Capitulo 43

Oi, flores!!!!!!!!!!
Tudo bem com vocês?Espero que sim!
Bem, eu sei que era p/ eu ter atualizado ontem como prometi, mas deixa eu explicar: fizemos uma festinha surpresa pra Lia e cheguei tarde em casa, então não deu tempo de digitar tudo.Mas aqui estou eu, cumprindo o que prometi.Um pouco atrasada, mas o que vale é cumprir, não? hahaha Espero ter ouvido vários "sim". ;)
Ahh quanto ao niver da Sam e do Tay, vou ter que desapontá-las, mas não vou poder dar esse presentinho: tenho prova-bomba dia 15, por isto estou aqui na net só pra cumprir o que prometi e finalmente colocar a cara nos livros, porque senão vou me afundar =/ Infelizmente a profa vai fazer 4 provas e escolher 3 para somar, dividir e tirar a média, ou seja, meu 8.2 não vai valer de nada se eu bombar na prova de quinta, que vai estar mil vezes pior do que a outra =~~~
Mas eu irei recompensá-las, prometoooooooo!!!!
Espero que vocês gostem do capítulo.
Quero só dizer que estou AMANDOOOO de paixão os comments de vocês, e é por isso que estou atualizando hoje.Vocês merecem pela força que me dão!
Ahhh e só para lembrar: quem tiver orkut e quiser entrar na comu de FIL é só entrar aqui: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm
E só mais dois recadinhos: está tendo um concurso de fics em um fotolog , então quem quiser votar em fil em alguma das categorias, é só entrar aqui : http://www.flogao.com.br/hitzfanfictions/foto/123/87661314

E além do concurso aí de cima, FIL está participando de outro concurso, organizado pelo site "Hanson Stories Fiction".Quem quiser dar uma forcinha pra fic e achar que ela merece alguma indicação, dá uma passadinha lá. ;)
http://paginas.terra.com.br/lazer/hansonstoriesfiction/index2.htm
Ahhhhhh, e eu estou terminando o blog de in the city, que a dona Sam danadinha já descobriu o endereço hahahah
Agora vou acabar com os recados e deixar vocês irem direto ao que interessa: o capitulo.
Mil beijossssss
Boa leitura!
Até a próxima atualização.
LIETZ, PARABÉNS!!!!!!!
Lara

P.S. Eu aviso para algumas pessoas qdo atualizo a ff, flores, então quem quiser é só deixar um recadinho aqui com o e-mail que eu passo a avisar também, ok?
=************

Cap. 43

         Quando vê Isaac abrir a porta, Pietra parece se surpreender como se tivesse esquecido que ele morava naquele apartamento.

Pietra-Isaac?-deixando escapar uma pequena manifestação de sua surpresa ao vê-lo. Ele sorri ao ver a expressão dela.

Ike-Acho que essa cara de surpresa ficaria melhor em mim; não?

Pietra-...Eu não fiquei surpresa...afinal de contas, você mora aqui.-com um sorriso amarelo-Eu só não achei que você abriria a porta.-tentando se recompôr.

Ike-Como você mesma disse, eu moro aqui. A probabilidade de que eu abra essa porta é bem maior do que a probabilidade de que eu encontre você atrás dela.

Pietra-É...Talvez eu não seja muito boa em probabilidade.

Ike-Não. O problema é que você faz os cálculos se baseando no resultado que você quer encontrar.-a encarando.

Pietra-E sempre acabo encontrando o que não quero.

Ike-Eu, por exemplo; não é?-num tom ressentido.

Pietra-Nós temos mesmo que continuar essa conversa?-deixando claro que sua resposta não o agradaria.

Ike-É confortável para você parar por aqui?-sarcástico.

Pietra-A probabilidade de nós dizermos coisas desagradáveis um para o outro aqui mesmo à porta do seu apartamento é bem grande, Isaac.

Ike-Quer entrar pra me xingar mais à vontade?-sorrindo debochado. Ela o olha com ar de reprovação.

Pietra-Não foi pra isso que eu vim aqui. Fica para outra vez.-sarcástica.

Ike-Posso saber pelo menos que bons ventos te trouxeram até aqui?

Pietra-Um vento loiro, de olhos azuis e com uma barriguinha sarada que é de subir pressão. Conhece?-sorrindo marota.

Ike-Com essas características que você descreveu, não.-sonso.

Pietra-Já que você é meio cego, é melhor que eu procure sozinha.-entrando no apartamento, deixando-o para trás. Ela tencionava encaminhar-se para o quarto de Taylor.

Ike-Vai procurar e não vai encontrar.-fechando a porta, passando a olhá-la.

Pietra-Ok. Esquece a barriguinha sarada se te incomoda tanto. Onde está o Tay?-achando que Isaac ainda estava brincando de não conhecer a pessoa que ela descrevera por causa das características que ela usara para fazer a descrição.

Ike-O Tay não está em casa.

Pietra-Eu não caio nessa brincadeira, Isaac.-sorrindo.

Ike-Por que você acha que eu estou brincando?

Pietra-...E não está?-desconfiada.

Ike-Não. O Tay saiu. Foi para uma exposição de fotos com a Mari.

Pietra-Mari? A sua namorada?

Ike-É. Ela mesma. Eu não pude ir com ela, então pedi que o Tay fosse no meu lugar.

Pietra-Eu posso saber por que você não pôde acompanhá-la?-curiosa.

Ike-Se a voz rouca e nasal não é o suficiente pra você perceber que eu estou doente, você deveria ter chegado um pouco mais cedo quando uma febre de 39 graus fazia meu resfriado mais concreto.

Pietra-Você estava com febre?

Ike-Pra você ver o que fez comigo. Você é chave de cadeia, garota.-brincando.

Pietra-Eu? Que culpa tenho eu?

Ike-Foi por sua culpa que eu tomei banho de chuva ontem.

Pietra-Você está querendo dizer que eu sou a culpada por você estar doente?

Ike-Parcialmente culpada, porque eu já estava um pouco resfriado antes disso.-sorrindo maroto.

Pietra-Vai me culpar também pelos ataques ao World Trade Center?-sorrindo sarcástica.

Ike-Não. Mas só porque você não morava em Nova Iorque ainda naquela época.-implicando.

Pietra-Seu sem graça!-com um sorrisinho no canto da boca. Isaac sorri. Pietra abre um pouco mais o sorriso ao vê-lo sorrir para ela. Mas ao perceber que deixara transparecer o sorriso, ela volta a ficar séria-...Bem, já que o Tay não está, eu vou embora...-dando alguns passos para frente para voltar a se aproximar da porta. Isaac põe-se no meio.

Ike-Não pode mais ficar no mesmo m² que eu?-a encarando.

Pietra-...A sua mãe já está dormindo?-desconversando sem nem ao menos olhar para ele-Fala para ela que eu mandei um beijo. Ah! E que a tia Meg falou que amanhã vem visitá-la.

Ike-Minha mãe saiu, Pietra. Saiu com o casal. Eu estou sozinho em casa. Você não teve sorte ao colocá-la na conversa para fugir do que eu te perguntei.

Pietra-A questão aqui não é sorte, porque se você tivesse um pouquinho de semancol, diria “Pode deixar; eu darei os recados” e a conversa acabaria por aqui com apenas uma simples despedida.-sorrindo sarcástica.

Ike-Você ainda está com raiva de mim; não é?

Pietra-Por que começar esse assunto se você sabe que nós vamos acabar brigando, Isaac?

Ike-Você vai acabar brigando comigo.-corrigindo.

Pietra-Que seja! Quem briga com quem não é relevante agora. O que eu não quero é ter esse tipo de conversa com você...

Ike-Por que não?-insistente.

Pietra-Porque não.-tentando furar o bloqueio que ele fazia com o corpo em frente à porta. Isaac abraça a cintura dela, impedindo que ela continuasse sua tentativa de fuga.

Ike-Me ajuda a te entender, Pietra.-olhando-a nos olhos.

Pietra-Você não conseguiria.-quase num sussurro, mexida por estar tão próxima a ele.

