguns segundos após Zac ter deixado o local, o telefone celular de Lara vibra sobre o balcão: ela havia recebido uma mensagem.


“VAI PERDER O SEU SUPER NAMORADO DE GRAVATA! =P ”

    Lara ri baixinho ao ler a mensagem, balançando a cabeça. Ela pretendia responder a mensagem imediatamente, mas um senhor se aproxima do balcão para ser atendido, o que a faz adiar seus planos.





* * *



     Pietra estava bastante animada com sua ida às compras. Durante todo o trajeto em direção ao estacionamento da universidade, onde Isaac deixara seu carro, ela não parava de pensar em várias opções de presentes para Sabrina. Isaac apenas ria do jeitinho empolgado dela.

Pietra-...O que você acha de um jogo? Monopoly é ótimo! Eu adorava jogar isso quando era pequena! Ah! Mas é um jogo bem comum: talvez ela já tenha. Será que ela ainda gosta de bonecas? Seria bem mais fácil se ela brincasse com bonecas...Ela é tão adulta para a idade dela...-Pietra não parava de falar; parecia uma metralhadora de ideias, o que divertia Isaac. Antes tristonho, agora ele sorria enquanto caminhava observando o ar pensativo dela ao sugerir os presentes-E se a gente fosse até a...-ela vira o rosto para olhar para Isaac e o vê rindo-Do que você está rindo, Isaac?-com um tímido sorriso.
Ike-Eu?-sorrindo cínico-De nada, Pietra. Nada.-tentando assumir uma expressão séria.
Pietra-Nem um pouco convincente. Fala. Você estava rindo de mim, não é?-dando um tapinha no braço dele, que sorri.
Ike-Você não parou de falar desde que deixamos o prédio!-rindo-Você está tão animada que até parece que é você quem vai ganhar presentes, não comprá-los. Acho que nem a Sabrina estaria tão radiante se a tivéssemos trazido conosco para que ela escolhesse o que gostaria de ganhar.
Pietra-...-com um sorrisinho no canto da boca-Um eufemismo para me chamar de criança ou fazer qualquer alusão a isso, senhor Isaac?-parando de andar; cruzando os braços. Isaac também para, posicionando-se de frente para ela.
Ike-Não. Uma maneira de dizer que eu acertei na escolha da companhia, principalmente porque ela tem um brilho no olhar e um sorriso contagiante...justamente o que eu preciso num dia como este.-terno.
Pietra-...-ficando meio sem jeito, baixando os olhos-Para, Isaac! Você está me zoando, seu chato!
Ike-Não. Eu não estou.-sério-Eu não estava rindo de você, Pietra. Na verdade, eu estava rindo de mim.-Pietra volta a olhá-lo, agora com ar de interrogação.I saac sorri ao vê-la enrugar a testa-Enquanto você estava toda entusiasmada falando, eu percebi como você precisa de pouco para abrir um sorriso, para irradiar essa alegria que parece pulsar dentro de você...como você consegue se fazer tão transparente e mostrar o que está sentindo mesmo quando tenta esconder...

       Pietra sente seu rosto queimar por culpa do sangue que lhe enrubescia as faces. Era incrível como Isaac conseguia deixá-la sem graça, principalmente quando parecia medir exatamente as palavras para descrevê-la como se adicionasse poesia a cada uma delas. E embora ela sempre tentasse bancar a durona e se mostrar indiferente ou fazer brincadeiras quando ele dizia coisas que ela não podia demonstrar mas que faziam-na sentir borboletas no estômago, algumas vezes Isaac a derrotava. Aquela era uma dessas vezes. Pietra não sabia o que dizer...O modo doce com o qual Isaac a olhava, as lindas palavras usadas para descrevê-la...Ela não sabia se queria que aquilo tudo acabasse logo ou se queria fazê-lo eterno...mesmo consciente de que eram apenas elogios de...amigo.


“ Amigo, Pietra. Nada mais que isso.”-ela pensa, tentando não se perder nos olhos dele.



Pietra-Eu não tenho esconder nada, Isaac.-com um sorrisinho amarelo.
Ike-Você tenta esconder, sim, Pietra...mas não consegue. Você não conseguiria esconder nem de um idiota que põe uma venda nos olhos para não ver o que está ao redor, para não ter que encarar a realidade. E eu te invejo por isso porque eu não consigo ser transparente nem comigo mesmo...
Pietra-Não entendi, Isaac.-confusa.
Ike-Nem eu mesmo me entendo, Pietra.
Pietra-Você é realmente muito complicado.-brinca, tentando quebrar um pouco o clima estranho entre eles. Mas Isaac continua com seu ar compenetrado, olhando-a bem dentro dos olhos.
Ike-Se eu nunca disse o quanto eu gosto do seu sorriso e do seu jeito maluquinho, eu sou mais idiota do que eu pensava.
Pietra-...-sentindo seu coração acelerar os batimentos.
Ike-Obrigado por ter vindo comigo, Pietra; por me arrancar sorrisos com o seu jeitinho maluquinho que eu adoro e por ser a única pessoa que, mesmo tendo sido magoada por mim, parece não me olhar atravessado depois do que aconteceu sábado...
Pietra-...Não precisa agradecer, Isaac.-sentindo pena por vê-lo com ar melancólico-Esse seu ensaio de discurso pré-crise existencial é por causa da Mariana; não é?
Ike-Eu fui procurá-la na faculdade dela antes de ir ver você, mas uma amiga dela disse que a Mari não foi à aula hoje. Eu venho tentando falar com a Mariana desde sábado, mas ela não atende às minhas ligações...e até me bloqueou no MSN!-triste-Eu não suporto a ideia de tê-la magoado, Pietra.-desabafando.


“Ele gosta mesmo dela! Ele foi vê-la antes de ir ver você, sua boba! Não fica se iludindo à toa, Pietra!” – Pietra suspira discretamente ao tentar se desfazer de seus pensamentos.