Ike-Com a sua ajuda, conseguiria sim.

Pietra-Talvez eu não seja tão complicada assim, Isaac.-soltando-se dele.

Ike-Pode ser. Mas você tenta complicar as coisas pra mim. Eu mentiria se dissesse que não gosto do seu jeito imprevisível, do fato de você ter sempre uma resposta pra tudo...mas ao mesmo tempo, eu me sinto frustrado por não conseguir te decifrar...decifrar esse complicado mas fascinante enigma que é você.

Pietra-Se é tão fascinante assim, por que tentar desvendar?

Ike-Não sei...Sinceramente, não sei, Pietra.

Pietra-Mas eu sei. Eu sou um quebra-cabeça bobo que você quer montar pra se sentir espero, Isaac; um joguinho infantil do qual você riria assim que conseguisse entender como funciona.

Ike-Não. Eu não riria de você.

Pietra-É melhor eu ir embora...-querendo parar aquela conversa por ali.

Ike-Do que você tem tanto medo?

“Eu tenho medo que os seus olhos continuem me dizendo que eles podem, sim, procurar nos meus o que eles querem encontrar. Tenho medo quando me sinto completamente despida diante de você...Não como hoje de manhã, mas pior ainda: despida do manto protetor com o qual eu achei que pudesse esconder o que todo o meu corpo tenta dizer...dizer pra você.”-ela pensa, baixando os olhos.

Pietra-...Não é medo, Isaac. Eu só não acho que eu seja tão previsível como você pensa que eu sou. Pelo contrário, eu me acho previsível até demais!-forçando um sorriso.

Ike-Você previsível?-sorrindo ironicamente-Então me explica por que uma hora estamos conversando amigavelmente, brincando um com o outro, e de repente a coisa muda de figura e você fica com raiva, briga, grita, chora...?

Pietra-Você me provoca, Isaac; e você sabe muito bem disso. Estas são as minhas reações, mais do que previsíveis, diga-se de passagem, às suas provocações.

Ike-Não. Quando eu provoco você, as suas reações são diferentes. São imprevisíveis, mas ao mesmo tempo são engraçadas...Você brinca de ficar com raiva de mim.-sorrindo-Só que eu estou falando das vezes em que eu não faço nada pra te deixar irritada, não implico, fico calado, e você me olha como se eu te fizesse muito mal; fala coisas que me deixam confuso, como hoje de manhã...-ficando sério.

Pietra-...Eu acho que te devo desculpas por hoje de manhã, Isaac. Aliás, pelos últimos dias...Olha, não é nada contra você. Eu estou com alguns probleminhas e acho que estou usando você como válvula de escape. Acabei descontando tudo em você e nos chocolates que comi hoje à tarde em frente a tv.-sorrindo timidamente.

Ike-Outra reação imprevisível: você me pedindo desculpas.-brincando. Ela também sorri.

Pietra-É sério, Isaac.-dando um tapinha no peito dele, que ri.

Ike-Você fica ainda mais linda quando sorri.-afastando alguns fios de cabelo que caíam sobre o rosto dela. Pietra fica sem graça, mordendo o lábio inferior para disfarçar um sorrisinho.

Pietra-Pra quem não queria conversar, eu falei até demais, né?-mudando de assunto.

Ike-Não.Você ainda não me contou o seu segredo.-arriscando tocar nesse assunto ao perceber que o clima entre eles havia melhorado, sorrindo maroto.

Pietra-Ai, Isaac! Você é muito curioso! Não tem segredo nenhum. Eu só estava brincando com você.-mente, torcendo para que aquele assunto findasse ali mesmo.

Ike-Não parecia brincadeira.-desconfiado.

Pietra-Mas era.

Ike-Atchin!Atchin!-ele espirra.

Pietra-Saúde!

Ike-Obrigado.-sorrindo-Foi assim a tarde toda. Fora a dor de cabeça que ainda não quis me abandonar.

Pietra-Credo! Você falou isso e eu senti uma pontinha de compaixão por você.-com um sorriso maroto. Ele ri.

Ike-Você é muito malvada, maluquinha.-a abraçando e encostando o rosto dela em seu peito, bagunçando-lhe os cabelos.

Pietra-Sai, Isaac!!-dando tapinhas no braço dele, rindo. É então que ela sente como o corpo dele estava quente-Nossa! Isaac, você está muito quente!-olhando para ele, preocupada.

Ike-Devo ainda estar um pouco febril, Pietra.

Pietra-Um pouco febril?-encostando as costas da mão no pescoço dele, depois na testa-Com sorte, o termômetro não vai explodir.-sarcástica-Você está ardendo em febre, Isaac!-começando realmente a se preocupar.

* * *

          Enquanto dirigia até a galeria de arte onde a exposição aconteceria, Taylor dava um jeito de olhar discretamente para Mariana, que estava em silêncio olhando atentamente para a movimentação nas ruas.

Tay-As folhas já estão começando a cair.-comenta, numa tentativa de acabar com o silêncio. Mariana enruga a testa, sorrindo, e olha para ele.

Mari-É o que acontece no outono, Taylor.

Tay-Não foi uma boa tentativa, né?-referindo-se ao assunto que escolhera para dar início a uma conversa, sorrindo.

Mari-Pelo menos deu pra perceber que você está incomodado com o silêncio.

Tay-E você não?-dividindo a atenção entre a direção e olhar para ela.

Mari-Não sei...Está tudo estranho hoje...esse clima...

Tay-Mas mesmo assim eu gosto do outono.

Mari-Não. Eu não estou falando do tempo...Eu falo de nós dois.-olhando pra ele-Quer dizer...É estranho sair assim com você.

Tay-Está arrependida de ter aceitado vir comigo?

Mari-Não. Não. De maneira alguma, Taylor. Não foi isso que eu quis dizer.-sorrindo-Só é meio inusitado; você não acha?

Tay-Você é namorada do meu irmão, Mariana; estou tentando ser seu amigo...

Mari-Você quer ser meu amigo por que eu sou namorada do seu irmão?

Tay-E porque eu ainda tenho esperança de conseguir fazer você ter um pouquinho de senso de humor. Seria uma espécie de favor para a humanidade.-brincando. Ela ri.

Mari-Um bom jeito de disfarçar uma provocação.

Tay-Eu vou me aperfeiçoando a cada dia.-sorrindo maroto.

Mari-Se esta conversa fosse há alguns dias atrás, eu estaria com muita raiva de você.

Tay-É. Eu sei.-sorrindo-Mas o que mudou?-olhando para ela.

Mari-...Acho que também quero ser sua amiga, Taylor.

Tay-Quer ser minha amiga por que eu sou irmão do seu namorado?-ela sorri.

Mari-Não vale roubar as minhas perguntas!-ele também sorri.

Tay-Vou tentar ser mais criativo...Por que você quer ser minha amiga?-ficando sério.

Mari-Porque...porque apesar de algumas brincadeiras sem graça, você consegue ser divertido às vezes.

Tay-Um palhaço, você quer dizer.-sorrindo.

Mari-Eu tentei pegar mais leve.-brincando. Eles riem.

Tay-Mas e então, sobre o que é essa exposição?-tentando impedir que o silêncio pudesse voltar.

Mari-Na verdade, eu não sei bem. É uma exposição de fotos tiradas pelos alunos que terminaram o curso. Às vezes é tematizado, ou seja, todas as fotos tiradas abordam um determinado assunto na visão de quem as tirou. Outras vezes é livre, então cada um decide sobre o que quer fotografar.

Tay-Eu nunca fui para uma exposição dessas.

Mari-Sério? Eu já fui a várias. Minha mãe sempre me levava. Ela amava fotografia.

Tay-Deve ser por isso que você também gosta.

Mari-É...é sim.-com um sorriso triste-Ela fez o curso de fotografia na mesma escola em que eu vou fazer.

Tay-As suas aulas no curso de fotografia começam segunda-feira, não é?

Mari-É.-enrugando a testa, sorrindo-Como você sabe?

Tay-...Você me disse.

Mari-Eu te disse? Quando?

Tay-Aqui mesmo no meu carro, no dia em que o Ike saiu correndo da biblioteca e eu fui deixar você e a Larinha em casa.

Mari-Nossa! Que boa memória!-surpresa; sorrindo-Nem eu lembrava que havia falado isso pra você.

Tay-Ultimamente você fala sobre isso o tempo todo, Mariana.-sorrindo.

Mari-Verdade. Acho que já devo estar ficando chata.

Tay-Mais do que já é? Impossível!-brincando, rindo.

Mari-Muito engraçado, senhor Taylor Hanson!-irônica, sorrindo.

Tay-Desculpa. Não resisti.-com um sorriso maroto.

Mari-Tenho certeza absoluta de que você se esforça bastante pra não me chatear.-irônica.

Tay-Você nem imagina o quanto!-rindo.

Mari-Chegamos.-já avistando o prédio da galeria, sorrindo.

Tay-Tomara que ainda tenha lugar para estacionar. Olha quantos carros!-percebendo intensa movimentação de veículos perto do local.

    Taylor diminui a velocidade do carro para que pudesse olhar atentamente ao longo do estacionamento para encontrar uma vaga. Mariana também fica atenta, tentando ajudá-lo em sua procura.

Mari-Ali, Taylor.-indicando para ele uma vaga que achara.

Tay-Onde?

Mari-À esquerda. Perto do carro branco.

Tay-Achei.-dirigindo até a vaga e estacionando. Eles saem do carro.

Mari-Somos uma boa dupla, Taylor: você dirige e eu presto atenção no que você faz.-brincando; andando até ele.

Tay-Ainda vou ver o contrário: você dirigindo e eu com medo das suas imprudências.-rindo. Mari também ri.

Mari-Primeiro, eu tenho certeza de que você nunca vai me ver dirigindo qualquer carro que seja, porque eu sei que não consigo mais. Segundo, fique o senhor sabendo que, quando eu dirigia, eu era uma excelente motorista, viu!

Tay-Vou fingir que acredito.-provocando.

Mari-Você diz isso porque eu não posso provar.

Tay-Pode sim. É só sentar em frente ao volante e dirigir.-ficando de frente para ela.

Mari-Não é tão fácil assim, Taylor.

Tay-E fica cada vez mais difícil se você não tentar.

Mari-A sua mãe não estava em casa quando você saiu, não é?-querendo mudar de assunto.

Tay-Não. Por quê?-estranhando a pergunta.

Mari-Porque o nó dessa gravata não estaria assim se ela tivesse visto você sair.-aproximando-se dele, sorrindo-Deixa eu ajeitar pra você.-afrouxando um pouco a gravata para dar outro nó mais firme. Taylor observa a expressão compenetrada dela ao fazer aquilo. Ele sorri discretamente-Prontinho.-terminando.

Ela dá uma última olhadinha para ver se havia mesmo ficado bom e sorri ao ver que sim.

Tay-Dona Diana agradece por você não deixar o filho dela andar desarrumado por aí.-sorrindo.

Mari-É o mínimo que eu posso fazer por ela me emprestar o filho dela por hoje.-brincando.

Tay-Tem que devolver sem nenhum arranhão, hein!-ela ri.

Mari-Se você se comportar direitinho, vai sobreviver.-ele ri.

Tay-Vamos entrar?-oferecendo seu braço para ela. Mari olha para o braço e logo olha para o rosto dele, sorrindo.

Mari-Claro.-unindo seu braço ao dele, que sorri de volta para ela.

        Os dois caminham em direção a entrada da galeria. Na portaria, entregam seus respectivos convites, e adentram o local, recebendo um folheto com informações sobre a exposição, os temas escolhidos e os organizadores do evento.

Tay-Os temas são livres.-passando os olhos pelo folheto.

          Mas Mariana parece nem ouvir o comentário de Taylor, pois sua atenção estava voltada para as fotos que estavam expostas logo na primeira sala do local.

Mari-Olha que coisinhas fofas!!-sorrindo ao ver várias fotos de bebês nas paredes-A Larita ia amar essas fotos aqui!-Tay sorri.

          Na sala, vários fios transparentes, presos ao teto, deixavam suspensas chupetas coloridas. Uma canção de ninar instrumental completava o cenário daquele ambiente.

Mari estava encantada com todas as fotos pelas quais passava. Algumas eram bem engraçadas, como bebês fazendo biquinho e sorrisos desdentados; outras transmitiam tranquilidade, como criancinhas dormindo ou de mãozinhas postas rezando.

Tay-Aquela foto ali lembra o Zac quando pequeno.-apontando para a foto de um menininho loirinho sentado ao chão com uma colher em uma das mãos e a boca toda suja de comida. Mariana ri.

Mari-E aquela ali parece comigo.-mostrando a foto de uma garotinha de cabelos claros abraçando um cachorrinho.

Tay-Ela pode até parecer com você quando era pequena, mas esse cachorrinho bonzinho ali nem de longe parece o seu.-implicando, sorrindo.

Mari-Ow! O Snoopy é bonzinho sim.-dando um empurrãozinho nele com seu corpo, rindo-Você é que deve ter feito algo de errado pra ele ter tanta raiva de você.

Tay-Por que você não acredita que eu não fiz nada? Ele tem raiva gratuita de mim. Vai ver é até influência sua!-brincando.

Mari-Minha?-rindo-Mas eu não tenho raiva gratuita de você.-Taylor olha para ela, erguendo uma das sobrancelhas-Tá bom. Tá bom. Eu TINHA, mas não tenho mais.-sorrindo.

Tay-Mereci uma segunda chance?-também sorrindo.

Mari-Todo mundo merece, Taylor.-voltando a caminhar lentamente pela sala. Taylor faz o mesmo, caminhando ao lado dela.

         Depois de se divertirem com as fotos das crianças, os dois deixam aquela sala indo para o hall da galeria, onde também havia várias fotos sendo expostas.

A galeria era bem grande, composta de diversas salas que formavam diferentes ambientes, numa mistura de composições modernas e clássicas.

O hall era o ponto de passagem para acesso às salas, sendo um ambiente bem intimista e agradável. As fotos escolhidas para adornar aquele espaço eram sempre consideradas as mais interessantes. Aquele era o lugar mais elegante da galeria, usado também como espaço de socialização entre os convidados do evento.

Quando Mariana e Taylor chegam ao hall, acabava a música “Don’t know why” da Norah Jones e começava “Like a star” da Corinne Bailey Rae.

"Just like a star across my sky,

just like an angel off the page,

you have appeared to my life,

feel like I'll never be the same,

just like a song in my heart,

just like oil on my hands,

Oh...honour to love you...

Tay-Eu não esperava que viesse tanta gente assim.-comentando com Mariana sobre a movimentação na galeria.

Mari-Apesar de ser uma exposição bem acadêmica, Taylor, esta galeria está comemorando 40 anos hoje. Além dos convidados dos fotógrafos que estão expondo, vieram também pessoas importantes na história deste lugar.

Tay-Você conhece alguém que está expondo?

Mari-Não.

Tay-Então como conseguiu os convites?

Mari-A administradora da escola de fotografia que organizou esta exposição era amiga da minha mãe.-Tay sorri.

Tay-Ah.-compreendendo-Está explicado.

Mari-Vem cá, Taylor.-puxando-o pela mão, sorrindo. Ele também sorri.

Mariana o conduz até um canto do hall, parando em frente a uma parede que havia sido toda transformada em um mural de fotos. Não era como se as fotos tivessem sido fixadas na parede, mas como se tivessem sido pintadas ali.

...Still i wonder why it is,

I don't argue like this with anyone but you,

we do it all the time, blowing out my mind...

Mari-Tá vendo todas essas fotos? Elas contam a história da galeria. Algumas dessas fotos foram expostas no primeiro evento realizado aqui.-analisando atentamente cada uma das fotos.

Tay-Como você sabe tudo isso, Mariana?-sorrindo.

Mari-A gente sempre procura saber o máximo possível sobre as coisas que a gente ama.

Tay-Gostei da resposta.-ela sorri.