Pietra-Eu gostaria de poder fazer alguma coisa pra ajudar você...vocês...-corrigindo-Se você quiser, eu posso procurar a Mariana para conversar com ela, tentar explicar que nenhum dos beijos tiveram importância pra você...pra nós dois...-acrescenta rapidamente; mas Isaac a interrompe:
Ike-Não. Não precisa, Pietra. Eu agradeço a sua oferta e a sua preocupação, mas eu não quero que você se envolva ainda mais em toda essa história. Você não tem culpa de nada e mesmo assim eu já te fiz passar por situações constrangedoras...-ela o interrompe:
Pietra-Acontece que agora eu já estou envolvida, Isaac. Não tem volta. Não posso fingir que nada aconteceu ou me isentar da minha parcela de culpa pela Mariana ter descoberto tudo daquela maneira, afinal, fui eu que praticamente gritei que você havia me beijado. Talvez se você tivesse tido a oportunidade de contar sobre os beijos, se ela tivesse descoberto tudo de outra forma, ela se sentiria menos traída...não sei...Ela com certeza ficaria chateada...e com razão...mas não teria a sensação de que você nunca contaria sobre os beijos se ela não tivesse descoberto...de que você a enganaria para sempre. Além disso, eu preciso conversar com ela; saber o que ela está pensando de mim...Nós nos conhecemos pouco, não chegamos a ser amigas, mas eu gosto da Mariana. Antes mesmo de conhecê-la, eu já simpatizava com ela por ser amiga da Lara. A Larita sempre me falava sobre ela, sobre como ela era uma grande amiga, boa irmã para o Peter...e eu aprendi a admirá-la pela força e a determinação dela...-entristecendo-Eu não queria que ela ficasse com raiva de mim...-mordendo de leve o lábio inferior.
Ike-Eu sinto muito por você estar passando por isso, Pietra; e é por esse motivo que eu não quero que você tente falar com ela sobre mim. Na melhor das hipóteses, ela pode ainda estar muito magoada a ponto de também não querer falar com você...e na pior delas, não querer falar com você e ainda pensar que eu pedi que você fosse me defender, o que pioraria a minha situação. Sobrou até para o Tay, que não teve participação nenhuma na história dos beijos, Pietra! Talvez ela nem esteja com raiva de você, já que fui eu que te beijei, mas se você for tentar justificar o que eu fiz, ela pode se chatear com você.
Pietra-...É...Faz sentido, Isaac. Mas e se...-ele a interrompe:
Ike-Decidido, mocinha.-sorrindo; tentando melhorar o clima triste que se estabelecera-Você vai ficar fora disso e deixar que eu resolva sozinho; ok?
Pietra-...”Ok” pode ter sentido negativo também?-sorrindo cínica.
Ike-Pietra.-a repreendendo.
Pietra-Tudo bem. Tudo bem, Isaac. Eu não vou me meter na sua história com a Mariana.
Ike-Promete?
Pietra-Eu já disse que não vou fazer, Isaac. Você não acredita em mim?-fingindo indignação.
Ike-Quero apenas uma confirmação, Pietra.-a encarando-Você promete?
Pietra-...-pensativa.
Ike-Promete?-insistente; percebendo que ela hesitava em prometer.
Pietra-Prometo, Isaac.-vendo que ele não a deixaria em paz até que ela dissesse com todas as letras que prometia. Isaac sorri.


“Eu vou para o inferno depois disso.”-ela pensa, sabendo que não cumpriria com a promessa feita.


     Pietra volta a caminhar pelo estacionamento da universidade tentando pôr fim àquela conversa para que Isaac não percebesse que não estava em seus planos desistir de procurar Mariana.
Isaac também volta a caminhar, logo a acompanhando lado a lado.

Ike-Você tem alguma ideia de onde podemos ir? Eu pensei no Manhattan Mall por ser mais perto daqui...
Pietra-Ah! Eu amo o Manhattan Mall!-sorrindo empolgada.
Ike-Mudei de ideia. Acho melhor irmos direto para uma loja de brinquedos. Nada de shopping.
Pietra-Por quê?-perdendo o sorriso.
Ike-Porque a sua animação quando ouviu “Manhattan Mall” me pareceu perigosa.-sorrindo-Tenho certeza de que o presente da Sabrina foi a última coisa em que você pensou quando sorriu diante da possibilidade de ir para lá.
Pietra-Que calúnia, Isaac!-sem conseguir disfarçar um sorrisinho no canto da boca-Claro que eu pensei na Sá! Não especificamente no presente dela...-marota-...mas eu pensei que na Strawberry pudesse ter algumas coisinhas interessantes para eu usar na festinha de aniversário dela em New Hampshire.-ele ri.
Ike-Eu sabia!
Pietra-Ué, qual o problema, Isaac? Por que não sermos práticos e aproveitarmos as oportunidades?-sorrindo-A Ellie foi lá com o Matt semana passada e a Aeropostale estava com uma promoção perfeita de blusinhas lindas! O Matt até comprou uma pra mim. Viu? Eu falei MATT. Ele é homem; acompanhou a namorada numa ida ao shopping e sobreviveu sem grandes traumas.-ela então percebe que usar Matt e Ellie como exemplo soara um pouco estranho quando aplicado ao caso deles-...Não que nós sejamos um casal...Longe disso!-com um sorriso amarelo, tentando consertar. Isaac sorri safado, notando que ela ficara sem graça-...Eu só quis dizer que um garoto pode acompanhar uma garota ao shopping sem que isso signifique uma tortura.
Ike-Ainda não estou convencido disso, Pietra. Lembro que o Matt me contou sobre sua última ida ao shopping com a Ellie, e ele disse que gostou tanto da experiência que fingiria estar doente quando ela pedisse para ele acompanhá-la às compras novamente.-rindo. Pietra também ri.
Pietra-Droga! Eu deveria saber que o Matt não ia perder a oportunidade de desabafar sobre isso com você.-rindo-Mas ó, ele comprou uma blusinha pra mim porque achou que eu merecia um presente por não ser tão viciada em compras como a Ellie.-sorrindo.
Ike-Na verdade, ele me contou que comprou a blusa pra você em agradecimento por você ter ligado para ele no meio da ‘sessão tortura’ para pedir ajuda em um trabalho da faculdade e a Ellie tê-lo liberado por causa disso.-sorrindo vitorioso-Você não conseguiu me enganar, mocinha.-parando em frente a seu carro. Pietra também o faz.
Pietra-O Matt me paga!-rindo-Ele tinha que abrir aquela boca grande!-Isaac também ri.
Ike-Falando sério agora...
Pietra-Quer dizer que antes você não estava falando sério? Toda aquela coisa de não irmos ao Manhattan Mall era brincadeira?-sorrindo marota.
Ike-Não. Essa era a parte séria da história.-disfarçando um sorrisinho; abrindo a porta do carro.
Pietra-Estraga prazeres!-mostrando a língua para ele, que ri.
Ike-Você tem alguma ideia do que comprar?
Pietra-...Nada que eu considere um presente em potencial, Isaac. Mas...Eu pensei em irmos pedir algumas dicas para a Linda. O que você acha?
Ike-Ótima ideia, Pietra! Com certeza ela pode nos ajudar.
Pietra-Eu sempre tenho boas ideias, Isaac.-sorrindo convencida.
Ike-Exceto a respeito do Manhattan Mall.-implicando.
Pietra-Foi você quem deu a ideia de irmos para lá; esqueceu?
Ike-Mas foi você quem pensou em mudar o foco da nossa ida até lá.
Pietra-Não pensei em mudar, Isaac...só dar uma desviada.-eles riem.

      Quando Isaac pensa em se aproximar da porta do carro para abrir a porta para que Pietra entrasse, esta se adianta e o faz sozinha. Isaac balança a cabeça sorrindo, conseguindo apenas fechar a porta após ela já ter entrado. Ele dá a volta por fora do veículo e entra, sentando ao volante. Os dois seguem para a cafeteria onde Linda trabalhava.





* * *






      Após ter passado em casa para se arrumar, Zac segue para seu primeiro dia de trabalho na “A & S comunicações”, uma grande empresa de telecomunicação bastante conceituada em Nova Iorque.
Zac trabalharia como estagiário no setor administrativo, assim como Victor já fazia.
    Assim que se vê diante do imponente edifício que servia de sede para a empresa, Zac se sente bastante intimidado. Ele estava nervoso, não podia negar, mas logo se lembra das palavras de conforto e incentivo da namorada e procura ficar um pouco mais calmo.
    Ele para na escadaria da entrada do prédio por alguns segundos a fim de respirar fundo e seguir em frente, quando ouve alguém chamar seu nome:

-Zac.-ele olha para trás e vê Victor subindo as escadas rapidamente para alcançá-lo. Zac abre um largo sorriso, sentindo-se aliviado por ver o amigo ali-Chegou cedo, hein, cara!-o cumprimentando com um abraço fraternal.

Zac-Imagina se eu tivesse vindo na hora em que a Lara queria: eu teria dormido aqui em frente.-exagera; rindo. Victor também ri.
Victor-Ah! Vocês estavam juntos! Está explicado o motivo da sua ausência na faculdade hoje.-sorrindo.
Zac-Eu precisava dela para não surtar hoje.-também sorrindo.
Victor-Surtar?-enrugando a testa.
Zac-Eu estou uma pilha de nervos, Victor. Tentei me convencer que não, disfarçar, não ficar ansioso...mas isso só funciona quando eu estou com ela.
Victor-Relaxa, Zac. Não precisa ficar nervoso, cara.-batendo fraternalmente no braço dele-Eu pensei em combinar com você para virmos juntos para cá, mas você não foi à faculdade e eu não consegui falar com você pelo seu celular...
Zac-Desliguei quando fui até a casa da Lara, Victor. Só liguei quando a deixei na biblioteca.-sorrindo.
Victor-Bem pensado. Celulares são dispensáveis quando estamos com alguém especial. Eu também costumava desligar o meu quando estava com a Linda...-melancólico.
Zac-...Que bom ter te encontrado aqui, Victor!-mudando de assunto-Eu não conheço nada na empresa...provavelmente me perderia.-Victor sorri.
Victor-Vamos lá, Zac. Você vai ver como vai gostar. Todo mundo no nosso setor é legal...estão sempre dispostos a ajudar.
Zac-Valeu pela força, cara.- grato-E valeu pelo emprego também. Eu sei que seu pai me aceitou porque você me recomendou...
Victor-Não, Zac. Ele aceitou você porque percebeu que você merecia a oportunidade. Você conseguiu por seus méritos.-pondo a mão sobre um dos ombros dele. Zac sorri.

       Os dois continuam a subir as escadas até finalmente adentrarem o prédio da empresa.
     Victor decide levar Zac para uma espécie de “tour” pelo local, mostrando para ele os andares e setores fundamentais da companhia e o apresentando para as pessoas por quem passavam. Por fim, eles se dirigem até o andar do setor administrativo onde Zac deveria conhecer a sala na qual trabalharia.

Zac-As pessoas aqui são realmente muito simpáticas, Victor.-entrando na sala, sorrindo; estava se sentindo um pouco mais à vontade.
Victor-Eu te falei, Zac. Em pouco tempo você estará enturmado. Bem, esta aqui é a sua sala.

       Zac passa os olhos pelo local impressionado com a decoração do ambiente. Era uma sala não muito grande, mas bastante aconchegante e com uma vista incrível da Wall Street
Na sala havia dois grandes birôs com um computador e dois telefones em cada um deles; armários de arquivos dispostos pelo ambiente; quadros, cerificados e prêmios concedidos em homenagem a empresa; armários espaçosos; além de uma estante repleta de livros e alguns objetos de decoração que davam um ar clássico ao local.

Victor-Nesta sala trabalharão você e mais um orientador, Zac. Todo estagiário do setor passa por um período de orientação e supervisão com o senhor Martin. Ele foi meu orientador assim que entrei na empresa. Eu trabalhei nesta sala durante todo o ano passado até o papai decidir que eu não precisava mais de supervisão. O senhor Martin é um excelente orientador...Estranho ele não estar aqui agora...

Zac-Talvez ele não tenha voltado da hora do almoço ainda, Victor. Faltam 15 minutos para o começo do expediente.-consultando seu relógio de pulso.
Victor-É. Nós chegamos cedo.-sorrindo-...Mas eu não estou vendo as coisas dele aqui.-se aproximando do birô do orientador, percebendo que não havia mais nada além do computador, os telefones, um porta-lápis e um peso para papel.