Um garçom carregando uma bandeja com taças de champanhe aproxima-se deles.

-Aceitam?-oferecendo a bebida.

Mari-Obrigada.-pegando uma taça para ela.

Tay-Obrigado.-fazendo o mesmo. O garçom se afasta, dirigindo-se às outras pessoas no hall-Eu não sabia que você bebia.-olhando para ela.

Mari-Eu evito. Mas hoje é um dia especial...Vale a comemoração.-bebendo um gole de champanhe.

Tay-Um brinde aos 40 anos da galeria então.-sorrindo.

Mari-...-ela não falava da comemoração dos 40 anos da galeria, mas sim do aniversário de sua mãe-...Um brinde.-forçando um sorriso, batendo de levinho sua taça na dele, brindando.

...You've got this look i can't describe,

you make me feel like I'm alive,

when everything else is au fait, without a doubt you're on my side,

heaven has been away too long,

can't find the words to write this song,

Oh.... your love...

                Mariana começa a cantarolar a música enquanto observava as fotos do mural. Taylor, então, olha para ela.

Tay-Eu sabia que conhecia essa música!-lembrando-Nós dançamos essa música juntos na festa que o Ike fez no nosso apartamento.

Mari-É. Eu lembro disso.

Tay-Quer dançar?-com um sorriso maroto.

Mari-Dançar? Aqui?-sorrindo, olhando para ele com estranheza-Tá louco?

Tay-Eu não danço tão mal assim, Mariana. Você pode pisar sobre os meus pés como da outra vez.-enlaçando a cintura dela.

Mari-Não é isso, seu doido!-rindo baixinho-Não tem ninguém dançando aqui.-falando ao ouvido dele.

Tay-Qual o problema?

Mari-Eu não quero atrair a atenção das pessoas para mim, Taylor.

Tay-A minha você já atraiu.-a fazendo envolver seu pescoço com os braços. Mariana toma cuidado com a taça para não molhá-lo-Pisa sobre os meus pés.-sorrindo.

Mari-O que deu em você, Taylor?-também sorrindo, incrédula diante da atitude dele.

Tay-Eu te devo uma dança.

Mari-Não. Não deve mais. Eu perdôo a dívida.-rindo, tentando fazê-lo desistir da ideia de dançar.

Tay-Se você não pisar sobre os meus pés, eu vou acabar pisando nos seus.-brinca.

...Still i wonder why it is,

I don't argue like this with anyone but you,

we do it all the time, blowing out my mind,

Yeah.....

I have come to understand the way it is,

It's not a secret anymore 'cause we've been through that before,

from tonight I know that you're the only one,

I've been confused and in the dark,

now I understand

Yeah-yeah ...

         Mariana percebe que Taylor não desistiria da ideia e acaba cedendo, pisando sobre os pés dele.

Mari-Isso é loucura!-rindo baixinho, encostando o rosto no ombro dele. Os dois já começavam a se mover no ritmo da música. Tay sorri.

Como Mariana previra, eles começam a atrair os olhares das pessoas em volta.

Mari-Ai que vergonha!-murmura, fechando os olhos. Taylor ri.

Tay-Você já veio à várias exposições antes, Mariana, e com uma pessoa muito especial pra você. Garanto até que você deve lembrar de cada uma das vezes em que sua mãe te levou a uma, das coisas que ela te falava sobre as fotos...Que graça teria a noite de hoje se você veio comigo?-Mari abre os olhos e levanta o rosto para olhá-lo-Eu só queria que você pudesse lembrar pelo menos disso. Nem que seja pra recordar como eu te fiz ficar com vergonha.

Mari-...Eu lembraria da noite de hoje de qualquer forma, Taylor.

...I wonder why it is,

I don't argue like this with anyone but you,

I wonder why it is,

I wont let my guard down to anyone but you

We do it all the time, blowing out my mind

Just like a star across my sky,

just like an angel off the page,

you have appeared to my life,

feel like I'll never be the same,

just like a song in my heart,

just like oil on my hands

É então que eles olham para o lado e vêem que outro casal começa a dançar assim como eles.

Tay-Vamos ter que dividir um pouco a atenção dos nossos expectadores.-brincando.

Mari-Graças a Deus!-rindo.

       Taylor encosta seu queixo sobre a cabeça de Mariana, sorrindo. Os dois dançavam lentamente, até porque Mari pisava sobre os pés dele, se deixando ser conduzida.

Pouco tempo depois, outros casais também dançavam próximos a eles, no que havia virado uma pista de dança.

Tay-Viu? Eles ficaram com inveja da gente.-sorrindo maroto. Mari olha pra ele.

Mari-Ai meu Deus, Taylor! Só você mesmo!-sorrindo.

Tay-Você gosta mesmo de fotos, não é? Seus olhos brilham quando você fala sobre isso...Não tanto quanto brilham quando você olha pra mim, mas brilham.-brincando, sorrindo safado.

Mari-Olha só! Que convencido!-desenlaçando os braços do pescoço dele para dar tapinhas em seu braço, rindo. Nisto, ela acaba se desequilibrando e, sem querer, derrama champanhe na camisa dele-Ai não!! Molhei você!-vendo o que havia feito-Desculpa, Taylor.-sem jeito-Foi sem querer...eu juro.

Tay-Não tem problema, Mariana.-sorrindo por causa do jeitinho com o qual ela se desculpava.

Mari-Como eu sou desastrada!-passando uma das mãos pela parte molhada da camisa-Vai ficar manchada se não passar pelo menos um paninho com água.-Tay ri.

Tay-Não se preocupa, Mariana. Não foi nada demais.

Mari-Mas molhou muito! É melhor você ir ao banheiro e dar uma olhada nisso...

Tay-Eu acho que não precisa, mas se vai te fazer sentir melhor...Onde fica o banheiro?

Mari-No final daquele corredor, à esquerda.-indicando a direção.

Tay-Ok. Me espera aqui. Eu volto logo.-entregando sua taça para ela.

Mari-Certo.

        Taylor dá as costas e segue em direção ao banheiro. Mariana o acompanha com o olhar.

Quando ele desaparece de seu campo de visão, ela olha para as duas taças em sua mão.

Mari-Depois eu pego outra pra ele.-bebendo o champanhe da taça de Taylor, já que a sua estava vazia.

           Mariana vê outro garçom atravessando o hall, e vai até ele, afastando-se um pouco do local onde ela e Taylor estavam antes.

Mari-Com licença.-aproximando-se dele, pondo as duas taças vazias (pois ela já havia bebido todo o conteúdo da taça de Taylor) sobre a bandeja do garçom.

-Deseja mais, senhorita?-oferece educadamente.

Mari-Obrigada.-pegando mais duas taças.

* * *

Zac e Diana vão para o apartamento de Lara para buscá-la.

          Lara estava um pouco nervosa pela expectativa de encontrar com a mãe de seu namorado novamente, pois aquele dia seria a primeira oportunidade que elas teriam para se conhecer melhor e Diana poderia, ou não, aprová-la como boa namorada para seu filho.

Ela os esperava ansiosamente. E seu nervosismo piora quando eles finalmente chegam.

Lara abre a porta do apartamento.

Zac-Surpresa!-brincando, sorrindo. Lara também sorri.

Lara-Desculpa não fazer cara de surpresa mas, não sei por que, eu já previa que vocês viriam.-entrando na brincadeira. Eles riem.

Diana-Tudo bem, querida?-sorrindo para Lara.

Lara-Tudo ótimo, senhora Hanson.-a cumprimentando com um beijo no rosto. Diana a abraça.

Diana-Pode me chamar de Diana.-simpática.

Lara-Desculpa. Eu sempre esqueço...-sem jeito. Diana sorri.

Diana-É muito bom ver você novamente.

Lara-Eu também estou feliz por poder vê-la de novo.-sorrindo-Entrem, por favor.-dando passagem para eles adentrarem o apartamento. Diana o faz. Zac permanece à porta.

Zac-Só a minha mãe merece ganhar um beijo?-com um sorriso maroto. Lara sorri.