-Claro que não está vendo, Victor, pois esta não é mais a sala dele.-Zac e Victor olham para a direção de onde viera aquela voz, vendo Emily à porta segurando uma caixa de papelão. Ela adentra a sala sorrindo diante da expressão de surpresa dos dois.

Victor-O que você está fazendo aqui, Emily?-seguindo com o olhar, vendo a irmã colocar a tal caixa de papelão sobre a mesa que deveria ser do senhor Martin.
Emily-Como você anda mal informado, maninho.-sorrindo-Assim como o Zac, eu sou a mais nova funcionária da empresa.-olhando para Zac-A partir de hoje, eu trabalho aqui, Victor.
Victor-O quê?-sem acreditar no que ouvia-O papai comentou uma vez que você finalmente havia decidido trabalhar aqui, mas eu não levei a sério...Achei que fosse como das outras vezes que você apenas o iludia a esse respeito e nunca aparecia aqui.
Emily-Mudei de ideia, Victor. Cansei de bancar a filha que não liga para os negócios da família.-sorrindo cínica-Resolvi que estava mais do que na hora de trabalhar aqui. A ideia passou a ficar bem mais interessante...-se aproximando de Zac-Não vai falar comigo, Zac?
Zac-...er...Claro, Emily.-tão surpreso pela presença dela quanto Victor-Tudo bem?
Emily-Melhor agora.-sussurrando sedutoramente enquanto aproximava seu rosto para beijá-lo no canto da boca, o deixando super sem graça.
Victor-Ok. Ok. Você já veio até aqui dar a grande notícia, agora pode ir para o seu andar, Emily, porque que eu saiba estamos no 5º andar, não no 7º, que é onde fica o departamento de publicidade.-se aborrecendo com a irmã por saber quais eram as intenções dela com aquela visitinha à sala de Zac.
Emily-Você não se enganou, Vi, o 7º andar é mesmo destinado ao departamento de publicidade, mas cometeu um terrível engano quando pensou que eu deveria estar lá. Está vendo aquela caixa ali?-apontando para a caixa que pusera sobre um dos birôs-São as minhas coisas. Agora esta também é a minha sala.-com um sorriso vitorioso e ar de superioridade.
Victor-Sua sala? Como assim? E o senhor Martin? Papai sabe disso, Emily?
Emily-Calma. Calma, maninho. Uma pergunta por vez.-cínica-Em primeiro lugar, é claro que o papai sabe que vou ficar nesta sala. Acabei de sair da sala dele.-sorrindo-Sabia que ele até quis brindar com champangne o meu “feliz interesse pelos negócios da família.”Palavras dele. Em segundo lugar, o senhor Martin irá ocupar a sala ao lado que estava desocupada, assim eu poderia vir para cá.
Victor-E por que justamente esta sala, Emily?-indignado-Por que você não ficou na sala desocupada?
Emily-Porque eu quis ficar nesta, Victor.-olhando para Zac-É mais a minha cara.-sorrindo maliciosa.
Victor-Foi esse o argumento que você usou para justificar ao papai o seu interesse pelos negócios da família e por esta sala?-sarcástico.
Emily-Eu não precisei justificar nada. Eu só disse ao papai o que eu queria e pronto. Eu vou fazer meu trabalho na área de publicidade só que neste departamento.
Victor-Ah claro! O seu pedido é sempre uma ordem.-balançando a cabeça com ar de reprovação.
Emily-Exato.-sem ligar para a provocação do irmão.

     Uma senhora aparece à porta atraindo os olhares dos três. Era a senhora Marshall, secretária do pai de Victor e Emily.

-Com licença.

Victor-Pois não, senhora Marshall?-educado.

-O senhor Sanderson deseja ver o senhor Hanson na sala dele.

        Zac fica meio surpreso com aquela convocação à sala do chefe. Ele olha para Victor como se esperasse alguma explicação, mas este estava tão surpreso quanto o amigo.

Victor-Agora?-enrugando a testa.

-Agora.-confirmando.

       Victor lança um olhar tranquilizador para Zac. Embora estranhasse o chamado do pai, pois este não costumava convocar estagiários para uma conversa, muito menos no primeiro dia de trabalho; sabia que Zac não tinha com o quê se preocupar.
Mas apesar do olhar confortante do amigo, Zac não conseguia evitar o nervosismo novamente. Sem nada dizer, ele segue a senhora Marshall e deixa a sala. Emily e Victor ficam sozinhos.
       Imediatamente após ver o amigo cruzar a porta do local e desaparecer, Victor se volta para a irmã, a encarando.

Victor-O que você aprontou desta vez, Emily? Você sabe o que o papai quer conversar com o Zac?-desconfiado.Emily sorri cinicamente.
Emily-Não. Eu não sei.
Victor-Engraçado isso! Você começa a trabalhar hoje; decide ficar justamente nesta sala; acaba de sair da sala do papai, e ele manda chama o Zac...Não sei bem o porquê, mas nada disso parece coincidência.-sarcástico.
Emily-Não estou entendendo aonde você quer chegar, Victor.-virando de costas; caminhando em direção a sua mesa para começar a tirar os objetos contidos na caixa que levara para a sala. Ela sorri abertamente sem que o irmão pudesse ver.
Victor-Tenho certeza que você entendeu, maninha.
Emily-Você não tem o que fazer na sua sala, não?-mudando de assunto; querendo se livrar da presença do irmão. Ela volta a olhá-lo, sorrindo vitoriosa por ver que ele consultava o relógio de pulso.
Victor-...-contrariado, pois teria mesmo que ir para sua sala para começar o expediente. Ao contrário de Emily, que se aproveitava do fato de ser filha do dono da empresa para ter seus caprichos atendidos, Victor era muito profissional: se comportava como qualquer outro funcionário e trabalhava bastante.
Emily-Pode ir sossegado, Vi, eu tomo conta do Zac.-piscando o olho para ele, sorrindo para provocá-lo. Ele balança a cabeça.
Victor-Olha lá, hein, Emily! Eu estou de olho em você.
Emily-Tchau, Victor.-ignorando o que ele dissera. Victor respira fundo e sai da sala. Emily sorri-“Eu estou de olho em você.”-imitando o modo paternal com o qual ele falara, rindo logo em seguida-Até com os olhos bem abertos você não consegue enxergar nada, Victor. Absolutamente nada, maninho.-voltando a tirar os objetos de dentro da caixa e os ajeitando sobre sua mesa, cantarolando.




* * *




      Taylor e Mariana caminhavam pelo Central Park. Lado a lado, os dois conversavam timidamente; assim como em todo o caminho da escola de arte até lá. Uma conversa às vezes seguida por vários longos minutos de silêncio, mas mesmo o silêncio soava agradável quando eles se olhavam e sorriam um para o outro: estavam felizes por ter feito as pazes novamente.

Mari-Eu ainda não acredito que nós estamos matando a primeira aula de fotografia.-sorrindo, quebrando mais um dos momentos de silêncio daquele dia.
Tay-Estou começando a achar que você é má influência para um garoto como eu.-zoando. Mariana ri.
Mari-Ah claro!-irônica-Se você quiser, pode me excluir do seu círculo de amizades. Eu vou entender.-brinca.
Tay-Acho que podemos continuar sendo amigos; eu não sou do tipo influenciável.-eles riem.

      Mariana balançava um pouco os braços enquanto andava. Por estar muito perto de Taylor, acaba tocando a mão dele com a sua. O breve riso cessa. Eles se olham. 
Mariana fica extremamente sem graça. Era estranho, mas qualquer simples contato com Taylor a fazia ficar daquela maneira.

Mari-...Desculpa.-com um sorrisinho amarelo.
Tay-Você só pegou na minha mão, Mariana, não precisa ficar vermelha.-sorrindo.
Mari-...Eu estou vermelha?-ainda mais sem graça. Por um momento seu coração dispara...Ela não conseguia entender o porquê daquela reação, mas tinha certeza de que não queria que Taylor tivesse percebido como ela ficara desconcertada por algo tão banal.
Tay-Está sim.-sorrindo maroto.
Mari-...er...Deve ser a convivência com a Lara.-brinca.
Tay-Mas a Lara ficaria vermelha se tocasse uma das minhas mãos?-a encarando. Mariana entreabre a boca como se quisesse respondê-lo, mas o peso do olhar dele sobre os dela a faz desviar o rosto.
Mari-Olha! Tulipas! A Larinha adora tulipas!-aproveitando o fato de estarem passando por um área florida para inventar um assunto qualquer para mudar o foco da conversa-As flores estão caindo. Vou pegar uma para levar para ela.-se afastando dele, seguindo em direção aos inúmeros tipos de flores e arbustos que formavam um encantador corredor naquela parte do parque. Taylor a observa se ajoelhar na grama próxima às flores. Ele vai até Mariana e se ajoelha ao seu lado.
Tay-Quer ajuda, camponesa?-fofo; passando as mãos pelo tapete de flores e folhas que se formara sobre boa parte da grama.
Mari-Não. Já peguei uma para a Larita.-levantando-A camponesa agradece.-sorrindo. Ele também sorri, levantando com uma florzinha de hortência em mãos.
Tay-Já que você vai dar a sua flor para a Lara, eu te dou a minha.-estendendo a flor para ela com um sorriso terno. Mariana olha para a flor, logo depois olhando para ele.
Mari-...Obrigada, Taylor.-também sorrindo; tocada pela atitude dele. Os dois ficam se olhando por alguns segundos até que Mariana quebra o gelo-...er...Vou pôr no meu cabelo.-o fazendo com um sorriso tímido-Que tal?-fazendo caras e bocas, brincando.
Tay-Linda como sempre.-não contendo o elogio. Ela o encara. Taylor fica um tanto sem jeito por ter sido tão enfático no que dissera-...Uma foto seria legal agora...-tentando emendar um novo comentário para apagar o efeito do primeiro-...afinal, dentro de alguns dias as flores não estarão mais aqui.
Mari-Você está mesmo empolgado por fotografia; não é?-sorrindo.
Tay-Eu sou um exímio fotógrafo, Mariana.-maroto.
Mari-Ah é, senhor Taylor?-cruzando os braços, sorrindo-Então por que um “exímio fotógrafo” se matriculou em um curso de fotografia?
Tay-Eu quis ajudar você, dar apoio moral...-sorrindo safado. Mari ri.
Mari-Convencido!-ele também ri.
Tay-Se eu pudesse calcular quantas vezes você já me chamou de convencido desde que nos conhecemos, acho que encontraria um número com mais de dois dígitos.-exagera.
Mari-Ué, há alguns minutos atrás, lá em frente a escola de artes, você disse que poderia citar cada palavra de tudo o que eu já falei pra você...Quis apenas me impressionar; foi?-sorrindo.
Tay-Eu disse que poderia citá-las, Mariana, mas contabilizar as repetições delas é um pouco mais complexo.-maroto-Quanto a querer te impressionar...Essa não foi bem a minha intenção, mas...Eu te impressionei?-com um sorrisinho no canto da boca.
Mari-Claro que não! Até parece que eu caí nisso.-com um sorriso desafiador-Você não provou o que disse.
Tay-Ah você quer uma prova?-sorrindo-Bem...-brinca fazendo uma expressão pensativa-Você já me chamou mil vezes de convencido, chato, idiota...-ela o interrompe:
Mari-Isso não vale, Taylor!-rindo-Estamos em um momento de paz: você tem que lembrar das coisas legais que eu já te disse.
Tay-Hum...assim fica mais difícil, Mariana.-implicante.
Mari-Também não é assim, Taylor!-ficando um pouco sem graça. Ele ri.
Tay-...Não. Não vou dizer isso.-finge pensar alto; sorrindo safado.
Mari-Dizer o quê?
Tay-...Vou pensar em outra frase sua, Mariana.-cínico; querendo deixá-la curiosa.
Mari-Não. Fala o que você pensou em falar antes.
Tay-...-fazendo suspense.
Mari-Fala, Taylor!-rindo.
Tay-Curiosa!
Mari-Sou mesmo. Fala.
Tay-...Você disse que a minha boca é linda.-sorrindo. Mariana ri.
Mari-Eu nunca disse isso, Taylor!
Tay-Claro que disse. Eu lembro como se fosse hoje.-ainda sorrindo.
Mari-Engraçado! Se fui eu quem disse, eu deveria lembrar; não?-sem acreditar.
Tay-Você falou isso enquanto eu deitava você na sua cama depois de você ter bebido demais na exposição e eu ter te levado para sua casa.
Mari-...Eu disse isso?-desconfiada e surpresa.
Tay-Com todas as palavras.-com carinha travessa ao perceber que a deixara intrigada já que ela não lembrava de quase nada daquela noite.
Mari-Nem bêbada eu diria isso!-incrédula.
Tay-Você se surpreenderia com as coisas que faz quando bebe.-sorrindo misterioso.
Mari-Ai, Taylor, não tem graça! Eu não lembro!...É sério?
Tay-Você vai ter que acreditar em mim, Mariana.-com ar vitorioso.
Mari-Isso não vale! Você tem que falar algo que eu lembre.
Tay-Você disse pra eu falar uma coisa boa que você já me disse...lembrei disso.
Mari-Não é tão difícil assim lembrar de algo bom que eu já tenha dito para você, Taylor.
Tay-É...até que não é difícil mesmo já que você é...digamos...instável.-provocando.
Mari-Você vai ver quem é instável, Taylor Hanson!-apanhando algumas flores e folhas do chão e jogando sobre a cabeça dele; rindo. Taylor desvia a cabeça a impedindo de sujá-lo.
Tay-Instável e sem pontaria.-implicando; abaixando para pegar folhas e flores também.
Mari-Não! Não!-rindo; também pegando mais folhas para jogar nele.