Lara-Desculpa, amor...-dando um selinho nele.

Zac-Assim tão rápido?-fazendo cara de coitadinho.

Lara-A sua mãe está aqui, Zac.-falando baixinho, olhando para trás e vendo Diana olhando os porta-retratos na estante da sala.

Zac-Qual o problema? Ela não tem ciúme. Você deu um beijo nela também.-brincando. Lara ri.

Lara-Mas eu tenho que ser justa: o seu beijo tem que ser tão rápido quanto o dela.-puxando-o pela mão, fazendo-o entrar para poder finalmente fechar a porta.

Diana-São seus pais?-referindo-se a uma das fotos, na qual Lara estava abraçada a um casal.

Lara-São sim.-sorrindo.

Diana-Você parece muito com a sua mãe.

Lara-Todo mundo diz.

Zac-Principalmente os olhos.-abraçando a namorada por trás, sorrindo. Lara entrelaça suas mãos às dele.

Lara-Vocês não querem sentar? Eu vou trazer pudim de leite...-gentil, pronta pra se soltar de Zac e se dirigir até a cozinha.

Diana-Não precisa, meu anjo. Muito obrigada.-sorrindo-Nós não queremos dar trabalho...

Lara-Trabalho nenhum.

Zac-Na verdade, nós não vamos poder demorar muito no nosso passeio porque o Ike está doente, amor. Mamãe está preocupada em deixá-lo em casa, apesar do Tay estar lá com ele.

Lara-O Ike está doente?

Diana-Resfriado. Já teve até 39 graus de febre.

Lara-Nossa! Coitadinho!

Zac-Ele já estava um pouco doente, então a chuva de ontem o fez piorar. Ainda bem que eu dormi aqui ontem e não peguei chuva.-com um sorrisinho no canto da boca, olhando para Lara. Esta fica um pouco sem jeito, mas disfarça um sorriso pelo comentário maroto do namorado-Vamos então?

Diana-Eu gostaria de ir ao banheiro antes.-olhando para Lara.

Lara-Claro. Fica entrando no corredor, segunda porta à direita. Quer que eu a leve até lá?-solícita.

Diana-Não. Não precisa, querida.-sorrindo. Diana segue a direção que Lara lhe indicara, deixando os dois sozinhos na sala.

Zac-Agora eu ganho um beijo de verdade?-sorrindo.

Lara-Agora sim.-também sorrindo. Eles se beijam. Zac começa a acariciar as costas dela por debaixo da batinha que ela vestia. Lara se arrepia ao sentir o calor das mãos dele-Não, Zac.-murmura, interrompendo o beijo e segurando as mãos dele-A sua mãe.-com a voz mole.

Zac-Ela não está aqui agora.-beijando o pescoço dela.

Lara-Mas ela pode voltar a qualquer momento.-se afastando dele.

Zac-Eu estou com saudade.-fazendo beicinho, se aproximando dela novamente. Lara sorri.

Lara-Não. Sai! Sai!-rindo, indo sentar no sofá para ficar longe dele. Zac ri.

Zac-Vai ficar fugindo de mim, é?

Lara-Vou.-olhando pra ele-...mas só por hoje.-sorrindo. Ele também sorri.

Zac-Será que eu vou aguentar?-sentando ao lado dela.

Lara-Tem que manter distância.-brincando, sentando-se um pouco mais longe. Zac ri, mas depois assume um ar mais sério, contemplando a namorada-O que foi?-sorrindo sem graça pelo modo como ele a olhava. Ele sorri.

Zac-Você está mais linda do que nunca.-Lara baixa os olhos, sorrindo. Zac levanta carinhosamente o rosto dela, fazendo com que ela o olhasse-Você não faz ideia do quanto eu te amo.

Lara-Se for pelo menos um terço do quanto eu te amo, eu já fico muito feliz.-acariciando o rosto dele, aproximando seu rosto para beijá-lo. Mas Diana volta para a sala, interrompendo o quase beijo:

-Agora podemos ir.-sorrindo, sem perceber que havia atrapalhado alguma coisa.

Lara levanta do sofá com um sorrisinho amarelo. Zac também levanta, sorrindo.

Zac-Então vamos, dona Diana; Nova Iorque quer ver o seu rostinho lindo.-Diana ri.

Diana-Esse seu namorado é um bajulador, Lara.-brincando, olhando para ela. Eles riem.

Os três deixam o apartamento de Lara; logo entrando no carro de Zac rumo ao primeiro local aonde levariam Diana: Times Square.

* * *

Pietra-Como eu previa: você está mesmo com febre.-verificando a temperatura que o termômetro indicava-Você tem algum antitérmico aqui?-olhando para Isaac.

Ike-Tenho, Pietra. Mas não posso tomar agora. Faz menos de três horas que eu tomei um.-deitado em sua cama, sob as ordens de Pietra, que o forçara a deitar.

Pietra-Ótimo!Você está com 38 graus e meio, e não pode tomar remédio. Maravilha!-irônica, ficando nervosa.

Ike-Calma. Talvez o remédio ainda vá fazer efeito, Pietra.-tentando tranquilizá-la.

Pietra-Só que eu não vou sentar e esperar que isso aconteça.-passando as mãos pelos cabelos, andando de um lado para outro com ar pensativo.

Ike-O que você pretende fazer então?-a voz de Isaac estava mole, assim como os olhos deles, que estavam um pouco baixos e lacrimejavam.

Pietra-Estou pensando em como fazer sua febre baixar.-olhando para ele-A minha mãe sempre falou que dar banho quase frio era bom. Eu lembro que ela fazia isso quando eu tinha febre.-sorrindo por se lembrar.

Ike-Banho frio?-fazendo cara feia-Mas eu estou com frio...-manhoso.

Pietra-Ah não, Isaac! Você tem que colaborar.-tirando de cima dele o edredon com o qual ele se cobria dos pés até o pescoço.

Ike-Não tem outra coisa que se possa fazer? Tem que ser banho?-tentando puxar de volta o edredon.

Pietra-Compressa gelada nas axilas, no pescoço, virilha...-Isaac a olha imediatamente após ouvir o último lugar citado por ela, soltando o edredon. Pietra ri-É claro que isso não se aplica a você, Isaac. Não precisa me olhar com essa cara. Nada de compressa gelada; o que você vai fazer é tomar banho frio.-com tom maternal.

Ike-Eu estou com frio, Pietra. É sério.-se encolhendo.

Pietra-Justamente por causa da febre.-aproximando-se da cama e sentando à cabeceira, tencionando tirar a camiseta dele.

Ike-Não.-choramingando.

Pietra-Você consegue ser mais chato do que peso na consciência, Isaac.-fazendo-o sentar-Não faz manha. Essa choradeira de menininho do primário não combina com você, o senhor maturidade.-sorrindo.

Ike-E a pose de mamãe não combina com você, a menininha do primário.-implicando.

Pietra-Eu sou versátil; posso assumir vários papeis.-sem dar ouvidos a provocação; tirando de vez a camiseta dele.

Ike-Se você é, eu também sou. Isso quer dizer que...-ela o interrompe:

Pietra-Caladinho, Isaac.-pondo um de seus dedos indicadores sobre os lábios dele, o fazendo silenciar-Você fica muito sexy com esse jeitinho vulnerável e manhoso mas perde o encanto quando fala demais.-com um sorriso maroto. Isaac acaba sorrindo também.

Ike-Você é maluquinha mesmo.-sorrindo-Como pode oscilar entre nervosismo e descontração assim tão rápido?

Pietra-Se eu não falar as minhas loucuras, Isaac, não consigo ficar calma. Então, corta o sorrisinho porque sexy foi brincadeira, viu?!-levantando da cama. Ele ri.

Ike-Tudo bem. Eu sei que é brincadeira.

Pietra-Agora vamos deixar de papo e ir direto ao que interessa: o banho.-o ajudando a levantar.

Ike-Você está adorando me torturar, não é?-brincando.

Pietra-Quando a sua febre passar, vou até me dar o direito de rir um pouquinho.-entrando na brincadeira.