      Os dois iniciam uma guerrinha. Um corria atrás do outro para jogar as folhas; pareciam duas crianças brincando. 
     Taylor se escondia atrás das árvores, mas Mariana sempre conseguia acertá-lo quando este inclinava a cabeça para observá-la. Ambos riam animadamente durante aquela perseguiçãozinha. Até que se cansam e decidem dar uma trégua, deitando sobre a grama, próximos a um lindo lago onde algumas pessoas faziam passeios em pequenos barquinhos a remo.

Tay-Você corre bastante, hein!-deitando ao lado dela; sorrindo.
Mari-Eu sempre brincava de guerra de folhas com meu pai no outono. Treinei bastante!-rindo; virando o rosto para olhá-lo-Era o nosso passatempo nas tardes de outono. Ele ia me buscar na aula de piano e nós vínhamos para cá comer cachorro-quente e brincar...-sorrindo com certa melancolia-Ele sempre me deixava pegá-lo. Às vezes ele parava de correr quando ficava longe só para que eu o alcançasse e jogasse as folhas sobre ele...-ela emudece; suspirando e voltando a olhar para o céu.
Tay-...-percebendo que ela ficara meio triste-Você toca piano?-mudando de assunto.
Mari-Eu não me atreveria a dizer que sim.-brinca.
Tay-Por que não?-sorrindo.
Mari-Eu tive aulas dos 8 aos 11 anos de idade. Eu costumava tocar para o meu pai...Ele sempre foi fascinado pelo som do piano...-sorrindo-Mas faz tempo que eu não sento em frente a um piano. Acho que não pratico desde quando os meus pais...
Tay-Eu também tive aulas de piano quando era criança. Minha mãe me ensinou as notas básicas e depois eu frequentei uma escola de música em Tulsa.-voltando a tentar descontrair a conversa. Mariana sorri com doçura ao perceber o que ele estava fazendo-Eu sou apaixonado por música desde que me conheço por gente...-ela o interrompe:
Mari-Não precisa mudar de assunto, Taylor.-p olhando.
Tay-...-sem graça por ela ter percebido-Desculpa. Eu só não queria que você ficasse triste...
Mari-Eu sei.-aproximando o rosto para beijá-lo no rosto-Obrigada.-ele sorri-Obrigada por se preocupar...Eu fico um pouco triste quando penso na morte dos meus pais, mas às vezes eu até acho bom falar a respeito já que eu não costumo conversar sobre isso com ninguém...Na maioria das vezes, a saudade chega a me sufocar e eu sinto como se eu precisasse desabafar para que o ar possa voltar aos meus pulmões...
Tay-Então por que você não desabafa com alguém quando se sente assim?
Mari-...Porque eu não quero que as pessoas tenham pena de mim, Taylor.
Tay-Por isso você se finge de forte quando o que mais quer é ter o direito de se mostrar frágil e com medo? Você acha que as pessoas têm pena de você? Eu não chamaria de pena o que uma garota madura e responsável, mas também sensível e assustada com as mudanças da vida e com o peso de tanta responsabilidade, desperta nas pessoas. Você é humana. Não tem que se sentir na obrigação de ser forte o tempo todo. E as pessoas não sentem pena de você, Mariana, elas te admiram pela coragem e pela garra que você tem.
Mari-É assim que você me vê?
Tay-Eu até acrescentaria mais alguns adjetivos legais à lista, mas isso só depois que os adjetivos que você usa comigo também melhorarem.-brinca. Ela ri.
Mari-Vou te eleger o meu terapeuta oficial.-também brincando.
Tay-Se você se sentir à vontade para desabafar comigo...estarei sempre às ordens.-fofo.
Mari-É estranho mas...eu me sinto confortável conversando com você.-ele sorri.
Tay-Então eu aceito o cargo de terapeuta. Mas ó, tem que cumprir com as minhas recomendações.
Mari-Ih, estou vendo que vou te demitir logo no seu primeiro dia de trabalho.-eles riem-Ai estou com fome! Você não está, Taylor? Acho melhor eu ir para casa...quero almoçar antes de ir para biblioteca. Aliás, que horas são?-olhando para seu relógio de pulso enquanto se sentava-Ai meu Deus! Uma e meia!-surpresa-Eu não acredito! Vou acabar chegando atrasada na biblioteca se eu não me apressar!-levantando rapidamente-Tenho que ir para lá agora.
Tay-Você não vai almoçar?-pondo-se de pé também.
Mari-Não vai dar tempo, Taylor!
Tay-Mas você disse que está com fome...-preocupado.
Mari-Eu como um cachorro-quente antes de sair daqui.-pronta para se despedir dele-Obrigada pelo passeio...-ele a interrompe:
Tay-Ei! Por que você está se despedindo de mim?-enrugando a testa.
Mari-Ué, eu tenho que ir embora, Taylor. Se eu perder o metrô, vou me atrasar muito para o trabalho.
Tay-E quem disse que você vai de metrô? Eu vou te levar até a biblioteca.
Mari-Não, Taylor, não precisa...
Tay-Vai fazer cerimônia agora que somos amigos de novo? Amigos ajudam uns aos outros, Mariana. Você vai se atrasar; eu estou de carro...não faz sentido você recusar.
Mari-...Você não tem que dar aula de monitoria agora?
Tay-Não.
Mari-Não tem mais nada pra fazer?
Tay-Tenho: levar você para a biblioteca.-sorrindo.Mariana também sorri. Os dois vão caminhando em direção a entrada do parque.
Mari-Tá bom. Você me convenceu. Mas só aceito porque se não vou chegar atrasada.
Tay-Muito obrigado por gostar tanto assim de mim.-irônico-Fiquei ofendido agora, Mariana.-fazendo carinha de menininho perdido. Ela ri.
Mari-Não deveria. Você é uma ótima companhia, Taylor. Eu só disse aquilo porque não quero te dar trabalho...
Tay-E quem disse que eu vou fazer isso de graça? Um dia você ainda vai me dar carona também.-sorrindo maroto.
Mari-Engraçadinho!-irônica-Você sabe que eu não dirijo mais.
Tay-Eu sei. Essa é uma das coisas que você me disse e eu nunca esqueci.
Mari-Então?
Tay-Mas eu também não esqueci que eu falei pra você que um dia ainda vou te ver dirigindo.-sorrindo.
Mari-Assim como com o piano, eu perdi a prática com a direção, Taylor. Além disso, não tenho mais coragem de dirigir...desenvolvi uma espécie de pânico; sabe?
Tay-Eu sou seu terapeuta; vou te ajudar nisso.
Mari-Está demitido.-brinca; rindo.
Tay-Você não pode me demitir.
Mari-Por que não?
Tay-Porque não.
Mari-Ótimo argumento.-irônica; rindo.