         Ela o conduz até o banheiro. Isaac tenta dar meia volta para não entrar no box, mas Pietra põe-se no meio dele, impedindo que ele fugisse.

Pietra-Tsc.Tsc.Tsc.-balançando a cabeça, sorrindo-Vou falar pra sua mãe que você não está colaborando.

Ike-Você vai me dar banho, é?

Pietra-Não vou te dar essa honra, Isaac. Só vou ficar vigiando se você vai mesmo tomar banho ou apenas abrir o chuveiro pra me enganar.-encostando-se à porta do box, cruzando os braços com um sorrisinho no canto da boca-Tira a bermuda.

Ike-Ahn?

Pietra-Você toma banho de bermuda?-inclinando-se para dentro do box para abrir o chuveiro para ele.

Ike-Quando tem alguém à porta do box me vigiando, eu costumo pensar no caso.-sarcástico.

Pietra-Eu não quero ver o seu elefantinho, Isaac.-naturalmente. Ele a olha, enrugando a testa.

Ike-Elefantinho?-rindo-De onde surgiu isso?

Pietra-Era assim que eu chamava o...você sabe o que...do Matt. Eu tinha uns 3 anos e foi assim que eu chamei a coisinha engraçada que ele tinha e eu não.-sorrindo.

Ike-Elefantinho! Essa é boa!-rindo.

Pietra-Não ri, Isaac! Eu era criança!

Ike-Era?-implicando.

Pietra-Chega de conversa, né?-olhando feio para ele-Para de me enrolar!-entrando no box-Você não precisa tirar a bermuda se não quiser, porque eu não quero mesmo ver o seu elefantinho...Apesar de você ter me visto nua hoje de manhã e eu achar que homens e mulheres têm direitos iguais.-sorrindo maliciosa. Isaac fica sem jeito por lembrar do episódio.

Ike-Não me lembra disso porque acho que nunca vou poder me desculpar o bastante. Eu não sabia que você estava lá dentro...-ela o interrompe:

Pietra-Vamos esquecer isso, tá certo? Não tem como voltar atrás. Você viu e pronto. Não tem mais jeito. -dando de ombros.

Ike-Falando assim parece que você não ficou constrangida.-confuso.

Pietra-Ué! O que você quer que eu faça?-naturalmente. Isaac a olha com expressão de surpresa. Ela ri- Até parece que você nunca viu uma mulher pelada antes!

Ike-A questão não é ver mulher pelada mas ver você pelada.-sem graça.

Pietra-Ouch! Obrigada por massagear meu ego.-irônica.

Ike-Não. Não. Eu não quis dizer...-apressando em consertar-...Quer dizer, eu...Você é linda...Qualquer cara adoraria ver o que eu vi...Quer dizer...-totalmente atrapalhado e envergonhado. Pietra ri.

Pietra-Qualquer cara, é?-com um sorrisinho maroto.

Ike-Você entendeu o que eu quis dizer.-extremamente desconfortável.

Pietra-Esquece isso, Isaac.

Ike-Mas mesmo assim, eu tenho que me desculpar direito...-ela o interrompe novamente:

Pietra-Ó você aqui na minha camiseta.-indicando o bonequinho que dividia o chuveiro com a bonequinha, tentando mudar o rumo daquela conversa. Não porque estava constrangida, mas porque Isaac estava. Ele sorri.

Ike-E a menina é você?

Pietra-Não. Porque eu não vou tomar banho com você. Só vou supervisionar o seu banho.-sorrindo-Agora fica quieto e vai pra debaixo do chuveiro-Isaac começa molhando apenas os pés-Não pode demorar, Isaac. Tem que ser um banho rápido.-fazendo com que ele finalmente ficasse sob o chuveiro.

Ike-Ai! Ai que frio!-choramingando.

Pietra-Para de reclamar, Isaac.-rindo.

Ike-Você está adorando, né?

Pietra-Não é nenhuma comédia do Adam Sandler, mas dá pra rir um pouco.-implicando, sorrindo.

Ike-Ah é? Ah é? Também quero me divertir!-jogando água nela, rindo.

Pietra-Não! Não!-rindo, saindo do box-Isaac, seu chato! O banho é pra você, não pra mim.

Ike-Por que você não me avisou antes?-com um sorrisinho cínico.

Pietra-Engraçadinho!-irônica-Eu achei que a febre não tivesse derretido os seus poucos neurônios.-ele ri.

Ike-Já posso sair daqui?

Pietra-Pode vai, porquinho.-zoando. Isaac ri.

Ike-Porquinha é você que correu quando eu te joguei água.

Pietra-Porque, ao contrário de você, eu não tomo banho de roupa.-fazendo careta pra ele-Agora eu vou sair daqui e você tira essa bermuda molhada pra se enxugar.-entregando para ele uma toalha que estava estendida lá.

Ike-Obrigado.-batendo os dentes por causa do frio.

Pietra-Me diz onde eu posso pegar outra coisa pra você  vestir.

Ike-Nas gavetas do meu guarda-roupa têm camisetas e bermudas.

Pietra-E cueca não?-perguntando naturalmente.

Ike-Você não podia pegar tudo ao invés de me perguntar?-ela ri.

Pietra-Não acredito que você ficou vermelho! Você está convivendo muito com a Larita...quer dizer, acho que você está ficando pior que ela, Isaac!

Ike-Agora eu sei como ela se sente.-brincando.

Pietra-Você tem cueca vermelha? Se tiver, vou escolhê-la pra combinar com a cor do seu rosto agora.-zoando.

Ike-Eu vou te molhar agora se você não sumir daqui.-rindo, fingindo que ia abrir o chuveiro. Pietra fecha a porta do box, rindo.

Pietra-Quer dizer então que você não tem preferência por cor, né?-provocando.

Ele abre o chuveiro. Pietra sai correndo, rindo, deixando-o sozinho.

Ike-Elefantinho!-balança a cabeça, sorrindo-Quando eu penso que não tenho mais como me surpreender com essa maluquinha, ela vem e me faz ver que é uma caixinha de surpresas.

* * *

         Após caminharem pela Times Square, visitarem algumas lojas, tirarem fotos, Lara, Diana e Zac vão para o Central Park.

Lara já estava mais à vontade com Diana, pois esta era realmente muito simpática e agradável.  Zac arrancava risadas das duas com suas brincadeiras, tornando o passeio ainda mais descontraído.

Diana-Sempre que venho à Nova Iorque, eu preciso vir até aqui.-os três caminhavam tranquilamente pelo parque.

Zac-Eu não disse pra você que ela adora esse parque?!-olhando para Lara, que sorri.

Lara-Este foi o primeiro lugar nesta cidade pelo qual me apaixonei.

Zac-Foi também onde você se apaixonou.-sorrindo maroto. Lara também sorri-Foi aqui que nos vimos pela primeira vez, mãe.-explicando para Diana.

Diana-Então tem um significado especial pra vocês dois, não é?-sorrindo.

Lara-Tem sim...apesar da vergonha que eu passei.-olhando pra Zac, que ri.

Diana-Vergonha?-curiosa.

Zac-Ela bateu o rosto em uma árvore quando me viu.-sorrindo safado. Eles riem.

Diana-Mesmo?

Lara-Não foi bem assim. Eu me distraí e esbarrei na árvore.

Zac-Se distraiu por quê?-sonso, a abraçando por trás.

Lara-Bobo!-rindo-Você nunca vai esquecer isso?

Zac-Nunca.-sorrindo.

Lara-Você bem que podia esquecer essa parte da história e lembrar a partir do momento em que nos encontramos na cafeteria.

Zac-Eu só tive coragem de falar com você na cafeteria porque eu achei seu rosto familiar e lembrei do nosso encontro aqui. Então não posso esquecer de um detalhe tão importante.-sorrindo. Diana observava os dois conversando, também sorrindo-À propósito, eu queria te levar lá, mãe. Tenho certeza de que a senhora ia adorar. Principalmente porque eu sei que a senhora ama cappuccino e o de lá é uma delícia!

Lara-Hum! Nem me fale! O meu nível de cafeína no sangue está muito baixo agora!-rindo-Eu sou alucinada pelo cappuccino e pelo café expresso de lá!

Zac-...com cookies.-completando, sorrindo.

Lara-Exato.-também sorrindo.

Diana-Com tantos elogios, fiquei interessada em conhecer essa cafeteria.-sorrindo.

Zac-É aqui pertinho, mãe. Quer dar um pulinho lá?

Diana-Adoraria, meus amores, mas estou preocupada com o Isaac...

Zac-Nós não iremos demorar, mãe...Além disso, o Tay está em casa com ele; se tivesse havido qualquer problema ele teria ligado para o meu celular.

Diana-...-pensativa-Só um cappuccino não pode demorar tanto, não é?-todos sorriem.

        Eles continuam sua caminhada pelo parque, mas agora em direção ao local onde o carro de Zac estava estacionado.

Já na saída do parque, Zac dirigia atentamente, pois a movimentação no trânsito estava bastante intensa àquele horário. É então que duas ruas antes da cafeteria, ele avista Victor, que caminhava sozinho pela calçada.

Zac-Victor!-chamando a atenção do amigo ao passar por ele. Victor o vê. Zac encosta o carro um pouco mais a frente.

Victor-Hey, Zac!-aproximando-se do carro.

Zac-Oi, cara!-fazendo um cumprimento de mãos-Esta aqui é minha mãe, Victor.-mostrando Diana no banco do carona.

Victor-Oi, senhora Hanson. É um prazer conhecê-la.-sorrindo, encostando-se à janela de Zac.

Diana-O prazer é todo meu, meu filho.-simpática.

Zac-Foi ele quem arrumou um emprego pra mim na empresa do pai dele.

Victor-Eu só levei o seu currículo, Zac, mas quem conseguiu o emprego foi você.-sorrindo.

Diana-Obrigada por ajudar o meu filho.

Victor-Não precisa agradecer, senhora Hanson. O seu filho é um amigão!-dando um tapinha fraternal no ombro dele, que sorri.

Zac-Você lembra da minha namorada, né?-indicando Lara, sentada no banco traseiro.

Victor-Claro. Oi, Lara!-inclinando-se um pouco para frente para vê-la melhor.

Lara-Oi, Victor!-sorrindo, dando um tímido aceno.

Zac-Pra onde você está indo? Está sem carro?

Victor-Minha adorada irmã pegou meu carro emprestado hoje. Bateu o carro dela e, pra variar, fez drama para o meu pai falando que não podia ficar sem carro e não sei mais o que...Então sobrou pra mim.-sorrindo-A Emily é a queridinha do papai.-Zac ri. Lara revira os olhos discretamente ao ouvir o nome dela.

Zac-Ele faz tudo o que ela quer, não é?

Victor-Tudo e mais um pouco.-eles riem.

Zac-Pra onde você está indo?-repetindo a pergunta que o amigo não respondera.

Victor-Dei uma passada na festa de aniversário de uma prima, que por sinal é onde a Emily está agora; e como ela ficou na festa, deixei meu carro com ela e estou voltando pra casa a pé. Eu ia pegar um táxi, mas quem disse que consegui um!?

Zac-À essa hora da noite é difícil mesmo, Victor.-o amigo concorda com um movimento de cabeça-Entra aqui. A gente só vai tomar um cappuccino e depois eu te deixo em casa.

Victor-Eu não quero me intrometer no passeio de vocês...

Zac-Até parece!-sorrindo-Tem algum problema pra você se o Victor nos acompanhar?-perguntando para Lara e Diana.

Lara-Lógico que não.-sorrindo.

Diana-Seria ótimo se você nos acompanhasse.-simpática.

Zac-Tá vendo?

Victor-Prometeu quantos cappuccinos pra elas dizerem isso?-brincando. Eles riem.

Zac-Três pra cada.-brincando também-Entra logo.-Victor sorri e o faz, sentando no banco traseiro com Lara.

          Agora em quatro, eles continuam conversando animadamente dentro do carro de Zac, até que Victor fica apreensivo com o caminho que o amigo seguira, percebendo onde eles pretendiam tomar o tal cappuccino.

À medida que eles iam se aproximando da cafeteria, o coração de Victor acelerava seus batimentos, piorando quando sua suspeita é finalmente confirmada: Zac para o carro no quarteirão da cafeteria em que Linda trabalhava.

Zac-Vou ter que parar aqui porque não tem vaga pra estacionar lá em frente.-desligando o carro.

Lara-Você não conhecia?-olhando para Victor, que olhava fixamente para o prédio da cafeteria.

Victor-Ahn?-passando a olhar pra ela.

Lara-Você está bem, Victor?-percebendo que ele parecia tenso.

Victor-Estou. Estou sim.-com um sorriso amarelo.

Eles saem do carro, andando em direção a cafeteria.

Zac-Você já veio aqui antes, né, Victor?

Victor-...er...Vim sim. Mas faz muito tempo que não venho, Zac.-olhando para este-Mais especificamente, quatro meses.-murmura pra si mesmo.

Lara-Eu moro aqui perto e venho sempre que posso. Até porque tenho uma amigona que trabalha aí e ela me intima a aparecer mesmo que seja uma visita relâmpago.-sorrindo.

Diana-Pela propaganda de vocês dois...-referindo-se a Lara e Zac-...o lugar, a comida e os funcionários devem ser maravilhosos mesmo.-sorrindo.

Zac-E são.-já cruzando a porta de entrada da cafeteria. Todos o seguem.

          Quando Victor entra, seu olhar percorre todo o ambiente, não à procura de uma mesa vaga, como faziam Lara, Diana e Zac, mas em busca de Linda. Ele não sabia se queria vê-la ou se queria que ela não estivesse ali, pois seu corpo reagia da mesma forma pra qualquer que fosse seu desejo: suas mãos estavam suando, seu coração batia aceleradamente...

Victor-Zac, eu acho que é melhor eu ir...-ele nem pôde terminar a frase, pois, distraído à procura de uma mesa, Zac não prestava atenção ao que ele dizia:

Zac-Achei uma mesa.-interrompendo.

Ele, Lara e Diana seguem em direção à tal mesa. Victor, sem ver outra saída, os acompanha.

* * *

         Como Taylor estava demorando, Mariana decide apreciar um pouco mais da exposição caminhando pelo hall para acompanhar os trabalhos expostos por ali ao invés de esperar parada no mesmo lugar.

Sem perceber, ela bebe as duas taças de champanhe que tinha em mãos enquanto observava as fotos. Só então, após levar uma das taças à boca, ela percebe que havia bebido tudo.

Mari-Droga! Agora tenho duas taças vazias de novo!-olhando para suas mãos. Mariana olha em volta e não vê nenhum garçom-O que eu vou fazer com isso?-começando a percorrer o local na esperança de encontrar um garçom.

         Mariana acaba deixando o hall, indo para uma sala tematizada com fotografias sobre amizade e família. Elas eram de uma delicadeza e profundeza tamanha, que Mari esquece por um tempo de suas taças vazias e põe-se a admirar as fotos. Mas ao ver imagens de famílias reunidas, de crianças com suas supostas mães, e outra série de fotos que lhe traziam sua mãe à memória, ela sente um aperto no peito. Seus olhos se enchem de lágrimas. Ela decide então deixar a sala.

       Assim que sai do local, para sua sorte, ou não, ela encontra dois garçons; um que servia canapés e outro que servia champanhe. Mari nem olha para os canapés, indo direto até o garçom que trazia a bebida. Ela coloca as duas taças sobre a bandeja do garçom, retirando uma taça cheia no lugar.

Mari-Por quê vocês põem tão pouco champanhe nessas taças?-bebendo num gole só todo o conteúdo da taça, que por sinal estava bem cheia, assim como todas as outras que ela havia bebido. O garçom olha para ela um pouco surpreso pela rapidez com a qual ela esvaziara a taça e pusera de volta na bandeja, já pegando mais duas. Mari percebe que ele a olhava com espanto-É para um amigo.-justificando o porquê de ter pego duas. O pobre homem apenas dá um sorrisinho sem graça e sai-Eu hein!-enrugando a testa, sorrindo.