   Os dois vão caminhando pelo parque em direção ao local onde Taylor deixara seu carro. Nisto, passam por um vendedor de cachorro-quente e Taylor compra dois, mesmo após Mariana tentar fazê-lo desistir da ideia pois estava preocupada com o tempo.

Tay-Calma, Mariana. Vai dar tempo. Não se preocupa.-entregando o sanduíche para ela; sorrindo ao vê-la balançando a cabeça com ar de reprovação quando ele se aproxima.
Mari-A gente pode comer enquanto caminha?-recebendo o cachorro-quente.
Tay-Pode.-rindo do jeitinho apressado dela. Eles voltam a caminhar-Não precisa de tanta pressa, a biblioteca nem é tão longe. E se antes você ia comer o cachorro-quente quando pensava em ir para o trabalho de metrô, por que não daria tempo comer agora que você vai de carro?
Mari-Eu não ia comer. Eu estava te enganando.-mordendo o sanduíche.
Tay-...-fingindo indignação. Ela ri.
Mari-Agora sei como o Peter se sente quando ele está atrasado para algum compromisso e eu o faço comer antes de sair mesmo quando ele diz que não pode ficar.-Tay sorri. Mariana ri ao ver que ele sujara uma das mãos com catchup-Você é desengonçado até para comer cachorro-quente, Taylor!-zoando; limpando delicadamente o canto da boca dele que também estava sujo de catchup.
Tay-Obrigado.-sorrindo.
Mari-De nada.-também sorrindo. Ela dá outra mordida em seu cachorro-quente.
Tay-Você também se sujou, Mariana.-maroto.
Mari-Eu? Onde?-passando uma das mãos em torno dos lábios.
Tay-Aqui, ó.-tocando seu dedo indicador sujo de catchup na ponta do nariz dela; rindo.
Tay-Desculpa. Foi sem querer.-sorrindo cínico.
Mari-Sei.-irônica; sorrindo.





* * *




Pietra-Que falta de sorte a Lili não estar na cafeteria, Isaac.-lamenta; caminhando com ele até a entrada do Central Park para pegar o carro que Isaac havia estacionado lá perto-Se nós tivéssemos chegado lá uns 5 minutos antes, ela ainda não teria saído para almoçar.
Ike-Não tem problema, Pietra. Eu conto com a sua criatividade para escolher o presente.-sorrindo.
Pietra-Mas faz tempo que não compro presente para criança. Não tenho muitas ideias agora...
Ike-Uma criança sempre sabe o que outra gostaria de ganhar, Pietra.-implicando.
Pietra-Há. Há. Há. É verdade. Eu havia esquecido disso.-irônica; olhando feio para ele-Tomara que no dia do meu aniversário ela me dê um Tom Welling de presente.
Ike-Eu vou te dar um quebra-cabeças da Barbie.-zoando.
Pietra-E eu vou quebrar a sua cabeça com ele.-sorrindo sarcástica. Isaac ri.
Ike-O que você acha de nós almoçarmos primeiro e depois decidirmos por onde começar a nossa procura pelos presentes da Sabrina?
Pietra-O que você acha de decidirmos logo que vamos para o Manhattan Mall?-sorrindo maroto.
Ike-Manhattan Mall não é uma opção, Pietra, é proibição.
Pietra-Por favor, por favor, por favor, por favor, por favor, por favor...-suplicando de modo pueril. Ele deixa escapar um sorriso.
Ike-...Tá bom. Tá bom. Você venceu.
Pietra-Êêêê!-o abraçando num impulso.

     Isaac se surpreende com aquele abraço, mas logo sorri ao senti-la em suas braços. Ele fecha os olhos e aspira o perfume que ela exalava.
      Isaac sente uma imensa vontade de ficar ali abraçada a ela por muito tempo. Mas tão logo essa vontade lhe invade o corpo, ele rapidamente tenta expulsá-la de si, abrindo os olhos pronto para pôr fim ao abraço. É quando ele vê Taylor e Mariana parados próximos a eles, observando aquela cena.