          Mariana era muito fraca para bebidas alcoólicas, por isso as quatro taças que ela havia tomado começavam a fazer efeito. Ela já estava ficando um pouco “alegre”.

Mari-Preciso encontrar o Taylor.-bebendo mais um gole de bebida, lançando seu olhar pelo local-Hoje é dia de comemorar!-batendo as duas taças uma na outra simulando um brinde.

* * *

        Taylor tivera que enfrentar uma pequena fila para usar o banheiro e por isso demorara a voltar ao local onde havia deixado Mariana esperando. Mas quando ele finalmente retorna, ela não estava mais lá.

Taylor estranha a ausência dela, parando no meio do hall e procurando com o olhar.

Tay-Para onde será que ela foi?-circulando pelo lugar.

           Estava formada a sessão “encontros e desencontros” entre os dois. Como não a encontrava, Tay decide procurá-la em alguma das salas. O problema é que havia dezoito salas; ela poderia estar em qualquer uma.

Taylor entra na primeira que avista, quase acertando em seu palpite, pois Mariana saía da sala ao lado assim que ele adentrava a outra.

Pouco tempo depois, como sua busca naquela sala não havia dado resultado, ele volta para o hall decidido a tentar localizá-la apenas observando as salas pelas suas portas de vidro. Às vezes não dava para analisar direito se ela estava ou não em uma das salas, pois a quantidade de gente em cada uma delas variava. Taylor tinha que entrar nas mais lotadas, o que tornava sua procura mais demorada. Mal sabia ele que aquela demora em encontrar Mariana poderia fazer muita diferença...

      É então que, caminhando ao longo do corredor que conduzia para as últimas salas, ele avista Mariana sentada no chão, no cantinho do final do corredor, ao lado de um vaso de plantas que adornava o espaço.

Taylor se assusta ao vê-la ali, indo apressadamente ao encontro dela.

Mariana tinha as pernas flexionadas e as abraçava, como uma criança desprotegida...triste. À sua frente, 9 taças vazias de champanhe.

Tay-Mariana.-aproximando-se dela, preocupado-O que aconteceu?-abaixando para poder olhá-la, afastando as taças-Você bebeu tudo isso?

Mari-Por que ela teve que ir, Taylor? Por quê?-com a voz mole, rouca, e o rosto molhado pelas lágrimas.

Tay-...-emudecendo; tocado pela fragilidade que ela demonstrava naquele momento.

Mari-Por que as únicas pessoas que me amavam tiveram que ir?

Tay-Não é verdade, Mariana.-secando carinhosamente as lágrimas que rolavam pelo rosto dela-Você não está sendo justa com o Peter, com a Lara, o Isaac...Eles também te amam e estarão sempre ao seu lado quando você precisar.-falando com ternura.

Mari-Então por que eu me sinto tão sozinha? Por que eu me sinto tão perdida?-quase num sussurro-Por que eu tenho que carregar esse fardo tão pesado?

Tay-Se você deixar, eu te ajudo a carregar.-a abraçando, fazendo com que ela encostasse a cabeça em seu peito e acariciando os cabelos dela, o que fazia com que ela chorasse ainda mais-Você não está sozinha, Mariana.

       As pessoas que passavam pelo corredor não deixavam de olhar aquela cena. Alguns até mesmo chegavam a parar para olhar, formando um pequeno grupinho em volta deles.

Uma mulher resolve se aproximar mais.

-Aconteceu alguma coisa? Precisam de ajuda?

Tay-Não. Obrigado.-olhando para a mulher, com um tímido sorriso de agradecimento. É então que ele olha em volta e vê que várias pessoas os observavam. Taylor se sente mal por Mariana estar sendo alvo daqueles olhares-Ela só bebeu um pouco a mais, moça...Mas está tudo bem.

-Ah. Tudo bem então.-lançando um olhar comovido para eles e se afastando.

Mariana levanta o rosto e olha para Taylor.

Mari-Eu bebi quase nada, Taylor...Eles não enchem as taças. Só tomei um pouquinhozinhozinho...bem pouquinho mesmo.-gesticulando ao fazer o discurso típico de quem bebe além da conta e perde a noção entre pouco e muito.

Tay-Tudo bem. Tudo bem. Não tem problema.-com um sorriso paternal, não querendo contrariá-la-Vem. Eu vou te levar pra casa agora.-pegando-a nos braços, não querendo que ela continuasse sendo atração para as pessoas em volta.

Mari-Você vai cuidar de mim?-mole, sem oferecer resistência ao fato de tê-la pego nos braços.

Tay-Vou sim.-carinhosamente paciente, a ajeitando melhor em seus braços e caminhando em direção ao início do corredor.

         Ela se aninha nos braços dele, enlaçando desengonçadamente seu pescoço. Pela primeira vez àquele dia, ela se sentia segura...sentia que não precisava se fingir de forte...pelo menos não para Taylor, não naquele momento.

        Taylor atravessa todo o corredor e o hall com Mariana nos braços sob os olhares curiosos daqueles por quem passavam. Mas ele não ligava para isso, apenas queria tirá-la dali.

Ao chegarem no estacionamento, Taylor encontra seu carro e, com muita dificuldade, consegue tirar a chave do bolso e abrir o veículo com Mari ainda em seus braços, quase adormecida.

Taylor a deita cuidadosamente no banco traseiro, se certificando que ela estava bem acomodada ali. Mari não contesta, apenas fala algumas palavras desconexas antes de Taylor fechar a porta traseira para finalmente ir sentar ao volante.

        Ele dirige devagar durante todo o trajeto até a casa dela, temendo que qualquer movimento brusco pudesse fazê-la cair ou mesmo despertar do quase-sono.

Tay-Não foi assim que eu pensei que lembraria desta noite.-lamentando baixinho, olhando para o rosto de Mariana pelo espelho retrovisor-Não era assim que eu queria que você lembrasse...se é que você vai lembrar.-voltando a se concentrar no trânsito.

Chegando em frente ao prédio de Mariana, Taylor telefona para o apartamento dela e explica por cima a situação para Peter, que felizmente já estava em casa e desce imediatamente para ajudá-lo.

Sem fazer muitas perguntas, Peter fecha o carro de Taylor enquanto este adentrava o prédio com Mariana nos braços, indo em direção aos elevadores. Peter vai logo em seguida.

Tay-Será que o seu cachorro vai começar a latir quando eu chegar lá?-temendo.

Peter-Eu entro primeiro, levo ele para o meu quarto e o distraio pra você poder entrar.-Taylor faz um movimento de cabeça concordando.

        E assim eles fazem. Taylor espera ainda à porta do elevador enquanto Peter entra no apartamento. Poucos segundos depois, ele também entra, levando Mariana direto para o quarto dela.

        Mais uma vez, Taylor toma bastante cuidado na hora de deitá-la. Ele senta à cabeceira da cama para tirar as sandálias dela, logo levantando para ajeitar carinhosamente a cabeça dela sobre um travesseiro.

É então que, ao levantar um pouco a cabeça dela para acomodá-la melhor sobre o travesseiro, Taylor percebe que Mariana abre os olhos.

Mari-Onde eu estou?-confusa; apertando os olhos.

Tay-Você já está em casa, Mariana. Descansa.-com um sorriso doce.

Mariana o olha como se estudasse cada pedacinho do rosto dele.

Mari-Eu gosto dos seus olhos.-com a voz meio mole. Tay sorri.

Tay-Dorme.-paciente, tencionando levantar.

Mari-A sua boca...-Mari segura a gravata dele, impedindo-o de se afastar. Os rostos deles ficam bem próximos.

Tay-O que tem a minha boca, Mariana?-sorrindo, percebendo que ela estava sonolenta, pois seus olhos estavam baixos...quase fechando.

Mari-...eu também gosto dela.-puxando a gravata dele, fazendo com que ele aproximasse mais ainda o rosto e o beijando nos lábios.

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