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24 comentários:

Anônimo disse...

A cada dia fico maispelo Tay... Ele tá me fazendo até gostar da Mariana (e olha que eu não gostava nada, nada dela antes). Será que realmente existe homem assim no mundo?? Se existir, quero um pra mim!!!
Mas eles tinham que se encontrar com Ike e Pi no fim do capítulo??? Vai estragar a felicidade da Pietra (gosto tanto dela!!)

O Zac é outro fofo!! Adoro as cenas dele e da Lara! Mas que mala sem alça essa Emilly, até na empresa vai encher o saco do Zac!! Tomara q ela seja desmascarada logo!!

Por falar em desmascarar a Emilly, senti falta de cenas do Victor e da Linda... adoro os dois, tenho muita peninha deles (mais dele do que dela, pois ela ainda não descobriu a verdade porque é burra... ai que ódio de mulher assim!!). Mas quero essa reconciliação logo!!!!


Agora... o meu casal preferido!!! Muito lindos eles juntos né??!! A Pi é demais, sou fã dela (será q é pq somos um pouco parecidas??). Tomara q o Ike se dê conta logo de que ama a Pi e eles vivam esse romance!!!

Quero muuuuuuuuuuito romance!!!!
Bjim e atualiza logo!!!!!

Anônimo disse...

otimo o cap!!!!!
to louca para saber oq vai acontecer!!!( sem criatividade para comentarios)

bjs

Anônimo disse...

ameeeiiii o cap :D:D

eu adoro o tay.... é tao fofo :D e, como a carmem disse, por causa dele comecei a gostar da mariana.... tao lindos os dois juntos :)) ah, eu tb queria um tay para mim...

o casal mais lindo ainda é o zac/lara sao mesmo queridos...adoro ler cenas deles :)

agora, um pedido, o ike e a pietra juntinhos pf!! eu gostei deles se darem bem, mas eu queria mesmo era eles juntinhos :)

quero ver como vai continuar esta cena :S

bjinhus e ve se atualiza logo

p.s. e voltando a pensar como a carmem "Quero muuuuuuuuuuito romance!!!!
"

Lara Castro disse...

eeeeee!Que bom que vocês gostaram do capítulo!\o/
próximo cap. não se preocupe, carmencita, tem Victor e Linda também hahah
Babi, pode deixar que vc vai ver mto romance ainda kkkkk e quanto ao ike e a pi juntos...aguardem as surpresas dos próximos capítulos lol
*to malvada, né?Só no suspense!haha*
bjsssssss

Anônimo disse...

Malvada mesmo!!! Me faz esperar um tempão e ainda fica fazendo charminho!! :P
Quero ler logo esse próximo capítulo!! Quero romance!!! Quero Ike e Pi!! Quero Victor e Linda!!! Quero fogueira para a Emilly!!!

Hihihihihi....
Bjim!

Anônimo disse...

Cap�tulo transit�rio, n� Preparando o terreno para acontecimentos que devem abalar a trama, rs.

Anônimo disse...

Laaaara!
quanto tempo você não atualizava a fic :O
adorei o capítulo, como sempre...
que fofo a Mari e o Tay! *-*
ve se não demora pra atualizar o próximo

beeijo :*

Lara Castro disse...

vou demorar não, florzinha
pode deixar!
q bom q vc gostou!Fico mtoooo feliz!\o/

Anônimo disse...

Ahh muito bom, caraa! só falando assim hauhauhauahuhaa .. putz agora só semana que veem )''

gentee o taay é a coisa mais linda e fofa que eu jáa vi, a mari tava esnobando muito ele no começo, ate que enfim elaa se deu conta hauahauahu se nao quer manda de presente pra mim pô!

Laraa minha lindaa ameeii, vc se supera em cada capitulo! Beijaao

Lara Castro disse...

owww obrigada, Gabi!!!
Amei seu comment aqui ;)
Semana que vem tá chegando, flor. hahah Vc vai ver que daqui a pouco tem cap. novo. ;)

Beijãoooooo
=***

Anônimo disse...

começei ler hj a fanfic, muito boa =)
vou te linkar no meu site posso???
bejinho

Lara Castro disse...

Oi, Roberta!!
Que bom que vc está gostando da fic!Claro que você pode linkar sim.Agradeço até!
Beijão
=***
Lara

Anônimo disse...

ATUALIZAÇÃO... ATUALIZAÇÃO... ATUALIZAÇÃ???!!!

Anônimo disse...

quero ACTUALIZAÇÃO por favor :)

Lara Castro disse...

Vou atualizar amanhã, flor

Ainda estou terminando de digitar.Amanhã à noite cap. novo no ar ;)

Lara Castro disse...

to ainda digitando, meninas.faltam algumas folhas, mas estou tentando ser mais rápida p/ terminar ainda hoje.Espero que dê.

Anônimo disse...

:( =o :( ???

Anônimo disse...

não há actualização?

Lara Castro disse...

Oi meninas!!Não atualizei hj, mas foi por uma boa causa!!!Resolvi atualizar 2 capítulos de uma vez!!
Eu peguei 2 caps e transformei em um só...e tá enorme, por isso não terminei de digitar ainda!
Bjinhos

Anônimo disse...

Já li e ameiiiiiii...e como sempre, lara termina com cenas bombásticas!kkkkk

Anônimo disse...

:P pra você, Lissa!!! Por ficar fazendo inveja pra gente!!!
Mas e aí, é pra quando mais ou menos??? Já estamos loucas de curiosidade!!

Bjim

Lara Castro disse...

carmencita, no máximo amanhã.Estou aqui com o pulso doendoo já, mas amanhã sem falta.To digitando com força total!!
Vcs vão gostar do cap; tá grandãoo e tem coisas mtoo importantes.
=***

Lara Castro disse...

to qse qse lá.faltam 5 folhas agora eeeeee
já digitei 10!\o/
deixa eu continuar.mais tarde eu atualizo ;)assim que eu terminar, atualizo na hora

Anônimo disse...

falta muito?